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POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III

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quinta-feira, 31 de março de 2011

CULTOS AFRO NO RIO GRANDE DO SUL

:.. As origens dos Cultos Afros ..::
A Influência negra no Rio Grande do Sul



O negro aparece no Rio Grande do Sul em 1725, com a frota de João Magalhães, vinda por terra. Estes negros, certamente escravos, realizavam o serviço pesado. Porém oficialmente a presença negra, no território gaúcho, data de 1737, quando o Brigadeiro José da Silva Paes se estabelece na Barra erigindo o Presídio Jesus, Maria e José, marco inicial da nossa colonização. Durante muitos anos esta região, distante e hostil, denominada Continente, foi usada como ameaça contra os escravos rebeldes ou preguiçosos do centro do Brasil, sendo estes enviados para este local, considerado por eles como pior que o inferno, um autêntico degredo na solidão verde do pampa.

Assim deu-se o inicio da colonização negra no Rio Grande do Sul, estendendo para o Prata clandestinamente. O negro marcou sua presença, indelevelmente, na História, na Geografia, no folclore, no linguajar, nas artes, no esporte e na política.
Na historia, há uma notável participação dos negros durante a Guerra dos Farrapos e na Guerra do Paraguai, nesta ultima lutaram substituindo o sinhozinho branco e que, após a vitória, se recusaram a voltar para o Rio Grande.

Na Geografia são muitos os topônimos de origem negra no mapa gaúcho, inclusive alguns com o nome de quilombos.
No folclore, algumas lendas falam de escravos entre nós: As Torres Malditas, Cambai, Santa Josefa e o Negrinho do Pastoreio.
No linguajar, são correntes termos como: caiambola, cacimba, mondongo, mocotó.
Nas artes são inúmeras as influências de elementos negros, como o maior tambor brasileiro atualmente, o "sopapo". Artistas negros marcaram a cultura brasileira como Lupicínio Rodrigues, e o ator Breno Mello, o inesquecível Orfeu Negro do cinema.
No esporte bastaria a simples menção ao nome do tricampeão Everaldo e, antes dele, o grande Tesourinha, entre muitos outros mais recentes.
Na política, o grande nome é do Deputado Carlos Santos, de notável atuação parlamentar durante um quarto de século.
Na culinária gaúcha brasileira, três pratos têm etiologia negra: o mocotó, a feijoada e o quibebe.

Mas é na religiosidade popular que se encontra a cultura negra mais decisivamente. Desde o século passado, nota-se a existência de cultos negros em Porto Alegre com terreiros de batuque, que se proliferaram e hoje somam mais de 50.000 casas de Batuque em todo o Estado.

Entendemos que a história afro-brasileira, com seus ritos, crenças e mitos, é a experiência existencial do povo africano. Nesse sentido, a experiência e existência desse povo está na base de toda manifestação e transformação pela qual passou essa Religião. Com o tráfico de escravos vindos para o Brasil, os negros africanos trouxeram nos navios negreiros uma única, porém, rica bagagem: a sua religião.

Os Jêjes e os nagôs foram os primeiros a trazerem para o Brasil os ritos, as suas crenças, os seus mitos, seus voduns e seus Orixás. Nasceu, assim, o Candomblé na Bahia, o Xangô no Recife, a Casa de Nagô e a Casa das Minas (Jêje) no Maranhão, e, no Rio Grande do Sul o Batuque.
Arrancados violentamente de sua cultura, de seu país, os representantes dos povos africanos que aportaram no Brasil, tiveram, no século XVIII, que encontrar meios e maneiras de reconstruir sua religião no novo mundo. Nesse universo da exploração expressa pela escravidão, procuraram preencher o vazio de sentido, escolhendo (re)atualizando, de sua memória cultural, elementos que podiam simularmente "reconferir sentidos" e a sua existência.

Foram os jêjes os primeiros que trouxeram para o Brasil a sua religião, pois Ajudá era o grande de escravos da Costa da Mina, conhecido como Costa do Leste ou Costa dos Escravos, onde encontrava-se jêjes. Os Régulos (tribo africana) de Abomey (cidade africana em Damoey) conquistaram os reinos litorâneos e impuseram muitas restrições aos traficantes de escravos que, desta forma, passaram a buscar sua mercadoria em outro local, no Rio de Lagos, já nas terras dos Nagôs. Por esta razão, os Nagôs predominaram, em número e culturalmente, na Bahia, até o final da escravidão. Mesmo em 1763, quando a Bahia deixou de ser capital do Brasil, a sua estagnação dava aos jêjes e nagôs lazer suficiente para revirem as suas religiões nativas.

Assim nasceu o Candomblé na Bahia. Os jêjes e nagôs reexportados da Bahia para os Recife estiveram entre os primeiros a reviver a religião nativa segundo o modelo bahiano. Já no Maranhão, jêjes e nagôs, tomaram caminhos diferentes. Desde o início, reuniram-se em torno de núcleos hoje seculares como a Casa de Nagô e a Casa das Minas (jêje).

Remetendo tal questão para o Rio Grande do Sul, é importante lembrar que, em face de sua condição periférica, o problema da história do negro neste Estado adquiriu caráter particular. De modo geral, o Rio Grande do Sul construiu sua história a partir de circunstâncias específicas, deixando de lado o problema da escravatura ou, na melhor das hipóteses, vendo-a como uma cultura dominada, na medida em que valorizou sempre a celebração das elites, mitificando a realidade através das idéias de "Democracia Racial". Isso se deu com um objetivo claro: legitimar o velho domínio das oligarquias pastoris.

Os Orixás, os mitos, os atabaques, e uma série de outros elementos negros, encarnaram-se em solo rio-grandense para que pudessem continuar existindo.

O Rio Grande do Sul também teve a presença dos povos jêjes e nagôs, vindos para este Estado através dos desbravadores que trouxeram junto com suas caravanas, escravos negros provenientes da Bahia e de outros estados brasileiros. Porém, os povos iorubás, da Nigéria, portadores de uma mitologia complexa e altamente organizada, legaram-nos seus mitos, seus Orixás. Estes povos eram organizados em estados poderosos, dos quais o mais importante foi o reino de Benin Segundo Artur Ramos referindo-se, em "introdução a Antropologia Brasileira", estes povos eram "uma espécie de autocracia teocrática onde o rei Obá gozava de uma autoridade absoluta".

A civilização de Benin tinha atingido um grande explendor, como se pode ver na coleção de objetos de arte que guarnecem atualmente os museus europeus e na própria África. Porém, o reino de Benin foi destruído no final do século XIX pelos Ingleses. A destruição desse reino trouxe para o Brasil, especificamente para o Rio Grande do Sul, o PRÍNCIPE CUSTÓDIO JOAQUIM ALMEIDA. Custódio significou a resistência do negro neste Estado gaúcho.

Este príncipe foi a evocação da África enquanto matriz privilegiada, na qual surgia uma identidade do negro, com a sua ancestralidade. Havendo, assim, o resgate da africanidade do negro rio-grandense através de Custódio, em relação ao domínio da religião africanista reatualizando o significado de seus mitos, suas crenças e seus deuses.

As religiões afro brasileiras são tradições ou transmissões orais, portanto, são fontes histórica cujo caráter próprio está determinado pela forma em que são revividos. Elas são orais e tem a particularidade de se cimentarem de geração em geração na memória dos homens.

http://reinodeoxum.com.br/files/viewpage.php?page_id=2

domingo, 27 de março de 2011

A DANÇA DE EWÁ

A dança de Ewá é uma das mais belas e impressionantes de se ver em uma casa de candomblé.
É também uma das mais raras e, certamente, inesquecíveis.
Na dança, Ewá gira rapidamente e sua saia roda, alça vôo e encanta toda a festa.

Quando cultuada na nação Ketou, Ewá dança, ilu, hamunha e aguerê, Na
cultura jêje, onde suas danças são impressionantes, prefere o bravun e o
sató e dança acompanhada de Oxumare, Omolu e Nanã.

Quando dança leva o arpão na mão esquerda, e na direita uma espada também de latão com a qual simula movimentos de luta, pois é guerreira.

Para os Yorubás, Ewá é a metade feminina de Oxumaré. Por esse motivo, Oxumaré e Ewá, em qualquer ocasião, dançam juntos.

http://betanistra.multiply.com/journal/item/40
shaiene_chan
http://community.livejournal.com/ewaci/

sexta-feira, 25 de março de 2011

A IMPORTÂNCIA DOS OTÁS

Em nagô, pedra. No candomblé, é basicamente uma pedra, mas com função especialíssima nos rituais. É o receptáculo natural para a força energética dos orixás, uma espécie de pára-raios com a capacidade de atrair e, sendo submetido a diversos rituais, armazenar parte dessa energia. É o elemento principal do "assentamento" de um orixá em um terreiro ou em uma fonte natural de energia (uma cachoeira para Oxum, por exemplo, um ponto da natureza onde haja vento permanente para Iansã).

As pedras que podem ser transformadas pelos sacerdotes em otás não são escolhidas aleatoriamente. Cada orixá tem seu otá específico: a pedra deverá vir de um rio, na forma de um seixo submerso na corrente, se for servir de assentamento para uma Oxum ou para uma Obá; deverá vir do mar se for servir para assentamento de Yemanjá; da mata se for empregada num assentamento de Oxóssi; de minério de ferro se for empregada para assentar um Ogum; um pedaço de mármore ou qualquer outra substância tão resistente quanto ele, e também branca, para assentamento de Oxalá, etc. Se a pedra deve ser lisa ou rugosa, se precisa ser retirada de dentro da terra sem nunca ter tido contato com o oxigênio livre ou se deve ter estado obrigatoriamente à exposição do vento, tudo isso vai depender também das exigências próprias de cada orixá. Os otás ficam no peji do terreiro, dentro de vasilha especial, de louça ou barro, eternamente mergulhada em substâncias líquidas que variam de orixá para orixá: pode ser mel, azeite doce ou azeite de dendê, etcf. Junto às pedras, ficam outros "receptáculos" de axé, miniaturas de símbolos dos orixás (usados na dança em tamanho maior), como espadas, cobras, o ibiri, os espelhos, etc. Em frente a essa vasilha são oferecidas as "comidas de santo" nos ossés semanais ou quando um filho de santo do terreiro faz uma oferenda. Depois de um tempo, que varia conforme a ocasião, o alguidar com a comida de santo é retirado do peji e levado pelo sacerdote e pelo filho de santo para o local da natureza onde a comida será definitivamente entregue.

http://fotolog.terra.com.br/mariwo:13
http://fotolog.terra.com.br/mariwo:5.

domingo, 20 de março de 2011

UM ALERTA Á AUTO INICIAÇÃO

Por Sacerdote Kheramuniah

Existem diversos livros, que não ousaria citar títulos que prometem a auto-iniciação aos sacerdotes esotéricos. Livros de rituais antigos, contemporâneos, fictícios e até mesmo alguns são condizentes a verdade e outros que respeitam a tradição e ao que de mais sacro existe no esoterismo.

E pairam as perguntas: Por que são “condenáveis”? São mentirosos? O que tem de errado em se formar sacerdotes, magos ou esotéricos nas paginas de um livro?

