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sábado, 28 de dezembro de 2013

O DIA DO SOL NO ILE AXE MAROKETU

O culto ao sol é um dos mais antigos da humanidade.
No Egito Antigo o Faraó era a personificação do sol.
As culturas ameríndias também para este astro ergueram templos e compuseram cânticos.
Em Roma, trazido de culturas antigas, o sol foi reverencia como o Deus Mitra, celebrado no dia 25 de dezembro, posteriormente incorporado pelo Cristianismo que passou a comemorar neste dia o nascimento de Jesus, considerado o “Grande Sol”.
Nos cultos afro-brasileiros reorganizados a partir das religiões tradicionais africanas, embora possa aparecer de várias formas, Obaluaitê/Omolu é o sol, uma de suas representações pouco enfatizadas.

A antropóloga Claude Lépine realizou uma pesquisa cuidadosa sobre os chamados orixás da terra ou a tríade: Obaluaiyê/Omolu/Nanan.

Estes ancestrais agrupam famílias antigas, retratadas pelos objetos de seu culto.
São estes ancestrais quem presidem o nascimento dos grãos, assim são eles quem quebram a “dormência das sementes” para que elas germinem.

Entende-se por dormência o período entre o momento que elas caem na terra e começam a germinar.

Acredita-se que graças ao calor da terra isso é possível.
Obaluaiyê/Omolu/ Nanan, acolhe todos e grãos e mantém o ciclo da vida.
Este é um dos motivos pelos quais a eles são oferecidos todas as sementes.

Com as migrações e ocupações de suas terras, tal culto foi recebendo interferências e aos poucos, os donos da terra foram ganhando novas conotações, a exemplo de uma das que os acompanharam para o Brasil, a bexiga.
Doença que mais fragilizou o Continente Africano e outras civilizações.

Desta maneira, Obaluaiyê/Omolu/ Nanan, foram evocados por ocasião de pestes e calamidades como médicos(as).

O professor Edison Carneiro num de seus trabalhos resume de forma breve a importância desses orixás para os negros, ao referir-se a eles como médicos dos pobres.
E Nanan, a vacina, a que cuida, a que ampara, toma conta.
Em alguns mitos Nanan aparece como princípio criador do mundo, a terra úmida, ato solene que fazemos para evocar os nossos ancestrais.

Sem estes princípios nada acontece, nada se cria, ganha impulso vital.
É sob a invocação do sol que Obaluaiyê/Omolu é reverenciado no Terreiro do Bonocô, atualmente conhecido como Ilê Axe Maroketu.

O Ilê Axé Maroketu foi fundado em 1943 por Cecília Moreira de Brito após uma trajetória religiosa brilhante como médium espírita.
Conhecida como Cecília da Liberdade, nome que fazia referencia ao bairro que ela morava, Cecília aparece descrita pelos pesquisadores que se ocuparam com as religiões de matriz africana na cidade de Salvador nas décadas de 30 e 40 como “uma grande vidente.” Cecília era mulher de poder, comando e prestígio. Era comerciante, abriu comércio com Maria de São Pedro e arrendou da Ordem dos Perdões um terreno de cinco tarefas próximo ao local onde se realizava o culto a um antepassado africano chamado Gunocô.

Desde cedo Mãe Cecília estabeleceu relações com o povo de candomblé de seu tempo.
Iniciou-se com uma senhora chamada Damiana Oxafalaquê a quem presenteou um terreno em frente à Antiga Fonte Nova, onde atualmente encontra-se uma residência tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico.

