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sábado, 28 de dezembro de 2013

O DIA DO SOL NO ILE AXE MAROKETU

O culto ao sol é um dos mais antigos da humanidade.
No Egito Antigo o Faraó era a personificação do sol.
As culturas ameríndias também para este astro ergueram templos e compuseram cânticos.
Em Roma, trazido de culturas antigas, o sol foi reverencia como o Deus Mitra, celebrado no dia 25 de dezembro, posteriormente incorporado pelo Cristianismo que passou a comemorar neste dia o nascimento de Jesus, considerado o “Grande Sol”.
Nos cultos afro-brasileiros reorganizados a partir das religiões tradicionais africanas, embora possa aparecer de várias formas, Obaluaitê/Omolu é o sol, uma de suas representações pouco enfatizadas.

A antropóloga Claude Lépine realizou uma pesquisa cuidadosa sobre os chamados orixás da terra ou a tríade: Obaluaiyê/Omolu/Nanan.

Estes ancestrais agrupam famílias antigas, retratadas pelos objetos de seu culto.
São estes ancestrais quem presidem o nascimento dos grãos, assim são eles quem quebram a “dormência das sementes” para que elas germinem.

Entende-se por dormência o período entre o momento que elas caem na terra e começam a germinar.

Acredita-se que graças ao calor da terra isso é possível.
Obaluaiyê/Omolu/ Nanan, acolhe todos e grãos e mantém o ciclo da vida.
Este é um dos motivos pelos quais a eles são oferecidos todas as sementes.

Com as migrações e ocupações de suas terras, tal culto foi recebendo interferências e aos poucos, os donos da terra foram ganhando novas conotações, a exemplo de uma das que os acompanharam para o Brasil, a bexiga.
Doença que mais fragilizou o Continente Africano e outras civilizações.

Desta maneira, Obaluaiyê/Omolu/ Nanan, foram evocados por ocasião de pestes e calamidades como médicos(as).

O professor Edison Carneiro num de seus trabalhos resume de forma breve a importância desses orixás para os negros, ao referir-se a eles como médicos dos pobres.
E Nanan, a vacina, a que cuida, a que ampara, toma conta.
Em alguns mitos Nanan aparece como princípio criador do mundo, a terra úmida, ato solene que fazemos para evocar os nossos ancestrais.

Sem estes princípios nada acontece, nada se cria, ganha impulso vital.
É sob a invocação do sol que Obaluaiyê/Omolu é reverenciado no Terreiro do Bonocô, atualmente conhecido como Ilê Axe Maroketu.

O Ilê Axé Maroketu foi fundado em 1943 por Cecília Moreira de Brito após uma trajetória religiosa brilhante como médium espírita.
Conhecida como Cecília da Liberdade, nome que fazia referencia ao bairro que ela morava, Cecília aparece descrita pelos pesquisadores que se ocuparam com as religiões de matriz africana na cidade de Salvador nas décadas de 30 e 40 como “uma grande vidente.” Cecília era mulher de poder, comando e prestígio. Era comerciante, abriu comércio com Maria de São Pedro e arrendou da Ordem dos Perdões um terreno de cinco tarefas próximo ao local onde se realizava o culto a um antepassado africano chamado Gunocô.

Desde cedo Mãe Cecília estabeleceu relações com o povo de candomblé de seu tempo.
Iniciou-se com uma senhora chamada Damiana Oxafalaquê a quem presenteou um terreno em frente à Antiga Fonte Nova, onde atualmente encontra-se uma residência tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico.

Oxafalaquê era filha de Magebasã, africana, mãe de Martiniano Eliseu do Bonfim.
Também ajudaram na solidificação do Terreiro do Bonocô, o Babalorixá Procópio de Ogun, membros da família Bangboxe, especialmente Mãe Caetana, que mantinha com Cecília relações de amizade e Nezinho do Portão, fundador do Terreiro Ibecê Alaketu na cidade de Muritiba.
Foi Pai Nezinho quem trouxe o nome Maroketu.
Na placa comemorativa aos 60 anos do Terreiro pode-se ler uma placa ditada pelo próprio dono da casa que diz:
Foi em 14 de julho de 1941, num dia de terça feira, as cinco horas da manhã o dia que ele chegou.
Era dia do solstício, nessa data o Orum, o sol em língua ioruba brilhava mais forte.
Em 1943 foi inaugurado o Terreiro, também consagrado ao dono do fogo, Xangô.
Era Natal. Durante muitos anos, a festa dedicada a Obaluaiyê/Omolu no Ilê Axe Maroketu foi celebrada no dia de Natal, dia do sol.