Meus amigos lembrem-se da Lei do Retorno. Onde se diz: “que se fizeres algo que atente aos seus próximos será acometido pelo menos em intensidade maior do que desejaste”. Se você compra um destes livros, executa erroneamente seus feitiços, sem saber com que tipo de forças está mexendo e ainda por cima deseja a desgraça a outrem, não é difícil de se mensurar o quanto serás atingido, não?

Condenáveis? Sim, podem condenar o operante às trevas, ao contato com seres inteligentes, mas desprovidos de luz ou evolução. Condenando-os ao atraso, estagnação ou ao comprometimento espiritual, aos carmas negativos etc.

São Mentirosos? Sim, quando desrespeitam as forças do universo, quando para dar uma suposta “concordância” “as suas frases ou para ilustrar uma história, usam de metáforas, de verdadeiras parábolas”.

Errado em se auto-iniciar? Apelemos ao dicionário, auto, do grego ‘autós’, quer dizer ‘por si só’, ‘de si mesmo’. Iniciação, do latim ‘initiatione’, ‘ato ou efeito de iniciar (se)’, ‘introdução ao conhecimento de coisas misteriosas ou desconhecidas’, ou seja, juntando as duas definições: Ato de iniciar-se por si só, por si mesmo ao conhecimento de coisas misteriosas ou desconhecidas. Ai eu pergunto: Como eu posso me iniciar numa coisa que eu não conheço? Assim como um médico que jamais se auto-iniciaria na medicina, devem ser os esotéricos, pois as conseqüências podem ser igualmente desastrosas.

Um médico auto-iniciado, auto-graduado, pode prescrever um tratamento errôneo e agravar o estado físico do seu paciente, ao passo que um esotérico, um mago, um sacerdote auto-iniciado, auto-instruido, pode levar o seu paciente (cliente, freguês) ao agravamento de seu estado físico ou espiritual.

Toda forma de esoterismo requer cuidados, responsabilidade e precisão. Cuidados nas maneiras de como executar, responsabilidade e uma imensa precisão na execução, pois um erro pode acarretar um estrago que seria necessário o dobro do trabalho para conserta-lo.

Meus amigos, os livros de auto-iniciação, assim como os aparelhos de ginástica passiva, aqueles vendidos pela televisão que basta dez minutos diários e você terá o corpo de um assíduo freqüentador de academias, têm o mesmo efeito, ou seja, promessas de êxito e certeza de dores futuras.

Infelizmente por mais sério que seja o escritor, por mais amplo que seja o universo literário nesse sentido, não precisam o que pode acontecer e o que não pode acontecer durante uma conjuração ou uma execução mágica. Lembrem-se que mesmo o menino-bruxo “Harry Potter” que tinha tudo pra ser o maior bruxo na história da escritora J. K. Rowling, precisou de um Mestre para aprender a lidar com a magia.

Baseado na minha experiência como sacerdote, magista, esotérico, iniciado e consagrado por um Mestre, demonstro aqui minha preocupação quanto aos livros que prometem o poder. Se quisermos aprender algo, entrar num universo que não conhecemos temos que procurar alguém que nos norteie, que nos ensine, que esteja ao nosso lado pra avaliar nossos acertos e corrigir nossos erros e ensinar a corrigi-los também.

Espero que aqueles que lerem esse artigo, aqueles que se afinam com o esoterismo, despertem para a necessidade de conquistar sua espada na magia, lutar e mostrar ser digno a ela e não “usar” a espada dos outros, cada um tem a sua espada e elas só obedecem aos seus verdadeiros donos. Usar a magia requer cuidado e orientação.

Àqueles que optaram pela auto-iniciação um apelo, procurem logo um Mestre, alguém para ensiná-los, àqueles que têm um Mestre e assim como eu lutaram para conquistar sua espada mágica, parabéns, muita luz e força para continuarmos merecedores dela.

Dedico esse artigo aos meus Mestres que me conduziram e ainda conduzem à luz;
A Minha Mãe-Sacerdotisa-Mor de nossa Casa, que é minha amiga e mestra sempre;
Ao meu Amado Mentor que sempre teve uma paciência enorme e nunca deixou que eu desacreditasse de mim mesmo;
E ao meu eterno e amado Nenê Arqueirinho, minha flecha de luz divina.

http://www.uniblog.com.br/mavulegy/350531/um-alerta-a-auto-iniciacao.html

OS FEITIÇOS DE AMARRAÇÃO AMOROSA NO CANDOMBLÉ

Como se processam os verdadeiros "Trabalhos de Amarração Amorosa" realizados no Candomblé por Sacerdotes bem formados e conhecedores da magia da religião.

A ATUAÇÃO DO SACERDOTE OU SACERDOTISA

A atuação do Sacerdote ou da Sacerdotisa em qualquer trabalho de Candomblé, é extremamente importante para um bom resultado.
Como aqui o que nos interessa são os trabalhos amorosos, vamos estudar a atuação sacerdotal nesse sentido.

Quando falamos em bom resultado, não queremos nos referir a sucesso e a êxito, mas sim à qualidade do resultado do trabalho efetuado, e, se o resultado for de qualidade positiva, é fato que satisfará os desejos do cliente, conforme veremos mais adiante.
Nos trabalhos de amor, vários fatores fundamentais devem ser observados pelo Sacerdote ou Sacerdotisa, sendo os principais:

-A Lei do Karma.-O perfeito domínio na criação da Egrégora.
-As intenções do cliente.
-A escolha dos Yaôs que irão participar dos trabalhos.
-À quem deve ser entregue o trabalho.
A crença do próprio Sacerdote ou Sacerdotisa naquilo que está fazendo e principalmente naquilo que está pedindo. A crença do sacerdote ou sacerdotisa naquilo que está pedindo é fundamental.
-A continuidade do trabalho após a arriada do mesmo.
-O conhecimento do maior número possível de informações sobre o cliente e sobre aquele que vai ser trabalhado.
-Aprovação do Orixá através do Jogo em qualquer uma das suas modalidades (Búzios, Alobaça, Obi) ou por incorporação mediúnica.
-O perfeito domínio no manuseio da Magia, à fim de que não haja a Lei do Retorno, tanto para o cliente quanto para o próprio Sacerdote ou Sacerdotisa.

Vamos, agora, analisar mais detalhadamente os itens acima, alguns em separado.

O perfeito domínio na criação da Egrégora
Nós estamos plenamente convencidos de que, na realidade, a participação de Exú ou de outra Entidade, nos trabalhos de Magia, acontece de uma forma bastante diferente da que se tem imaginado e se tem apregoado por aí.
A nossa crença está baseada nas informações e nas instruções que temos recebido não só dos nossos próprios Mentores como também de diversas Entidades de outros Candomblés, e, também, de Mentores de outros Centros e Templos Ocultistas.

No exato momento em que o Sacerdote ou Sacerdotisa se decide a trabalhar para o cliente, imediatamente começa a se formar a Egrégora, e sua gestação vai desde esse momento até a hora em que o trabalho é definitivamente arriado nos pés da Entidade chamada a trabalhar.

Enquanto o trabalho está apenas na fase preparatória, a Egrégora em gestação é somente uma forma-pensamento, da mesma maneira que o ser humano antes de se tornar criança é apenas feto enquanto no útero materno.

Tendo o Sacerdote ou a Sacerdotisa consciência ou não desse fato,
a realidade é que a Egrégora é criada e se não for devidamente cuidada e tratada pode se transformar em perigosa arma tanto contra o cliente como contra o próprio Sacerdote ou Sacerdotisa, conforme veremos a seguir.

A forma-pensamento nada mais é do que as imagens criadas pelo cérebro, seja diante do que vemos, seja diante do que ouvimos, seja diante até mesmo e principalmente do que pensamos e sentimos.
Inicialmente a forma-pensamento é apenas uma imagem fraca, mas, à medida que esta imagem se repete em nosso cérebro, ela vai se aclarando, vai criando vida, porque, do cérebro são emitidas energias capazes de dar movimento e força às imagens que criamos.
E, quanto mais energia consciente aplicamos a essa imagem, maiores probabilidades existem dessa forma-pensamento sair do nosso próprio campo magnético em direção ao objetivo para o qual foi criada.

A energia consciente a que nos referimos acima, se faz através de profunda concentração mental na imagem inicialmente criada, como também, paralela e simultaneamente à concentração mental, da emissão de palavras absolutamente correspondentes à idéia.
E quanto maior for a freqüência da imagem e do som, tanto mais força terá a forma-pensamento, antes de ser definitivamente lançada ao seu objetivo, quando então poderá ser realmente chamada de Egrégora.

No nosso entender, existe uma grande diferença entre a forma-pensamento e a Egrégora, muito embora esta última sempre nasça da primeira.

Tudo é forma-pensamento (o que se diz, o que se ouve, o que se sente, etc.), mas nem tudo é Egrégora,
porque, a forma-pensamento na sua grande totalidade não tem um objetivo específico, ao passo que, a Egrégora é uma forma-pensamento transmutada em entidade criada, gerada, trabalhada e estimulada para executar uma determinada missão ou tarefa.
Por outro lado, a forma-pensamento, de um modo geral, é individual, ao passo que a Egrégora, também de um modo geral, é coletiva pois reúne em si as formas-pensamentos geradas por várias cabeças em relação à uma mesma idéia, e consequentemente a energia emitida por vários cérebros, e, se são vários, várias também são as qualidades e as intensidades vibratórias dessas energias.
Agora que já sabemos como se forma basicamente uma Egrégora, voltemos ao nosso assunto que é a Egrégora do Amor.

O cliente expõe seu problema para o Sacerdote ou Sacerdotisa, e pede-lhe ajuda para solucionar o seu caso.
Após ouvi-lo e consultar o Jogo, o Sacerdote ou Sacerdotisa se propõe a trabalhar para o cliente. Como já dissemos, no exato momento desta decisão, a Egrégora começa a se formar. Só que, por enquanto, ela é uma forma-pensamento nebulosa e sem definições claras, e assim será até a hora de se arriar o Ebó, que, por simbologia seria a hora do parto. No parto, o feto deixa de ser feto e a criança finalmente nasce. No Ebó, a forma-pensamento deixa de ser forma-pensamento e a Egrégora finalmente nasce.

Se formos analisar essa forma-pensamento, veremos que se trata de uma criação defeituosa, sofredora, má, distorcida e até mesmo monstruosa e repugnante, porque foi construída apenas sobre as informações dadas pelo cliente, e até o momento o que prevalece no cliente são:
a tristeza, a angustia, a dor, o sofrimento, a carência, a sensação de abandono e de rejeição, de vingança, de ressentimentos, de ansiedade, etc.

Portanto, na mente do Sacerdote ou da Sacerdotisa formaram-se imagens de dor, de sofrimento, de humilhação, de vergonha, de raiva, de carência, de vingança, de ressentimentos, etc., no que diz respeito ao cliente, e de repulsa, de traição, de mentira, de desamor, de indiferença, de frieza, de insensibilidade, etc., em relação aos sentimentos da pessoa amada pelo cliente.