Oxafalaquê era filha de Magebasã, africana, mãe de Martiniano Eliseu do Bonfim.
Também ajudaram na solidificação do Terreiro do Bonocô, o Babalorixá Procópio de Ogun, membros da família Bangboxe, especialmente Mãe Caetana, que mantinha com Cecília relações de amizade e Nezinho do Portão, fundador do Terreiro Ibecê Alaketu na cidade de Muritiba.
Foi Pai Nezinho quem trouxe o nome Maroketu.
Na placa comemorativa aos 60 anos do Terreiro pode-se ler uma placa ditada pelo próprio dono da casa que diz:
Foi em 14 de julho de 1941, num dia de terça feira, as cinco horas da manhã o dia que ele chegou.
Era dia do solstício, nessa data o Orum, o sol em língua ioruba brilhava mais forte.
Em 1943 foi inaugurado o Terreiro, também consagrado ao dono do fogo, Xangô.
Era Natal. Durante muitos anos, a festa dedicada a Obaluaiyê/Omolu no Ilê Axe Maroketu foi celebrada no dia de Natal, dia do sol.

As mudanças ocorridas na cidade obrigaram a comunidade a antecipá-la. Sucedeu o Ile Axe Maroketu, Iyá Joselina, filha consangüínea de Mãe Cecília. Tia Joselina era de Oxalá e iniciou muitos barcos.
Após a sua morte, o axé foi liderado por Archanja Moreira de Brito, Iyá Pastora de Yemanjá, sua irmã consangüínea e atualmente uma das Yás mais lembradas pelos filhos(as) do Ilê Axe Moroketu pela doçura e determinação. Mãe Pastora, preocupada com a salvaguarda de sua tradição, como muitas lideranças religiosas do candomblé baiano, registrou elementos significativos de sua religião em cadernos que hoje constituem um dos maiores legados para o patrimônio cultural afro-brasileiro. Ao falecer, Yia Pastora deixou no comando, a sua filha, Cecília Conceição Moreira Soares, como sua avó, também consagrada aos “donos da terra”.
Nos últimos anos, Iyá Cecília com carisma e dinamismo vem imprimindo a sua marca e solidificando o que não se cansa de chamar “tradição Maroketu”. Ela tem contado com o carinho e apoio do Babalorixá Air José, descendente da família Bangboxe, fundador do terreiro Ilê Odô Ogê no bairro da Boca do Rio. Pai Air é filho de Oxoguian e no próximo ano, a sua casa completa cinqüenta anos. Resultado do empenho de Iyá Cecília foi a certificação desta comunidade como Patrimônio do Brasil conforme Decreto 3551 de 4 de agosto de 2000 no ano de 2006 e posteriormente a inclusão do terreiro como patrimônio da cidade de Salvador.
O Ilê Axe Maroketu enfrenta problemas semelhantes à maioria das casas de candomblé da cidade de Salvador que lutam para sobreviver à grilagem urbana, à especulação imobiliária, a violência e intolerância religiosa.
Junta-se a isso a urbanização que aconteceu na íngreme ladeira na qual está situado o terreiro, realizada entre os anos 70 e 80 que o colocou em risco ao deslocá-lo para abaixo da rua, sem falar da encosta que circunda a roça de candomblé, ameaça constante, que não conta com a sensibilização dos órgãos públicos, mesmo após constantes solicitações de contenção e realização de vistorias.
Não obstante estes fatos, a comunidade do Maroketu, continua viva, preservando as suas tradições na ladeira Antônio Viana, que poderia muito bem se chamar Cecília Brito, ou ladeira do sol.
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CENTRO ATABAQUE DE CULTURA NEGRA E TEOLOGIA
http://vilsoncaetanodesousajunior.blogspot.com/2010/12/o-dia-do-sol-no-ile-axe-maroketu.html

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

NAÇÕES

Efan ou Efon - é uma nação do candomblé, seus orixás também são cultuados em outras nações.

Na África a nação ainda existe, mais exatamente em Ekiti-Efon (não confundir com Ifon, a terra de Oxalufon), no Brasil usa-se o termo "Lokiti Efon" e onde reina absoluta a rainha da nação no Brasil, ou seja, Osun, lá ainda cultua-se muitos orixás que se perderam no caminho para o Brasil. Devido a influência Ketu, a nação de Efon, perdeu um pouco de sua raiz.

Jarê
é uma variação do Candomblé de Caboclo presente em cidades da Chapada Diamantina, notadamente em Lençóis. Pode ser considerado um amálgama das nações bantu e nagô, as quais se uniram o culto aos caboclos

Jeje Mahi
culto dos Vodun provenientes da região Mahi a noroeste de Abomei.