As mudanças ocorridas na cidade obrigaram a comunidade a antecipá-la. Sucedeu o Ile Axe Maroketu, Iyá Joselina, filha consangüínea de Mãe Cecília. Tia Joselina era de Oxalá e iniciou muitos barcos.
Após a sua morte, o axé foi liderado por Archanja Moreira de Brito, Iyá Pastora de Yemanjá, sua irmã consangüínea e atualmente uma das Yás mais lembradas pelos filhos(as) do Ilê Axe Moroketu pela doçura e determinação. Mãe Pastora, preocupada com a salvaguarda de sua tradição, como muitas lideranças religiosas do candomblé baiano, registrou elementos significativos de sua religião em cadernos que hoje constituem um dos maiores legados para o patrimônio cultural afro-brasileiro. Ao falecer, Yia Pastora deixou no comando, a sua filha, Cecília Conceição Moreira Soares, como sua avó, também consagrada aos “donos da terra”.
Nos últimos anos, Iyá Cecília com carisma e dinamismo vem imprimindo a sua marca e solidificando o que não se cansa de chamar “tradição Maroketu”. Ela tem contado com o carinho e apoio do Babalorixá Air José, descendente da família Bangboxe, fundador do terreiro Ilê Odô Ogê no bairro da Boca do Rio. Pai Air é filho de Oxoguian e no próximo ano, a sua casa completa cinqüenta anos. Resultado do empenho de Iyá Cecília foi a certificação desta comunidade como Patrimônio do Brasil conforme Decreto 3551 de 4 de agosto de 2000 no ano de 2006 e posteriormente a inclusão do terreiro como patrimônio da cidade de Salvador.
O Ilê Axe Maroketu enfrenta problemas semelhantes à maioria das casas de candomblé da cidade de Salvador que lutam para sobreviver à grilagem urbana, à especulação imobiliária, a violência e intolerância religiosa.
Junta-se a isso a urbanização que aconteceu na íngreme ladeira na qual está situado o terreiro, realizada entre os anos 70 e 80 que o colocou em risco ao deslocá-lo para abaixo da rua, sem falar da encosta que circunda a roça de candomblé, ameaça constante, que não conta com a sensibilização dos órgãos públicos, mesmo após constantes solicitações de contenção e realização de vistorias.
Não obstante estes fatos, a comunidade do Maroketu, continua viva, preservando as suas tradições na ladeira Antônio Viana, que poderia muito bem se chamar Cecília Brito, ou ladeira do sol.
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CENTRO ATABAQUE DE CULTURA NEGRA E TEOLOGIA
http://vilsoncaetanodesousajunior.blogspot.com/2010/12/o-dia-do-sol-no-ile-axe-maroketu.html

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

NAÇÕES

Efan ou Efon - é uma nação do candomblé, seus orixás também são cultuados em outras nações.

Na África a nação ainda existe, mais exatamente em Ekiti-Efon (não confundir com Ifon, a terra de Oxalufon), no Brasil usa-se o termo "Lokiti Efon" e onde reina absoluta a rainha da nação no Brasil, ou seja, Osun, lá ainda cultua-se muitos orixás que se perderam no caminho para o Brasil. Devido a influência Ketu, a nação de Efon, perdeu um pouco de sua raiz.

Jarê
é uma variação do Candomblé de Caboclo presente em cidades da Chapada Diamantina, notadamente em Lençóis. Pode ser considerado um amálgama das nações bantu e nagô, as quais se uniram o culto aos caboclos

Jeje Mahi
culto dos Vodun provenientes da região Mahi a noroeste de Abomei.

Dentre os daomeanos escravizados, uma mulher chamada Ludovina Pessoa, natural da cidade Mahi (marri), foi escolhida pelos Voduns para fundar três templos na Bahia.

Terecô denominação de uma das religiões afro-brasileiras da cidade de Codó no Maranhão, derivada do Tambor-de-mina semelhante a Umbanda.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Efan

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