Se o Táta ou a Yá não souber transformar de imediato essas imagens criadas em sua mente, e também não souber modificar as imagens criadas pelo próprio cliente, fatalmente a Egrégora nascerá imbuída de todos esses sentimentos e emoções descontroladas, já que não tem inteligência própria e nem o poder de raciocinar. Ela é exatamente aquilo que pensamos, que dizemos, que queremos, que sentimos e que imaginamos.
Por analogia poderíamos dizer que a Egrégora é um robô computadorizado vivendo no Plano Astral, sendo que, o robô terreno recebe e registra informações e orientações tecnicamente exatas e precisas, e o robô astral – a Egrégora – recebe e registra informações e instruções emocionalmente imprecisas.
O robô é a razão, a lógica; a Egrégora é o coração, o sentimento, a emoção.

Assim sendo, o Táta ou a Yá deve imediatamente, ao dar a sua concordância em fazer o trabalho, colocar o cliente numa postura mental e emocional absolutamente harmônica e equilibrada, orientando-o e esclarecendo-o sobre as regras básicas de um padrão mental e vibratório sadio e em correspondência com o objetivo do trabalho, qual seja: a solução satisfatória do pedido.
Para conseguir influenciar o cliente nesse sentido e com isso anular as imagens negativas, o melhor meio que o Sacerdote ou Sacerdotisa pode encontrar, é exatamente saber o maior número possível de informações sobre a personalidade, o caráter, os costumes, os pontos fracos e sensíveis, os gostos, as falhas de comportamento, etc., tanto quanto sobre o próprio cliente quanto sobre a pessoa por ele amada e desejada, principalmente em relação a esse último, porque, partindo daí é que o Sacerdote ou Sacerdotisa poderá avaliar o lado positivo de ambos, e em cima desse lado é que fará o cliente alimentar energeticamente a Egrégora em formação.
Aliás, quanto mais informações o Táta ou a Yá obtiver sobre a pessoa que vai ser trabalhada, tanto mais condições terá também para obter sucesso em seu trabalho, uma vez que conhece com precisão e firmeza o terreno para onde dirigirá sua Egrégora.

Por outro lado, extremamente importante é o Táta ou a Yá não se prender apenas e tão somente na sua própria análise e avaliação quanto às informações recebidas do cliente. Por uma questão de prudência e de cautela, antes de orientar o cliente sobre sua postura durante os trabalhos, e enquanto a solução não chega, é necessário o Táta ou a Yá submeter à apreciação do Orixá seu Mentor, através do Jogo de Búzios ou de Obi, as informações recebidas e a sua própria conclusão, porque, sendo o Táta ou a Yá um ser humano como outro qualquer, é perfeitamente natural que veja e sinta as coisas com sentimentos e razões humanas, e sendo humanas podem ser distorcidas e erradas; enquanto que o Orixá, sendo um Ente Espiritual Superior, vê as coisas clara e corretamente como elas realmente são, e, portanto, não há margem de erro na avaliação e nas orientações por Ele dadas.

Normalmente pede-se ao cliente uma fotografia da pessoa que vai ser trabalhada, e, se possível, algum objeto de uso pessoal, pedaços de unhas, fios de cabelos, esperma, etc., para ser usado no trabalho.
Por que precisa o Táta ou a Yá desses objetos?
Para dar a Entidade que trabalhará no caso?
Porventura a Entidade precisa disso para apresentar resultados positivos?
Não!

A fotografia, na verdade, serve para que o Táta ou a Yá conheça a fisionomia, o rosto daquele que vai ser trabalhado, pois isso facilitará a concentração mental na hora da emissão do seu fluido magnético; este magnetismo tanto servirá para o reforço na criação da Egrégora, que pode, inclusive, assumir a fisionomia da pessoa, quanto para a influência à distância sobre a pessoa amada e desejada pelo cliente.

Quantos aos demais objetos, servem exclusivamente para impregnar a Egrégora com o magnetismo da pessoa, já que, as unhas, tanto dos pés quanto das mãos, está localizadas nos extremos transmissores e receptores de energias simultaneamente atrativas e repulsivas de fluidos exteriores e interiores.

Os fios de cabelos da cabeça contêm toda a vibração e a qualidade energéticas das emissões cerebrais da pessoa.
Os pêlos pubianos são fortes fontes de retenção da sexualidade e da sensualidade.
O esperma é a base fecundadora de toda vida,
qualquer peça de roupa usada, preferentemente que não tenha sido lavada, porquanto a grande maioria dos tecidos retém em suas fibras toda e qualquer espécie de vibração emitida pela pessoa,
bem como todo e qualquer contato seja com pessoas, seja com lugares, feito pela mesma.
Os médiuns desenvolvidos em psicometria, em contato com qualquer peça de roupa de alguém, podem perfeitamente detectar as mais variadas e diferentes emoções e ligações do dono da roupa.

Assim, se o Táta ou a Yá bem orientar seu cliente no sentido de condiciona-lo a um padrão mental de vibrações positivas e construtivas, e ajustar o seu próprio padrão numa onde vibratória sadia, a forma-pensamento crescerá na mesma proporção e consequentemente a Egrégora.

Por outro lado, somos da opinião de que, por mais confiança que tenha nos Yaôs e nos Ogãs que irão participar do Ebó, o Táta ou a Yá não deve coloca-los ao par nem do problema do cliente e nem do trabalho que será feito, e isto porque, além de ser um preceito de ética religiosa (o sigilo sobre os problemas dos clientes), não implica numa possível deturpação da boa criação da Egrégora.

No início do presente capítulo dissemos que a participação de Exú ou de outra Entidade, ao nosso ver é bem diferente da que se imagina.
Vejamos, então.

Feitos todos os preparativos para o trabalho, em determinado dia o Sacerdote ou Sacerdotisa, cliente e as pessoas da Casa que irão participar, sendo estas escolhidas a dedo a fim de que não entrem em dissonância com os trabalhos, reúnem-se horas antes do trabalho e cumprem os requisitos necessários.

Se o trabalho for entregue a Exú, as coisas passar-se-ão da seguinte maneira.

Enquanto os Yaôs e Ogãs cantam para Exú – e o canto nada mais é do que
uma forma de oração, de chamada e de louvor, além de ser uma forma de estabelecer contato com a Entidade e mante-la em nosso Plano enquanto perdurar a reza-canto, o cliente se concentra naquilo que quer (e sua concentração deve ter sido previamente orientada pelo Táta ou Yá), e, o Sacerdote ou Sacerdotisa vai arrumando o Ebó nos pés de Exú, também concentrada no que vai pedir em nome do seu cliente.
Aqui se faz necessário lembrar que, tanto a concentração do Sacerdote ou Sacerdotisa como a do cliente, devem coincidir nas imagens mentalizadas por ambos, para que não haja desarmonia e choque no momento do nascimento da Egrégora.

A hora em que a Egrégora realmente nasce, é no exato momento em que o Táta ou a Yá sacrifica o bicho sobre o Ebó, e ao cair a última gota de sangue, o coração da Egrégora começa a pulsar para a vida.
Este é um momento de extremo cuidado e atenção por parte de todos os participantes, principalmente por parte do Táta ou da Yá, porquanto, tudo o que for pensado e imaginado enquanto o sangue (poderoso condensador de fluidos e vibrações) cai sobre o Ebó, ficará imantado na Egrégora e será decisivo para o bom resultado do trabalho.

Na hora de se tirar os axés internos e externos da ave ou do animal sacrificado, o derradeiro sopro de vida é insuflado à Egrégora.
Estes axés servem exatamente para completar a Egrégora, simbolizando o corpo e não simplesmente para enfeitar o Ebó, tornando-o agradável a Exú ou aos olhos humanos, como se pensa.

No Ebó são colocados os pés, as asas, a cabeça, a coleira e o rabo da ave ou do animal, como partes externas.
As internas são:
o fígado,
a moela,
o coração
e nos casos de amor, a matriz ou os ovos do animal macho.

Por analogia, estas partes representam para a Egrégora:

A cabeça, onde estão situados o cérebro, os olhos, enfim, de onde todo o resto do corpo é comandado.
Para a Egrégora a cabeça serve para reter todas as informações recebidas durante a sua gestação, e as ordens dadas para o fiel cumprimento da sua missão.
Como a ave, a Egrégora possui uma cabeça, só que não tem condições de raciocinar, agindo por puro instinto a ave, e pela programação a Egrégora.

A coleira da ave ou do animal sacrificado, representa a união do corpo e do espírito, a junção do material e do espiritual.

O rabo, que simboliza o todo do corpo, representa para a Egrégora o invólucro físico que lhe dará equilíbrio e capacidade de andar e de girar por onde julgar necessário.

As patas, representam a capacidade de se locomover e de andar por terra quando necessário se fizer.

As asas representam o espírito da Egrégora, que lhe dão o poder de voar sempre que não puder andar e que lhe dão, ainda, o poder de se colocar acima de todos os obstáculos que lhe venham a surgir atrapalhando sua missão.

O coração, representa o cerne de tudo, o órgão vital para que qualquer ser terreno se mantenha vivo. Embora não sendo um ente físico-terreno, a Egrégora entre nós haverá de circular e de se movimentar, e em seu coração não há lugar para emoções e sentimentos próprios, à exceção dos sentimentos e das emoções transmitidas pelo cliente e pelo Sacerdote ou Sacerdotisa.

A moela, simboliza o estômago da Egrégora, onde serão digeridas e assimiladas as vibrações que lhe foram enviadas pelo Táta ou Yá bem como pelo cliente; onde irá digerir e assimilar as influências vindas dos locais onde está atuando, e onde irão ser digeridas e assimiladas as vibrações e os fluidos da pessoa sobre quem está trabalhando, em sua moela, a Egrégora aproveita, retira e assimila todas as energias positivas para a sua sobrevivência, mas, paralelamente, retém o excesso e o negativo.

O fígado representa o filtro depurador que corará as boas influências e as energias positivas e dissolverá as más energias e as influências negativas. A maioria dos Sacerdotes e Sacerdotisas costuma tirar o fel do fígado, mas particularmente somos da opinião de que ele deve ser mantido exatamente para representar a dissolução das más energias ou para outros fins que aqui neste trabalho não precisam ser mencionados.

A matriz, no caso de amarração amorosa, é fundamental, pois ela representa a capacidade fecundadora da Egrégora, podendo esta capacidade ser positiva-construtiva ou positiva-destrutiva, conforme o objetivo para o qual foi ela criada.

Justamente porque se deu à Egrégora tais fundamentos, é que sua influência será maior sobre esses órgãos e membros pertencentes à pessoa visada, desequilibrando-os e desarmonizando-os, razão pela qual a pessoa sempre acaba sofrendo complicações físicas e orgânicas, e as prováveis doenças ou males decorrentes do feitiço sempre começarão por aí.

Com a Egrégora já fora do casulo e pronta para seguir seu curso, quem passará a comandá-la, daí para frente, é o próprio Exúou outra Entidade – à quem foi entregue o trabalho.

A Entidade, por seu turno, carregará a Egrégora com seus próprios fluidos, acrescentando-lhe outros atributos que julgar necessários, e cuidando para que a Egrégora dê seus primeiros passos para fora do local de trabalho e inclusive para fora dos limites da Casa de Candomblé.

Muitas vezes, por falha na criação da Egrégora, ou por desconhecimento do Sacerdote ou da Sacerdotisa, da existência dessa Egrégora, Exú é obrigado a cerca-la ali mesmo, à fim de que a mesma não recaia nem sobre o Sacerdote ou Sacerdotisa nem sobre o cliente, nem sobre os que participaram, num choque de retorno imediato.