Dentre os daomeanos escravizados, uma mulher chamada Ludovina Pessoa, natural da cidade Mahi (marri), foi escolhida pelos Voduns para fundar três templos na Bahia.

Terecô denominação de uma das religiões afro-brasileiras da cidade de Codó no Maranhão, derivada do Tambor-de-mina semelhante a Umbanda.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Efan

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O QUE É AXÉ

A palavra Axé é de origem yorubá e é muito usada nas casas de Candomblé. Axé significa "força, poder, realização" mas também é empregada para sacramentar certas frases ditas entre o povo de santo, como por exemplo: Eu digo: - “Eu estou muito bem.” Outro responde: -“Axé!” Esse “axé“ aí dito equivaleria ao "Amém" do Catolicismo ("que Deus permita").

Mas, o Axé ainda pode significar a própria casa de Candomblé em toda a sua plenitude. Daí, uma Yalorixá também ser chamada de Yalaxé(Iyálàse), ou seja, “Mãe do Axé” ou a pessoa responsável pelo zelo do Axé ou força da casa de Orixá.

Axé também pode significar “Vida”. E tudo que tem vida tem origem. Chamar a vida é chamar o Axé e as origens. Os Orixás são Axé, os Orixás são Vida.

Agora, o que seria Contra-Axé?

O contra-axé são todas as estruturas de opressão e morte que destroem a vida das comunidades. O contra-axé ainda pode ser todas a quizilás e ewós dentro de uma casa de orixá e também certos tabus que cercam o omo-orixá.

Na tradição dos orixás, axé também pode significar a "força das águas, do fogo, da terra, das árvores, das pedras" enfim de tudo que tem vida. Pois, o Candomblé é um culto de celebração à vida e a toda a força que dela advém, ou seja, o próprio culto, é o próprio Axé.

http://www.guardioesdaluz.com.br/ketudois.htm

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

MEMÓRIA DO CANDOMBLÉ , PATRIMÔNIO EM ALAGOAS

Na maior casa da memória alagoana, o Instituto Histórico e Geográfico, tem um tesouro acomodado em seis estantes. Por trás dos vidros, pedaços de um quebra cabeças que atravessou o século como testemunha fundamental na narrativa histórica da organização religiosa de matriz africana em solo alagoano. Considerado um dos maiores e mais raros conjuntos de artefatos do candomblé nacional, a coleção Perseverança passa por um processo de reconhecimento, e tem agora uma chance inédita de fazer parte do patrimônio cultural do Brasil. A possibilidade de tombar essa raridade vem mexendo com a direção do IHGAL, já que outro projeto de reforma e expansão das instalações também está em desenvolvimento. Por outro lado, existe o questionamento se seria o Instituto - de iniciativa privada - e não um espaço público, o local ideal para apresentar a muitos um fragmento importante para se entender o que representa a religião afro-brasileira em Alagoas, onde a liberdade de culto foi moeda na derrubada de adversários políticos.

Atualmente os artefatos passam por um processo de inventário organizado pela antropóloga paulista Maria Paula Adinolfi, que usará a tese de doutorado para defender o tombamento das peças junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan. A pesquisadora chegou até a coleção por meio de artigos publicados e a indicação de colegas sobre o acervo, que teve uma catalogação organizada na década de 1970, por Abelardo Duarte, historiador que pediu e recebeu o acervo. No catálogo feito por Duarte, consta a visita de estudiosos importantes como Gilberto Freyre, que de passagem pelo museu observou a singularidade dos objetos, acomodados improvisadamente na sede da Sociedade Perseverança. "Sobre as peças, Gilberto Freyre destacou características nunca observadas em outras coleções país a fora, que corriam o risco de serem vendidas para coleções particulares", escreveu o historiador.