Enquanto a Egrégora está tentando atingir o seu objetivo específico, Exú está supervisionando os seus passos e a sua movimentação.

Se não há nenhum fator cármico impedindo a união do cliente com a pessoa amada e desejada, esta união acontecerá, só que em termos físicos, porque, como já dissemos, a influência de Exú nunca é em termos afetivos e espirituais.

Se houver fator cármico impedindo a união, ainda que física, Exú talvez nem se dê ao trabalho de continuar manipulando a Egrégora, e o insucesso do trabalho é logo visto e constatado.

No caso de haver união, Exú continua seu trabalho, magnetizando a Egrégora com os fluidos animais (sensualidade, sexualidade, etc.) do cliente e daquele que está sendo trabalhado à fim de que haja um acasalamento de ambas as vibrações.

E, se o Ebó foi bem trabalhado e bem fundamentado pelo Sacerdote ou Sacerdotisa, Exú imantará a Egrégora sobre a pessoa trabalhada, por um espaço de tempo nunca superior a sete (07) anos.

Só que, repetimos, a atuação da Egrégora nesse período, não ultrapassa os limites da matéria, porque esteve e está sob a influência de Exú, razão pela qual, havendo possibilidade, deve-se sempre contar com o apoio do Santo e da sua respectiva Egrégora, que atuará no campo afetivo e espiritual, proporcionando assim, uma união duradoura e verdadeira.

O trabalho conjunto das duas Egrégoras
a de Exú e a do Orixá
é o caminho ideal nos trabalhos que envolvam amor e sentimentos espirituais e onde as relações entre as pessoas estão tumultuadas, desgastadas e até mesmo rompidas.
Mas, tornamos a refrisar, este trabalho conjunto só deve ser feito se o Orixá se manifestar favorável, através do Jogo ou de incorporação mediúnica.

Terminado o prazo da imantação, ou renova-se o trabalho, de forma absolutamente igual à original, ou a Egrégora se dissolve expontânea e naturalmente.

Na dissolução final da Egrégora de Exú, o continuar da relação do nosso cliente com seu parceiro, dependerá única e exclusivamente daquilo que o cliente construiu do ponto de vista afetivo e até mesmo sexual.

Se a sua própria atuação sobre o companheiro foi boa e positiva, talvez nenhuma diferença negativa se fará com o fim da Egrégora, uma vez que esta só influenciou os sentidos físicos.
Não há ninguém neste mundo, com um mínimo de inteligência, que, sentindo-se amado de uma forma sadia e verdadeira, sentindo-se desejado e bem tratado, rompa uma relação amorosa só porque, talvez, sua atração física pelo outro tenha diminuído e até mesmo desaparecido com o passar do tempo.
O que faz a relação homem-mulher tornar-se sólida e duradoura, é exatamente o amor espiritual, o afeto, a ternura, a amizade, o companheirismo, a sinceridade, a lealdade, enfim, todos os sentimentos espirituais que tocam e despertam a sensibilidade do homem ou da mulher.

A Egrégora do Orixá ou seja, aquela nascida nos pés do Orixá, se processa da mesma maneira que acabamos de ver, só que imbuída de um outro sentimento que, ao nosso ver, não entra na composição da Egrégora de Exú, sentimento este que é o da religiosidade, da fé não no terreno mas sim no espiritual, na fé mística e não na fé material, na certeza da vitória pois para o ser humano ao Orixá nada é impossível.

A Egrégora do Santo cresce e nasce e se movimenta num clima de delicadeza, de finesse, de calma, de doçura e de tranqüilidade, plena de uma força superior à força da Egrégora de Exú, já que, em qualquer um dos dois casos, a Egrégora é reforçada e acrescida dos fluidos e das vibrações da Entidade que a comandará, e não há dúvidas de que a influência do Orixá é bem diferente da influência de Exú, podendo-se comprovar isto até mesmo no exato momento em que o trabalho está sendo feito e arriado nos pés da Entidade.

Por outro lado, nos Ebós entregues ao Santo, nem sempre entra sangue, o que significa que a Egrégora é mais fluídica e mais leve do que a Egrégora sangüínea, e consequentemente tem:

-maior facilidade de locomoção;
-maior afinidade com o Orixá que a está comandando;
-maior facilidade de penetração em qualquer ambiente, e.
-maior poder de persuasão, pois que seu âmbito de atuação é mental e espiritual, enquanto que a Egrégora sangüínea tem âmbito essencialmente carnal.

Durante toda a sua missão, a Egrégora é comandada pelo Orixá que cuida e zela pelo cumprimento da sua tarefa, e impedindo que a mesma retorne antecipadamente aos seus criadores e para sobre eles se dissolver, complicando-lhes as respectivas vidas.

Evidentemente esta medida de proteção só é adotada pelo Orixá, quando os objetivos do cliente são puros, nobres e de conformidade com o permitido pelas leis da Natureza, pois do contrário o Orixá, como medida de penitência ou até mesmo de punição, permitirá que o cliente e o Sacerdote ou Sacerdotisa, sofram as terríveis conseqüências da Egrégora dissolvida abruptamente em seus respectivos campos magnéticos

Por Yalorixá Mavulegy

sexta-feira, 18 de março de 2011

DIFERENÇAS ENTRE EXÚ GUARDIÃO E EXÚ ORIXÁ

Laroiê Exu! (olhe por mim Exu)

Exu Mojubá! (Exu é forte e eu me curvo a sua força



 
EXÚ ORIXÁ
Exu nasce dentro do panteão africano, como Orixá.
Ele é o mensageiro dos Orixás
além de ser a divindade da vitalidade dentro do culto de nação.
Seu símbolo é o falo ereto, um bastão com cabaças na ponta ou chaves, e  não o tridente!
Este símbolo é apenas para

Exú Orixá e não Exú Guardião. 

Seu nome quer dizer "esfera" em yorubá.

Podemos encontrar a mesma força de Exu em outras culturas religiosas e em outras
divindades de povos e culturas diferentes, como o Dionísio e o Hermes dos
gregos, Seth dos egípcios, Lock dos nórdicos, etc.
Todos são divindades da
vitalidade e tem em um aspecto extremamente dual.
Nos cultos de Nação (Candomblé) Puros ou Tradicionais não existe Tranca - Ruas, Caveira, Encruzilhada, etc (Nomes simbólicos dos Exús - espíritos guardiões da Umbanda) 
Não incorpora-se Exu Guardião (Espírito de uma das linhas de trabalho, apenas o Orixá).
Na Nação existem qualidades ou Caminhos que acrescem nomes ao Orixá.


EXÚ GUARDIÃO

Na Umbanda não trabalhamos diretamente com o Orixá Exu.
Trabalhamos com espíritos humanos que trazem e manipulam essa força do Orixá Exu, junto com a força dos outros Orixás, cultuados na Umbanda (Ogum, Iansã, Xangô, Oxóssi, Oxum, Oxalá, Iemanjá e em alguns Terreiros, cultuam-se ainda Nanã Buruquê e Omolú.

Interpretando seus nomes simbólicos chegamos a força de
qual Orixá, exu manipula e responde, assim como qual seu campo de atuação.
Exu trabalha com as energias mais densas dentro da Umbanda, sendo especialistas em descarrego, desobsessões, curas, corte de magias
negras e demandas.
Exu é guardião e "polícia no astral".
Por isso Exu Guardião é firmado na Tronqueira, á entrada do Terreiro de Umbanda.
Exu é espírito que trabalha dentro da Lei, e dentro de um centro de Umbanda
nunca presta - se a trabalhos de magia negativa.
Utiliza - se cigarros e charutos para realizar limpezas energéticas nas pessoas que se consultam com
ele.
Utiliza - se a pinga, como elemento magístico e algumas vezes para
trabalhar o médium em sua incorporação.
Também utiliza ervas, pedras, punhais,
etc como elementos de trabalho.
Não utiliza - se o sacrifício animal dentro da Umbanda.
Exu não é essa manifestação ridícula que muitas vezes vemos, de um espírito que
baba, rosna pega galinha pela boca, toma sangue e apenas sabe falar palavrão.
Não mesmo!
E isso nada tem a ver com kardecismo, mas sim com fundamento de
Umbanda.
Isso não é Umbanda!

Exu na Umbanda é uma entidade como todas as outras.
Exu Guardião não é demônio e de modo algum um espírito atrasado que não sabe o que faz ou não distingue entre o bem e o mal.
São pelo contrário espíritos muito honrados que trabalham
diretamente nos planos extrafísicos mais densos da criação.

Apenas na Umbanda seu símbolo é o tridente.
E isso nada tem a ver com o demônio.
O tridente é um símbolo sagrado em todas as culturas religiosas do passado (veja
o Shiva dos hindus, ou Poseidon dos Gregos).
Por isso a Igreja Católica o
colocou como símbolo do demônio.
Não tem nada a ver.
Tridente representa a força
guardiã de Exu, e demonstra a força tripolar de Exu, vitalizadora,
desvitalizadora e neutralizadora.
O tridente é um símbolo poderosíssimo dentro
da magia de Umbanda.
Também é uma arma astral que muitos Exus portam.

Adaptação de  trechos de Fernando Sepe
http://iara-carla.blogspot.com/2011/03/comentarios-sobre-exu.html

quinta-feira, 17 de março de 2011

Orixá Exu – O Trono da Vitalidade


Sabemos que Deus é um só manifesto por meio de muitos nomes diferentes, que implicam culturas e formas diversas de entendimento e concepção do que Ele vem a ser. Também podemos caracterizar este fato como essência e forma, Deus é “Essencia” que se manifesta por diferentes “Formas”, segundo a cultura e o perfil

sexta-feira, 11 de março de 2011

MERINDILOGUN

O QUE É?

Merindilogun ou Merindelogun -
vem da palavra Erindinlogun e a tradução é
dezesseis.
É um sistema de adivinhação utilizado na África pelos yorubás algumas vezes chamado de dilogun (abreviatura de merindilogun), entregue ao sacerdote no ritual de oyê depois da obrigação de odu ejé.

É um dos muitos métodos divinatórios utilizado pelos Babalawos, Babalorixás e Iyalorixás que conta com 16 búzios.
É um método diferente do jogo de búzios, pois nele ocorre a interpretação das caídas dos búzios por odù e (cada odù indica diversas passagens) de acordo com a mitologia yorubá.

No merindilogun, antes do arremesso dos búzios é Ifá o intermediário, quando eles caem dando a quantidade, o intermediário passa a ser Exu Elegba, que sempre acompanha Ifá.
As caídas são dadas conforme a quantidade de búzios abertos e fechados resultante de cada arremesso.
A resposta para cada quantidade de búzios abertos e fechados, corresponde um Odù e como ocorre no Opele-Ifa, esse odù deve ser interpretado, transmitindo-se ao consulente tanto o significado da caída, quanto o que deve ser feito para solucionar o problema.

História
Em 1830 em Salvador, Bahia, eram raros os que tinham a função do jogo de búzios por odu, que era consultado apenas para os desígnios do plano divino, diferente do tempo atual que é procurado para resolução de vários tipos de problemas inerentes aos conflitos existenciais, e a busca de conhecer seus procedimentos, e que encanta não só ao povo do santo.