No conjunto, consta uma série de paramentos de cabeça, peitorais, abebés, pulseiras, pentes, objetos de assentamento como ferros, leques, arcos e flechas e outras ferramentas de orixás como Iemanjá, Oxum, Oxossi, e diversas divindades. Há também instrumentos musicais como xerés, gonguês e um único tambor, tudo disposto de forma aleatória, sem uma sequência lógica, constando apenas a referência quanto ao significado dos objetos. "Ao visualizar as peças fiquei encantada com o acervo, especialmente as esculturas, que preservam um traço único, não me lembro de ter visto nada parecido. Alguns paramentos dão indícios de que foram trazidos da África", ressalta a antropóloga. Apesar dos esforços em preservar todo o conjunto, algumas peças estão seriamente danificadas, em parte pela ação do tempo e também pelo acondicionamento. As esculturas de madeira estão com cupim, os materiais de fibras e palhas estão se desmanchando. A preocupação de Paula nesse caso é a falta de artesãos que trabalham com materiais de qualidade equivalente, difíceis de encontrar em qualquer lugar. "Hoje as peças são produzidas em larga escala e são usados isopor, papelão e tecidos de fibras sintéticas, creio eu que tudo tenha sofrido influência de rituais como o carnaval. Mesmo sem um profissional restaurador, a fragilidade do acervo pede que seu tombamento seja realizado imediatamente", concluiu.

IHGAL espera tombamento do acervo e expansão

O presidente do Instituto, Jaime de Altavila está animado não só com a possibilidade de tombamento e organização das peças, mas pela aquisição e tombamento do prédio que pertencia a Sociedade Perseverança, e depois a Associação do Comércio de Maceió, prédio de arquitetura imponente, vizinho do IHGAL que quase foi derrubado para dar lugar a um estacionamento. De acordo com Altavila, com a reforma todo o acervo ficará dividido entre os dois prédios, com a biblioteca e hemeroteca na Perseverança e as coleções museológicas distribuídas nas instalações do Instituto. O recurso da aquisição do imóvel veio do apoio do Governo do Estado, através da secretaria de Planejamento. "Nós temos a certeza de que o projeto de reforma será aprovado porque o recurso já está no orçamento para 2011. Quanto ao acervo, à diretoria sabe que ele está sendo cuidado por uma pessoa muito preparada, e assim como a coleção arqueológica, o acervo afro caminha rumo ao tombamento", frisou. O professor colocou ainda que as dificuldades financeiras e a falta do incentivo do poder público - cortado desde 1998 - reduzem o horário de expediente do IHGAL para apenas as manhãs, o que dificulta o acesso da população, sobretudo dos estudantes.

"Peças continuam sacralizadas"

O historiador e babalorixá Célio Rodrigues é um profundo conhecedor da trajetória religiosa de matriz africana em Alagoas. Estudioso assíduo dos acontecimentos que cercam a nossa memória, Rodrigues é um dos maiores detentores de informações a cerca do significado das peças da coleção Perseverança, assim como sabe muitos detalhes a cerca do dia do "Quebra", em que elas foram destituídas forçadamente dos seus devidos lugares. De acordo com seus estudos, os artefatos foram subtraídos de casas de Xangô localizadas no Prado, Centro, Jaraguá e Poço. Pai Célio ainda fala sobre toda a carga espiritual contida nos objetos, arrancados dos terreiros ainda sacralizados.

O babalorixá defende que a coleção seja acomodada num espaço público, ambiente religioso ou num museu afro, facilitando assim o acesso das pessoas. "Ali está a memória materializada da nossa origem, das primeiras casas de candomblé que a história registra, comprovando que a religião de matriz africana também tem origem alagoana e aqui nós tínhamos características singulares, a exemplo do Xambá, culto a Dan, a serpente sagrada, cujos objetos de ferro fazem parte da coleção.

Outros elementos como as muletas em madeira de Xangô, que na lenda perdeu uma perna em batalha com Ogum, também são exclusividades nossas. Incomoda-me o fato delas estarem detidas numa coleção particular, apesar de saber que foram doadas ao IHGAL", esclarece. O acervo foi doado oficialmente ao Instituto, e segundo o presidente, dentro do estatuto há uma cláusula determinando que nenhuma peça de coleções seja retirada de seu domínio.