O jogo de búzios instituído no Brasil
contribuiu para a organização do candomblé, sofrendo transformação para ser utilizado pelas mulheres e no futuro, por todos os dirigentes de candomblés que vieram a ser formados.

Esta nova modalidade foi feita por Ìya Nàsò e Bàbá Asikan que depois de libertos da escravidão, viajaram para a África e voltaram depois de sete anos. Esta simplificação tornou-se menos complexa, promovendo uma mudança radical de status religiosos.

A autoridade dos antigos Bàbáláwo e Bokonun
que ocupavam a hierarquia máxima sacerdotal na África, desapareceu aqui no Brasil, tornado os Babalorixá e Iyalorixá independentes, dirigentes de seus próprios terreiros de candomblé.
Ficando apenas o costume daquele que joga intitular-se Bàbáláwo, embora indevido, pois este título é aplicado somente para quem joga o Ifá ou Opele-Ifá.

Por outro lado os sacerdotes de nações Bantos que já tinham seu próprio jogo de búzios e não eram orientados pelas caídas de Odu, nessa ocasião passaram a mesclar seu jogo, ora por caída ora por Odu, mas muitos deles optaram por continuar usando seus métodos de jogo, mantendo suas tradições.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Merindilogun

ORIXÁ EWÁ

Yewa é a divindade do rio Yewa.
Na Bahia é cultuada somente em três casas
antigas, devido à complexidade de seu ritual.
As gerações mais novas não
captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, daí se
ver, constantemente, alguém dizer que fez uma obrigação para Yewa , quando
na realidade o que foi feito é o que se faz normalmente para Osun ou Oya.
O desconhecimento começa com as coisas mais simples como a roupa que
veste, as armas e insígnias que segura e os cânticos e danças, isso quando
não diz que Yewa é a mesma coisa que Osun, Oya e Yemoja.


Pai Cido da Oxum (que tem uma filha desse Orixá, Gabriela), esclarece:
“Ewá – Esta é a divindade do rio Yewá, que corre na África paralelamente ao rio de Ògún, em certas lendas é frequentemente confundida com Yemonja. No Brasil, principalmente na nação Kêtu, não há qualquer confusão com relação à Ewá, ela é a guerreira caçadora, esposa do rei Omolu, companheira de Osúmaré e irmã de Osún.”

Omindarewá escreve:
“Iewá, na Nigéria, nasce num rio e é ligada à água. Pierre Fatumvi Verger se refere a ela como uma espécie de Yemanjá. Também é considerada como a parte feminina de Oxumarê.
É uma caçadora, uma amazona.
Ligada a Ode: vive na floresta, no meio dos bichos.
Ligada a Irokô: só ela pode descansar em suas raízes, no alto da noite.
Ligada a Oxumarê: casada com ele, mora na casa de Omolu.
Ligada a Obaluayê e a Nanã: na hora da morte, ela transforma o ser vivo em cadáver.
Junto com Oxumarê e Nana: ela ajuda a modelar a terra primordial.


Também conhecida como Ìyá Wa. Assim como Iemanjá e Oxum, também é uma divindade feminina das águas e, às vezes, associada à fecundidade. É reverenciada como a dona do mundo e dona dos horizontes. Em algumas lendas aparece como a esposa de Oxumarê e pertencendo a ela a faixa branca do arco-íris, em outras como esposa de Obaluaiê ou Omulu.
Orixá que protege as virgens e tudo que é inexplorável. Ewá tem o poder da vidência, Sra. Do céu estrelado rainha dos cosmos. Ela está o lugar onde o homem não alcança.

Na verdade ela mantém fundamentos em comum com Oxumarê, inclusive dançam juntos, mas não se sabe ao certo se seria a porção feminina, sua esposa ou filha.
Quando cultuada na nação Keto, Ewá dança, ilu, hamunha e aguerê, Na cultura jêje, onde suas danças são impressionantes, prefere o bravun e o sató e dança acompanhada de Oxumare, Omolu e Nanã.
Nas festas de Olubajé, Ewá não pode ser esquecida, deve receber seus sacrifícios, e no banquete não pode faltar uma de suas comidas favoritas; banana-da-terra frita em azeite.

Na África, o rio Yewá é a morada dessa deusa, mas sua orígem gera polêmicas. A quem diga que, a exemplo de Oxumaré, Nanã, Omulú e Iroko, Ewá era cultuada inicialmente entre os Mahi e foi assimilada pelos Iorubás e inserida em seu panteão. Havia um Orixá feminino oriundo das correntes do Daomé chamado Dan. A força desse Orixá estava concentrada em uma cobra que engolia a própria cauda, o que denota um sentido de perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina.

Ewá seria a ressignificação de Dan ou uma de suas metades –A outra seria Oxumaré. Existem, porém, os que defendem que Ewá já pertencia à mitologia Nagô, sendo originária na cidde de Abeokutá. Estes, certamente, por desconhecer o panteão Jeje –No qual o Vodun Eowa, da família Danbirá, seria o correspondente da Ewá dos Nagô, –Confundem Ewá com uma qualidade de Yemonjá. Erram porque Ewá é um Orixá independente, mas sua orígem não se esclarece sequer entre os Jeje, pois em respeitados templos de Voduns afirma-se que Eowa é Nagô.

Eowá foi uma cobra muito má e por isso foi mandada embora. Acabou encontrando abrigo entre os Iorubás, que a transformaram em uma cobra boa e bela, –A metade feminina de Oxumaré. Por esse motivo, Oxumaré e Ewá, em qualquer ocasião, dançam juntos.


Descrição
Filha de Oxalá e Iemanjá, é uma deusa casta, que tem o poder de se tornar invisível e de penetrar nos mistérios de Ifá (o deus da adivinhação). Seus domínios são as ilhas e penínsulas, o céu estrelado, a chuva e a faixa branca do arco-íris. No sincretismo religioso, está associada a Nossa Senhora das Neves. É a cobra fêmea do candomblé, que não dorme, sendo portanto, a senhora das vistas. Preside sobre a prisão. No caso do assentamento, se difere das Yabgàs somente porque seu igbà é uma cobra de metal amarelo, enroscada, que fica sobre o Otà. Suas cores são o amarelo e o vermelho, em algumas casas a fusão destas duas cores, o laranja. Sua saudação Yewà Y rò.


Ewá é orixá que representa o encontro da terra com o céu, ou do céu com o mar, representa os horizontes, as passagens e as transformações.
Por isso se diz também que ela está nos cemitérios, fazendo a transformação dos corpos e auxiliando a passagem dos espíritos para outras dimensões.
Hoje é pouco cultuada, pois dizem que os antigos sacerdotes levaram consigo seus segredos sobre o culto de Ewá. No entanto ainda podemos vê-la dançar em alguns terreiros.
Alguns a consideram a esposa de Oxumarê, mas a maioria dos babalorixás e ialorixás nega isto, dizendo que a esposa de Oxumarê é Aracá e não Ewá.

EWÁ NOS CANDOMBLÉS:
É um vodum jeje incorporado ao rito ketu. No jeje tem o mesmo nome e no angola é considerada qualidade de Oxum.


http://toluaye.wordpress.com/2008/04/26/historia-lenda-mitologia-e-logia-dos-orishas-oba-e-ewa/
http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/Ewa.html
http://br.oocities.com/lardeogum/orixas/Orixa_Ewa.htm
http://www.choupanadeobaluaie.com/novo/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=35&Itemid=54&limitstart=9
Imagem: http://felicidadenosorixas.blogspot.com/2010/08/caracteristica-dos-filhos-de-ewa.html

terça-feira, 8 de março de 2011

Iyalorixá Tina de Souza



Tina de Souza, psicóloga clínica, Iyalorixá do Templo Guaracy do Brasil, professora convidada da Universidade de São Paulo, conferencista em vários paises como Brasil, EUA, Canadá e Europa.

Criadora da teoria Inconsciente Primário – Sistema Integrado (IPSI) e fundadora do Instituto Internacional IPSI, em Genebra-Suiça, desenvolve vários cursos sobre Psicologia e Espiritualidade de uma maneira extraordinariamente profunda e esclarecedora.
Esse sistema tem como base fundamental a fusão da Psicologia, Espiritualidade, os Elementos da natureza: Fogo, Terra, Água e Ar e seus dezesseis Elementais, proporcionando uma nova perspectiva do entendimento da prática clínica de maneira profunda e eficaz.Tina de Souza e conhecida internacionalmente pela sua capacidade de diagnosticar e tratar problemas de fundo psicologico e ou espiritual. Tem como formação e desenvolvimento espiritual os ensinamentos do Templo Guaracy do Brasil os quais a levaram ao titulo de Iyalorixa.


Atualmente escreve um livro sobre as dezesseis diferentes depressões relacionadas aos dezesseis Orixás quando em desequilíbrio.


Elemento Terra:* Obaluaiê (Transformação)
* Oxossi (Revelação/Seleção)
* Ossãe (Encantamento/Cura)
* Obá (Permeabilidade/Compaixão)

Elemento Água:* Nanã Buruquê (Princípio Feminino/Fonte)
* Oxum (Princípio Maternal/Continuação)
* Yemanjá (Fertilidade/Renovação)
* Ewá (Renascimento/Despreendimento)

Elemento Ar:* Iansã (Expansão)
* Tempo (Consciência)
* Ifá (Sabedoria/Liberdade)
* Oxalá (Luz Espiritual/Síntese)



 Os quatro Orixás do Elemento Fogo:
Elegbara,
Ogum,
Oxumarê
Xango.

“O Elemento Fogo está relacionado com a libido e impulso (Elegbara), movimento contínuo (Ogum),
composição e direção (Oxumarê),
realização ou cristalização (Xango).

Elegbara é a primeira qualidade ou Elemental do Elemento Fogo.
É o propulsor do impulso primário que atua sobre os planos psíquico, físico, energético, vibratório e espiritual.
Existem duas consciências que compoem esse Elemental: a consciência masculina que corresponde os Exús e a consciência feminina que corresponde as Bombogiras.
Quando há o desequilibrado em Elegbara, o indivíduo apresenta alguns sintomas psicológico, como por exemplo o silêncio e a apatia.
O silêncio se torna a sua “fala” e a apatia o seu “descanso”.
O excesso de pensamentos causa conflitos internos angustiantes causando muitas vezes ambivalência de comportamento.
No aspecto psicológico é importante ouvir o seu silêncio para tirá-lo da alienação, acolher seus pensamentos causadores de conflitos ajudará a diminuir a angustia, fascilitando uma nova consciência no que diz respeito à prioridades.
Espiritualmente o re-equilíbrio de Elegbara poderá ser dado através de rituais específicos, dependendo o Elemento que causou o desequilíbrio. Exemplo: Se for excesso de “fogo” é importante que nas oferendas ou rituais tenham componentes correspondentes aos Elementos Terra e Água como antagonistas.
Existem situações que é necessário usar o excesso do excesso do fogo como aliado para o re-equilíbrio.
As vezes as pessoas confundem quando dizem que estão sentindo falta do Elemento Fogo em suas vidas porque não se sentem entusiasmadas, por exemplo.
No entanto pode ser a falta do Elemento Ar.
É atraves desse Elemento que o fogo será ativado.
Por isso é importante saber quando utilizar o Elemento Ar para re-equilibrar o fogo, porque muitas vezes acaba desequilibrando ainda mais”.
Tina de Souza

Tina de Souza – ipsi.brasil@gmail.com
www.tinadesouza.com
http://cantodoaprendiz.wordpress.com/2010/02/01/iyalorixa-tina-de-souza/

MOGBA KLAUDIO

Nasci as 06 e 40 da manhã de um sábado chuvoso e abençoado pelo ventre de minha mãe Marjone Abdalla aos vinte e três dias do mês de maio de 1964. Nasci e convivi em meio a Umbanda de minha avó materna, Maria Dias Abdalla.

Quando fiz um ano de idade, minha avó fora iniciada na Nação de Angola para a Enkisy Matamba e sua Mameto Minakenã abriu a Casa de Asé em 26 de abril de 1966. Muitos falam hoje sobre ter 07 ou não ter 07 anos para abrir a casa de Asé, porem minha avó abriu a sua casa de Asé quando tinha ainda dois anos e meio de santo, concordo que até 1971, minha avó não iniciou nenhum Omorisa sem as mãos de sua Mameto a qual fez inúmeros Iyawos, porém, a sua Casa de Asé estava aberta.

Já, minha mãe fora iniciada para o Orisa Osun nas mãos do Saudoso Babalorisa Diniz d" Osun, filho de Pai Valdemiro de Sango (Pai Baiano) e minha bisavó "Diolinda" fora iniciada a Enkisy Kaya pelas mãos de Mameto Minakenã.

Sendo assim, cresci em meio a inúmeros Babalorisas e Iyalorisas conhecidos na época e em todas as épocas, tais como Babalorisa Diniz d" Osun, Pai Baiano, Mãe Toloke d" Ologun-Édé, Pai Vivaldo de Ologun-édé, Pai Vavá Negrinho, Pai Ogun Silé, Pai Claudio d" Aiyra, Pai João d" Osun entre tantos outros que na época, "não" e que hoje são Babalorisas tais como Zenildo d" Besseyin, Celso de Osala e Edithe d" Osossy.

Com meus 18 anos de idade no dia 24 de novembro de 1982 foi então iniciado ao Orisa Osala pelas mãos de meu Babalorisa "Pai Vivaldo d" Ologun-Édé" para ser o herdeiro de minha avó Iyalorisa Kaiambura, raspado, tendo Ad"Osun e perfure, para meus mais novos que não sabem, não fui Confirmado Ogan, o fato de não incorporar não me torna um Ogan, aliás, nada contra, mais jamais fui considerado "Ogan" pelos meus Egbomys.

Por motivos de força maior, minha avó, após minha iniciação rompeu ligações para com meu Babalorisa e minhas devidas obrigações de 01 ano e 03 anos fora administrada pelos Egbomys do Egbé da época.

No dia 07 de julho de 1990, minha avó veio a falecer e teve seus Asese"s feitos pelas mãos de Pai Bangbala e Pai Edson d" Ogun e após um ano na noite de 27 de julho de 1991, eu, até então Pai Klaudio reinaugurei o ILE OYA MESAN AXE OPO AJAGUNNA iniciando assim meu primeiro Iyawo ao Orisa Ogun, após ele vieram, Beto de Aiyra, Sérgio d" Érinle (Babakekere do meu Ile Asé), Cida d" Oya, Simone d" Yoba, Mauricio d" Osumare, Bell d" Oya (Iyamoro de meu Ile Asé).

Na noite de 28 de março de 1992 tomei meu 07º Ajodun com meu Babalorisa Valdemiro da Costa Pinto (Pai Baiano), pelo fato de nunca ter incorporado e não me sentir na época, até então, como um "BABALORISA", pedi a meu Pai como eu poderia ser chamado e pelo fato de que Sango sempre fora meus caminhos ele sorriu e me disse ...

- Seja Mogba, pois Mogba é um discípulo de Sango!

E em palavras significa "Meu Rei", meu pai deu continuidade em minha vida religiosa. No mês de agosto de 1997 me ofertou mais uma vez com suas mãos nos meus 14º Ajodun, o qual não teve festejo algum, pois me encontrava com problemas de saúde e finalizou sua tarefa perante a minha cabeça na noite de 05 de junho de 2004 com meus 21º Ajodun.

Muitos são os momentos de pura tristeza dentro de meu coração, "Iku" levou de minha vida muitas pessoas importantes, minha bisavó, minha avó e meus dois Babalorisas, todos que me ensinaram tanto da vida religiosa assim como da vida material, porem também tenho guardo em minha mente e em meu coração muitos momentos de pura felicidade dentro do Asé tais como o 07º Ajodun de minha avó com o Pai Kajaide (1975), o 50º Ajodun de meu Pai Valdemiro em 1994, onde pude conhecer o Ile Ogun Mejeje Asé Barw L"Epe (Parque Fluminense) o qual retornei nos 52º Ajodun de meu Pai, um dos festejos de Pai Tonhão d" Ogun (Santo André), o 07º Ajodun de Dona Ifigênia d" Sango (Mãe de Katy d" Osossy),07º Ajodun de Geninho d" Iyansã, inúmeras horas de ensinamentos Religioso Yoruba de meus dois Babalorisas assim como de minha avó entre tantos outros momentos felizes que guardo em minha memória e em meu espírito junto à minha avó, minha Bisavó, Meu Pai Baiano e Meu Pai Vivaldo.

São momentos como este que jamais em minha vida irei de esquecer e são momentos como este que me faz ser o que sou hoje.

SITE http://blog-br.com/mogbaklaudio/

EBÓ PARA OGUM I

Orixá, protetor, Deus das lutas por um ideal. Abençoai-me, dai-me forças, fé e esperança. Senhor Ogum, Deus das guerras e das demandas, livrai-me dos empecilhos e dos meus inimigos. Abençoai-me neste instante e sempre para que as forças do mal não me atinjam. Ogum Iê, Cavaleiro Andante dos caminhos que percorremos. Patacori… Ogum Iê… Ogum meu Pai, vencedor de demandas… Ogum Saravá Ogum… E que assim seja!


1 alguidar grande; PÓ DE AXÉS
2 kg de feijão preto;
3 garrafas de cerveja;
1 copo.
1 nós moscada;
1 dandá da costa;
1 punhado de cravos da Índia;
canela em pó;
2 inhames grandes;
toucinho de porco;
azeite de dendê.


Rale ou soque todos os ingredientes, guardando o pó num recipiente adequado. Esse pó poderá ser soprado dentro de casa ou no seu local de trabalho, pedindo prosperidade, ou, até mesmo, ser passado em pessoas pedindo para afastar as más influências.

Cozinhe o feijão preto até amolecer. Numa panela de ferro, frite o toucinho no dendê e refogue o feijão.
Arrume a comida no alguidar (previamente lavado com água e mel), enfeitando com sete pedaços de toucinho frito. Coloque os inhames cozidos (com casca) em cima de tudo.

Leve essa oferenda a um trilho de trem que faça uma linha reta (não coloque o prato perto de curvas). Quebre as três garrafas de cerveja e peça para Ogun Xoroquê que melhore sua vida o mais rápido possível. Peça fortuna, prosperidade, caminhos abertos, etc.
Obs.: Servir a cerveja no copo, fazer o circulo e Quebrar, significa romper a influência de forças maléficas que atrapalham a vida.
Autores: Alberto Junior e Silvia Maya.
http://www.luzholistica.info/ebostrabalhosmagicosmagiayoruba.htm


OGUM-MEJI-OKO
7 cocadas brancas
7 akaçás 7 bolinhos de farinha
1 pàdé de mel ou azeite doce
7 velas de aniversário
7 copos de guaraná
7 moedas corrente
1 obi
Colocar numa praça aberta

ÒGÚN - EJI-OKO
1 ober ó n. ° 06
Caruru no meio de todas as comidas de santo em volta com 2 velas, 1 cesta de fruta.
Coloca-se nos pés de Ibeji.

OGUM
Dar-se um Aj á para Ogum e aluá , se não souber dar, enfeite-o com fitas e ojás e apresente a ogun, soltar vivo em uma estrada e após dar comida a Ogum da prefer ê ncia um bode e dar os banhos na pessoa
1 banho de milho vermelho
1 feijão fradinho torrado 1 banho de canjica
http://sergiocigano.com.br/osbuzios_ebosodu.htm

Banho na energia de Ogum para abrir caminhos
7 espadas de São Jor­ge
7 lanças de São Jorge
7 folhas de saião
Ferva todas as ervas, por aproximadamente 5 minutos, em dois li­tros de água. Banhe-se do pescoço para baixo em um terça-feira de Lua Nova.

Ebó do Ogum
1 alguidar de barro
2 acaçás brancos
2 ovos
2 moedas correntes
2 pãezinhos franceses
1 punhado de canjica branca cozida

Passar no corpo na seqüência acima, coloque tudo no alguidar, e leve a um morro bem alto e ofereça a Ogum Onirê. Acenda duas velas brancas ao lado do Ebó.
http://www.umbandaemfoco.com.br/modules.php?name=Conteudo&file=index&pa=showpage&pid=121

Para apaziguar Ogun. Comida ou Oferenda para O orixá Ogun.

Deve-se preparar sete ecós, coloca-se num alguidar com uma moeda corrente e um grão de ataré em cima de cada um. Depois de arrumados, acrescenta-se azeite de dendê, mel de abelhas e manteiga de cacau derretida. Junta-se, dentro do alguidar, bastante milho torrado e rega-se com aguardente. Arreia-se diante de Ogun com uma vela de sete dias. Despacha-se numa via férrea.
Saudação a Ogun: Ogun enhê!!!


AFASTAR A DISCÓRDIA.
MATERIAL:
1INHAME.
UMA TRAVESSA CUMPRIDA DE BARRO.
7 VELAS VERMELHAS.
1 ACAÇA BRANCO.
1 ACAÇA VERMELHO.
MEL.
AZEITE DE DENDÊ
14 TALISCAS DE MARIÔ,OU ESPINHOS DE LARANJEIRA.
14 MOEDAS ATUAIS,LAVADAS.
1 VELA BRANCA.

PREPARO:
Parta o inhame ao meio,no sentido vertical,e coloque-o na travessa.Enfie em cada parte 7 taliscas ou espinhos e sete moedas,coloque em um lado o acaçá branco e no outro o acaçá vermelho.De um lado do inhame coloque mel e do outro coloque dendê.Leve até uma estrada que seja cortada por linha férrea e ofereça a OGUN,pedindo a ele que afaste a BRIGA e DESAVENÇA do seu EMPREGO.
Rodeie com as velas,acenda primeiro a branca e apo´s as vermelhas ; reafirme o pedido.
DIA:Quinta-feira.
LUA:Crescente.
HORÁRIO:21 horas.


CONSEGUIR EMPREGO.
MATERIAL:
7 MAÇAS VERMELHAS LAVADAS.
7 MOEDAS ATUAIS,LAVADAS.
7 ACAÇAS VERMELHOS,DESEMBRULHADOS.
7 MARIOLAS
7VELASBRANCAS 1 CERVELA BRANCA,SEM GELAR
FOLHAS DE ABRE CAMINHOS.

PREPARO:
Procure uma palmeira ou um coqueiro bem alto e ,em volta dele,vá arrumando os ítens ao seu gosto ,e chamando por OGUN e pedindo para encontrar um bom EMPREGO.Abra a cerveja ,entorne a metade em volta da árvore e deixe a garrafa ao lado. Ajoelhe-se e bata a sua cabeça no chão,fazendo seus pedidos.



http://www.dihitt.com.br/barra/oferendas-a-ogun--adimu-para-ogum-1

O MITO DA CRIAÇÃO DO ACARAJÉ

Segundo o Prof. Dr. Itamar Pereira Aguiar, um comprometido pesquisador sobre a temática do candomblé , acarajé é uma palavra composta da língua iorubá acará, akárà (bola de fogo) e je, jè (comer).

Sua origem está explicada por um mito de Xangô (Sàngó) e Iansã.
Conta a lenda que Iansã foi à casa de Ifá buscar um preparado para seu marido.
Ifá entregou o encantamento e recomendou que dissesse a Xangô para comê-lo e ir falar ao povo.


Mas, Iansã ficou desconfiada de que se tratasse de um veneno, e decidiu provar a porção, para se confirmado, pudesse poupar a vida de seu amado.
Como nada lhe aconteceu, Iansã então seguiu viagem e entregou a encomenda a Xangô com as observações de Ifá.

Quando Xangô começou a falar de sua boca saíram labaredas de fogo e o povo passou a saudá-lo.
Desesperarada, Iansã acudiu o marido e começou a gritar Kawô Kabiesilé.
Neste momento, as labaredas também saíram da boca de Iansã, quando o povo, diante de força imbatível começou a saudá-los:
Obà nlá Òyó até babá Inà (grande rei de Oyó, rei de pai do fogo).
E a Iansã são oferecidos tradicionalmente 9 acarajés, sendo considerado a sua comida principal.http://carreirodetropa.blogspot.com/2009/10/acaraje-nao-e-de-jesus-e-de-iansa.html

sábado, 5 de março de 2011

COMIDA RITUAL E COZINHA DE SANTO

Comida ritual, nas religiões consideradas afro brasileiras, são as comidas específicas de cada Orixá, cujo preparo requer um verdadeiro ritual. Esses alimentos depois de prontos são oferecidos aos Orixás acompanhados de rezas e cantigas. Durante a festa ou no final, em grande parte são distribuídas para todos os presentes. São chamadas comida de axé, pois acredita-se que o Orixá aceitou a oferenda e impregnou de axé as mesmas.

A Iyabassê é a pessoa responsável por cumprir esse ritual. Existem Orixás que não aceitam comidas com azeite de dendê, outros não aceitam mel, outros não aceitam sal, outros não aceitam camarão, etc... A Iyabassê precisa saber exatamente como se prepara cada uma dessas comidas, para que elas sejam aceitas pelos Orixás respectivos.


A cozinha de santo nas Nações de Keto, Jêje, Angola, Nagô, Ioruba , Bantus, etc… , inclusive no Omolocô quando puxado para uma das outras Nações, é bem diferente das cozinhas profanas, onde se prepara os alimentos do homem em geral.

Há uma série inteira de preceitos do ritual que se há que obedecer. Os utensílios não são iguais aos da cozinha comum. Por essa razão traçaremos um plano de organização, colocando em seqüência as coisas que precisam ser observadas para que tenhamos ordem e gozemos das simpatias e estima constante, de todos os ORIXÁS para os quais preparamos os alimentos, as OBRIGAÇÕES.

Via de regra, a Cozinha de Santo tem os seguintes petrechos , os seguintes utensílios:

1. MESA OU BANCA onde se colocam os fogareiros à carvão, se na casa não existe ou não tem FOGÃO DE LENHA. Como medida de precaução e até mesmo de maior higiene a mesa modesta, ou banca, deve ser forrada de folha de Flandres (ou folha de alumínio) que evitará seja a madeira queimada pela quentura dos fogareiros e/ou pelas brazinhas que escapam pela grelha; ela pode ser um pouco comprida para comportar a, ao lado, um grande alguidar ou bacia, onde se procede a lavagem dos utensílios, panelas e louça.

2. FOGAREIRO (ou vários) conforme a necessidade, de ferro, para carvão vegetal. São facilmente encontrados em lojas de ferragens, principalmente nos bairros mais modestos.

3. PANELAS DE BARRO, vidradas ou simples, ou então de ferro. Nós preferimos as de barro, como nos tempos passados.

4. AS COLHERES são de pau, de variados tipos. RALOS para coco são de folha. URUPEMA (peneira) é de taquara a encontramos em casas especializadas, o COADOR deve ser de folha.

5. MÁQUINA DE MOER CARNE. Atualmente já não se encontra PEDRA DE RALAR, DE MOER (mó) para triturar grãos e por esse motivo só pode ser resolvido com um moinho ou pilão (que já é difícil de encontrar). A escumadeira também é de folha.

6. O FOGAREIRO ou o FOGÃO DE LENHA não se abana para os dois lados, como na feitura de alimentos profanos; abana-se da Direita para a Esquerda, a princípio parece difícil, mas em pouco tempo acha-se o jeito.

Constituída ou organizada a Cozinha, vejamos agora a pessoa ou pessoas que nela vão trabalhar. As IABÁS ou IABASSÊS, as cozinheiras do Santo, trabalham paramentadas, vestidas no Ritual. Colocam ao pescoço a Guia ou Guias do Orixá cujo alimento está sendo preparado ou as guias de seus Orixás.

Se tem-se recursos maiores, procura-se ter um depósito ou numa dispensa o material ou ingredientes mais usados para se poder atender rapidamente, ao pedido ou ordem superior, referente à qualquer obrigação.

Nos depósitos da cozinha de Santo, não devem faltar os seguintes artigos ou gêneros mais aplicados na alimentação ou nas obrigações:

Azeite de dendê.
Azeite de Oliveira (azeite doce)
Arroz quebradinho
Canjica
Canjiquinha de milho vermelho
Cebolas
Farinha de mandioca, farinha de guerra, farinha de pau.
Feijão fradinho, feijão miúdo
Feijão branco
Feijão vermelho
Fubá de milho vermelho
Fubá de milho branco
Fubá de Arroz
Maisena
Milho alho – para pipocas
Noz moscada
Ori
Pimenta malagueta
Velas
Antes de começar o trabalho de cozinhar para o santo, a IABÁ, ou filha de fé, ou filha de santo, acende uma vela ao seu ELEDÁ, próximo ou ao lado do local onde vai executar o dito trabalho e ao lado da vela, um copo d’água. Se o trabalho se alongar e a vela terminar, antes que isso aconteça, acende-se outra sobre o toco que está terminando, uma outra e ao terminar o trabalho, retira-se a vela e o copo d’água de perto do fogão ou fogareiro, colocando-a no PEJÍ ou em lugar alto para terminar, terminada a vela, despacha-se a água em lugar que haja água corrente, no lavatório, no tanque.

Após o serviço, as brasas dos fogareiros são apagadas com areia, nunca com água.

Organizada a cozinha, poderemos a qualquer momento, preparar as iguarias originariamente destinadas aos Orixás tal qual são realizadas na fonte doutrinária da Umbanda e do Candomblé.

A história da alimentação dá-nos uma coleção do que “faz mal” e a variada coletânea folclórica.

” Não se come despido ou sem camisa, é ofensa ao Anjo da Guarda

” Comer com chapéu na cabeça é comer acompanhado de forças negativas.

” Não se come com o prato na mão; a miséria fareja.

” Não se come as pontas dos animais ou aves; são Axés (pertencem ) ao santo.

” Dinheiro sobre a mesa de refeições provoca miséria.

” Quando cai comida no chão ou escapa do talher e vai ao solo é sinal de que existe parente passando necessidade.

” Não se apanha alimento que cai ao chão. É das almas.

” Recebe-se o prato com a mão direita; é benção do prato cheio (C. Cascudo)

” Pão não se joga fora; é corpo de Deus.

” Donzela não serve sal, não corta galinha nem passa palitos; custa a casar. (C. Cascudo)

Relativamente à cozinheira, prescrevem:

” Não se mexe alimentos que estão cozinhando, no sentido da mão esquerda, senão desanda ou encrua.

” Não se mexe comida de Exu com a mão direita, para não absorver fluídos negativos.

” Antes de começar a cozinhar para o santo, faz-se o sinal da cruz, tudo correrá bem.

” Não bata com a tampa da panela quando estiver cozinhando, afugenta a proteção.

” Quando a comida não quer amolecer, coloca-se na panela, três caroços de milho, amolece rápido.

” Não deve cozinhar para o santo: os homens de corpo sujo e as mulheres de corpo aberto; Corta o efeito das obrigações.

Há uma porção de determinações referentes ao ritual de Umbanda e do Candomblé, assim:

1. Não se cortam aves ou bichos de quatro pés a não ser nas juntas. O santo recusa.

2. Obrigação mal feita ou mal arriada, paga-se em dobro.

3. Quando se arreia uma obrigação na encruzilhada, não se volta, nem se passa pelo mesmo caminho durante 24 horas, para não pegar os miasmas de retorno.

4. Antes de se sacrificar um animal (quando necessário) nos terreiros, manda-se limpá-lo com o Otí correspondente, sem isso o santo não aceita.

O Sacrifício de aves e/ou animais só são aplicados em último recurso, pois que atualmente procura-se fazer Imantações com base em Frutos e/ou Pedra preciosas dos diversos Orixás.

Comida de santo, comidas oferecidas, ritualmente, aos orixás. Além dos animais que lhes devem ser sacrificados, cada orixá tem comidas preferidas que são ofertadas em rituais propiciatórios ou de culto.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Comida_ritual
http://povodosanto.wordpress.com/2009/05/

terça-feira, 1 de março de 2011

ORIKI E XIRÉ DE OBALUAYÊ

Wá to to a jú gbé rò! (Ele é o médico que vem nos acudir)

Dagò lu nà ke wa Saworo (Dê-nos licença para tocar o Saworo para que nos acuda)
Dagò lelé (Pedimos licença humildemente)
Dagò lu nà ke wa Saworo (Dê-nos licença para tocar o Saworo para que nos acuda)
Dagò lelé (Pedimos licença humildemente)
Omolu a fá rà we we (Omolu, abençoe as nossas cabeças raspadas e nos livre das doenças)
Fá rà fá rà fá ro (Cobre nossas cabeças raspadas e abençoadas por vós)
Ji ja Pepe (Venha abençoar nossa altar com sua presença)
E lò obi wa re ((Venha cortar o Obi que proteje a nossa existência)
Tori bóri (Por isso fizemos o bori)
Ji já Pepe

Ori Je nà Pà ba (Aquele que dá vida e saúde às nossas cabeças também pode nos castigar com a morte)
O sí e to bò wa lè (Nós te adoramos até a hora da morte pois vós nos acompanha até depois dela)
Ori Je nà Pà ba (Aquele que dá vida e saúde às nossas cabeças também pode nos castigar com a morte)
O sí e to bò wa lè (Nós te adoramos até a hora da morte pois vós nos acompanha até depois dela)

E ké rè nù bé ké rè (Clamamos a vós que nos purifica, clamamos por vós)
E ké rè nù bé ké rè (Clamamos a vós que nos purifica, clamamos por vós)

E àgò Òmolu já e e lè ní wa bèrè ko (Omolu nos de licença para invocarmos sua força que vem da terra, de onde viemos e para onde iremos)
E lè ní wa Omolu já e lè ní wa bè rè ko (Omolu, vosso poder vem da terra. Dela viemos e para ela voltaremos)

Lá o pè rè ní sò dá (Temos em nós a gratidão por ti que nos criastes. Nos purifique)
Èjó e sò èjó (Descarregue-nos e nos livre das doenças)

E ba aìsan ní mora e (Esteja junto de nós e nos ajude quando estivermos doentes)
Já ba to là ba rè awa (Esperamos por sua ajuda nesta nossa luta)

Omolu bé wa rà e Omolu bé wa rà o (Omolu, pedimos que venha nos ajudar nesse início de caminhada)
Omolu bé wa rà e Omolu bé wa rà o bò bò (Omolu, pedimos que venha nos ajudar nesse início de caminhada. Salve-nos, salve-nos)

E ága ké ba ìwà ága ke ba ìwà (Do seu trono respeitoso e humilde ouve nossos lamentos e nos ajude)
E ko lè ko lè saworo (Seu poder é a terra e o saworo a nossa humildade e respeito para convosco)

Já bè lè ké ajo o fàiyakò (O seu abraço e sua força nos ajuda e nos protege em nossa jornada)
Àwa ní ko ajo (Na nossa jornada pela Terra)

A dí dà bò loná bè wa asa o orò (Nós o adoramos no tempo e pedimos de novo que venha, como sempre, ao nosso oro)
Àgò ile ìlera bo loná (Nós pedimos licença para louvá-lo dentro da nossa casa para que nos socorra)
Bè wa asa o orò (Pedimos que venha ao nosso oro)




O a jerí loná (Venha com seu capuz de palha ajudar-nos em nosso culto
Lódè ba yò a como médico, para que possamos viver felizes)
Ódo bàbá
A we ba bè ba yò áwa dokítà

Onílè wà (O Senhor da terra está entre nós que cultuamos Orixá. Agradecemos
Lèsé Òrisá felizes pelo Senhor da terra estar entre nós que cultuamos Orixá.
Opé ire Agradecemos felizes. Em sua pequena cabaça traz remédios para livrar-
Onilè wà nos das doenças).
Lèsé Òrisá
Onilè wà
Kòlòbó

E kolòbó e kolòbó simi, simi, simi, simi (Nós respeitamos a terra que serve para o descanso, descanso, descanso, descanso)
E kolòbó e kolòbó simi, simi, simi, simi (Nós respeitamos a terra que serve para o descanso, descanso, descanso, descanso)
Kolòbó (Adoramos a terra e a usamos com respeito)

Omolu aráiye ba jeun ba ekó (Omolu, ajude a humanidade (filhos de santo) que se alimentam com ekó)
Òní e Omolu ba jeun ba ekó (Omolu, ajude a quem (filhos de santo) se alimenta com ekó)

Aloré be we gbérè mí daiyàfò (Omolu que cobre a cabeça por causa de sua
Hù je Omolu tà bòwále bòwále bòwále intensa luz, pedimos ajuda para que nos
Mí ba ila wo sustente nessa vida. Nos curvamos em respeito
O je kia wéré a vós e pedimos que venha até nós
receber as oferendas que lhe dedicamos).

Omolu pè olóre a wù rè a kú abò (Omolu, seja bem vindo! Nosso benfeitor! O chamamos para agradá-lo!) Ja npènpè e lò gbé wà layè_(O chamamos para que use suas folhas medicinais para nos socorrer nesta vida)
Tó ní gbón mì o (Para o senhor, tocamos o adja o tempo que for preciso)
Ja npènpè_Omolú wà layè (Omolu, o chamamos para que use suas folhas medicinais para nos socorrer nesta vida)
Tó ní gbón mì o (Para o senhor, tocamos o adja o tempo que for preciso)

Kóró nló áwo, kóró nló áwo se o gbé je (estamos indo ao culto, estamos indo ao culto para receber sua ajuda)Kóró nló áwo, kóró nló áwo se o gbé je (estamos indo ao culto, estamos indo ao culto para receber sua ajuda) O àtà lábé o ko rí (Ele fica embaixo da cumieira, na terra, que é de onde ele nos assiste)
O kilò fun àtà lábé o ko ri (De lá ele nos avisa dos perigos, embaixo da cumieira, na terra, que é de onde ele nos assiste)
Abe mi lorí bè ri onilé oluayè (Dono da terra, Senhor do mundo que está acima de nós)
O àtà lábé o ko rí (Ele fica embaixo da cumieira, na terra, que é de onde ele nos assiste)
Lo ní aló ìyìn gè ni a (Hoje, nossas mãos estão postas em seu louvor)
Aja kunlowo ìyìn gè ni a (O Adja nos ajuda a louvá-lo)
O àtà lábé o ko rí (Ele fica embaixo da cumieira, na terra, que é de onde ele nos assiste)

Ajunsun, aráiye lorí Ìyìn gè ni a (Ajunsun, vós que estais acima de nós. Te louvamos e reconhecemos seu valor)
Ewá kalo (Sua luz nos guia)
Sakpata, ewá kalo (Sakpata, sua luz nos guia)
Ìyìn gè ni a (Nós reconhecemos seu valor e o louvamos)
A ìyìn gè ni a ágo ìyìn gè ni a (A humanidade o elogia e o louva. Nós o louvamos e o elogiamos)
A kalo a Ìyìn gè ni a (Nós reconhecemos seu valor e o louvamos. Caminhamos com sua luz)

Ago nile ní lè ma dagò (A humanidade lhe pede licença pelo seu poder)
Sakpata, Ajunsun ma dagò (Sempre pedimos licença para Sakpata e Ajunsun)
Ago ní lè ma dagò (A humanidade lhe pede licença pelo seu poder)

Gbé lè iko o àtà lábé o ko rí (Pelo seu poder, colocamos a decisa em baixo da cumieira, na terra, para receber sua ajuda)
Gbé lè iko o àtà lábé o ko rí (Pelo seu poder, colocamos a decisa em baixo da cumieira, na terra, para receber sua ajuda)
We lè iko sa là sa là re o ní (Sua cabeça é coberta com palha para ofuscar a sua luz e seus mistérios por isso ela não pode ser aberta)
We lè iko sa là sa là re o ní (Sua cabeça é coberta com palha para ofuscar a sua luz por isso ela não pode ser aberta)
O ìyìn gè ni a pàdé o ló ri pà (Nós o louvamos e bendizemos juntos para que afaste de nós a morte)
O ìyìn gè ni a pàdé o yò ló ri pà (Nós o louvamos e bendizemos juntos com nossa alegria, para que afaste de nós a morte)

Opè ma díjo père ké se (Sempre cantamos alto e juntos somente para agradecer)
Ma díjo hàn ma díjo pè (Sempre juntos nos manifestamos, sempre juntos o chamamos)
Opè ma díjo père ké se (Sempre cantamos alto e juntos somente para agradecer
Ma díjo hàn ma díjo pè (Sempre juntos nos manifestamos, sempre juntos o chamamos)
Do hàn a do hàn a yèpè (Juntos nos manifestamos para vós, juntos nos manifestamos para vós, na terra)

Bè lè iko sa láré o kórin (Cantamos para que sua poderosa luz que sua palha esconde, nos ajude)
Bè lè iko sa láré o kórin (Cantamos para que sua poderosa luz que sua palha esconde, nos ajude)





Omolu ki bè hù já (Omolu, o cumprimentamos e pedimos uma boa colheita)
O lò gbo sè a jeum bó (Nós cozinhamos e nos alimentamos com fé em ti)
O lò gbo sè a jeum bó (Nós cozinhamos e nos alimentamos com fé em ti)
O lò gbo sè a jeum bó ro e (Nós cozinhamos e nos alimentamos com fé em ti que nos tranquiliza)

O ìyìn gè ni a Baba sí e bò ale (Nós o louvamos e o glorificamos Pai das doenças contagiosas. Nós o adoramos e o recebemos).
O ìyìn gè ni a Baba sí e bò ale (Nós o louvamos e o glorificamos Pai das doenças contagiosas. Nós o adoramos e o recebemos).

Umbó àlejò (As visitas estão chegando)
E jò àlejò (Eles dançam para vós)
E jò àlejò (Eles dançam para vós)
Áfaradà lè jé hù lelé (Esperando resignados que o seu poder que está embaixo da cumieira possa beneficia-los)

Omolú to lè kè eran ènia (Omolu, clamamos para que seu poder atue em nossos corpos)
E rò e rò ékun (estamos de joelhos para que nos cure)

O ni e mò ri ba mejá ké (Clamamos por vós para que venha nos ajudar com sua luz brilhante)
Olodè ayè mò ri ba mejá ké ké (Senhor que está onde o céu alcança (do lado de fora), clamamos que venha nos ajudar com sua luz brilhante)
Obalúwàiyé mò ri ba mejá (Obaluae venha nos ajudar com sua luz brilhante)
Ké ké olodè ayè (Clamamos, clamamos Senhor que está onde o céu alcança (do lado de fora)

Akan ki fá bó a (Cumprimentamos e adoramos vossa luz que chega até nós pouco a pouco)
Akan ki fá bó a o (Cumprimentamos e adoramos vossa luz que chega até nós pouco a pouco)

Ki nibí fá rò fá rò ti (Louvamos neste lugar, o médico que, resignado, sempre nos atendeu)
Ki ní bi fá rò áfaradà (Louvamos o médico que sempre nos atende com resignação)
O ki ní pokó (O que tem no seu copo feito de casca de coco)
O ní e (Dá para todos)
Ki nibí wa áfaradà (Sua resignação é digna de louvor nesta casa)

Omolú to lè kúnlè rò e lò lò ékun (Omolu, aguardamos de joelhos o seu poder para sermos abençoados por vós)
Omolú to lè kúnlè rò e lò lò ékun (Omolu, aguardamos de joelhos o seu poder para sermos abençoados por vós)
Omolú to lè kúnlè rò e lò lò ékun (Omolu, aguardamos de joelhos o seu poder para sermos abençoados por vós)

Ni a lò ìyìn gè ni a (è para vós os nossos louvores)
Aja ko to lò ìyìn gè ni a oluayè (Tocamos o adja o tempo que for necessário para louvar e glorificar o “dono do mundo”)
O ata lábé o ko rí (Glorificamos sua força e colocamos a decisa embaixo da cumieira em sua homenagem para que venha nos ajudar)
Béèni ko rí bè rí o ni je oluayè (Molhamos a terra para ver brotar o nosso alimento que vem com as bênçãos do “dono do mundo”)
O àtè lábé o ko rí (Colocamos a decisa embaixo da cumieira em sua homenagem e para que venha nos ajudar)

Hù lò hù lò (Usamos os frutos que a terra dá. Usamos os frutos que a terra dá.)
Onilé bè lè bè ko o (Dono da terra pedimos que sua força mantenha a nossa terra sempre fértil)

http://paitandy.no.comunidades.net/index.php?pagina=1762836984

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