Para entender a história

Para contar a história da coleção Perseverança é preciso ir até fevereiro de 1912, período em que os artefatos deixaram de compor os altares e terreiros de casas de Xangô para virar o quinhão na vitória de uma facção política sobre a outra. Euclides Malta controlava as contas públicas do Estado havia doze anos quando Fernandes Lima decidiu derrubá-lo do governo. Para fechar o cerco sobre o adversário, Lima usou como arma a simpatia e o envolvimento de Malta com o candomblé e o preconceito dos cristãos sobre as crenças dos escravizados. Pôs-se então uma verdadeira guerra dos grupos, tendo como argumento a soberania da santa igreja católica em combater às práticas tidas como demoníacas. No entanto também representava a inversão de papéis no poder e controle de Alagoas. Assim que Malta foi destituído do cargo, a milícia prometida - denominada Liga dos Combatentes Republicanos - em apenas uma noite atacou e destruiu com uma violência brutal alguns dos terreiros mais importantes da capital.

Os algozes queimaram boa parte dos objetos, mas fizeram questão de recolher alguns exemplares para promover um grande escárnio e ridicularizar os religiosos de Xangô. As peças percorreram praças públicas, delegacias, foram para a sede da Liga dos Combatentes e depois entregues ao museu da Sociedade dos Caixeiros Viajantes, onde passaram muitos anos esquecidas no porão do prédio. Só na década de 1950 os historiadores Aberlardo Duarte e Théo Brandão tiveram acesso ao material que resistiu ao tempo. Catalogadas e acomodadas, os objetos históricos raros para os pesquisadores e sagrados para os religiosos atravessam as gerações, lutando agora para sobreviver ao desgaste do tempo. Esse momento de intolerância ainda se repetiu durante muitos anos, com perseguições constantes aos simpatizantes do candomblé, que refugiados em outros Estados acabaram sofrendo influências étnicas, embora nunca tenham mudado a forma de cultuar seus deuses. Para relembrar o dia do "Quebra de Xangô", 02 de fevereiro, foi instituído o dia de combate à intolerância religiosa. Nessa data, diversos representantes de matrizes africanas se reúnem e rememoram o acontecimento que marcou a vida dos antepassados e a memória dos alagoanos.

http://www.asemanaweb.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=405&catid=60

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A DANÇA DOS ORIXÁS

As chamadas danças ritualísticas são em forma de círculo ou semicírculo (metade de um
círculo), ao redor de algum símbolo, acompanhada de sons que representam a natureza viva
(ar, fogo, animais, vento, chuva tempestade, etc...), havendo uma harmonia entre o
componente da roda e a natureza, junto aos astros.

O CÍRCULO
simboliza o movimento dos astros, o poder de renovação junto à força
espiritual.

As CANTIGAS
encantam os Orixás que estão relacionados aos astros.

Os PASSOS E GESTOS
representam as características do Orixá.
Exemplo:

A dança de OGUM
simboliza a luta, desbravamento de caminho;

A dança de NANÃ
representa o embalo de uma criança;

A de OXOSSI
figura a caça;

A de LOGUN
mudança;

A dança de BESSÉM
representa o arco-íris, céu e terra, a serpente (AIDÃ);

INHASÃ
representa em sua dança os movimentos de despachar Egum, dominá-los,
espalhar o vento;

OPARÁ
o ato ou ação de por fogo no mato;

XANGO
figura a corte, o bater do pilão

OXALÁ
os movimentos do pombo.

http://www.lendas.orixas.nom.br/classificados/ebooks/013_cursodeintroducaoaocandomble.pdf

terça-feira, 8 de outubro de 2013

IYALORIXÁ

Iyalorixá ou Iyá (mãe) ou ainda Yalaorixá
é uma sacerdotisa e chefe de um terreiro de Candomblé Ketu.

Iyá no dialeto Yorubá significa (mãe), bem como a junção Iyaiyá (mamãe) ou Iaiá (tendo o mesmo significado de mamãe, senhora, forma carinhosa de falar com a mãe, ou senhora da fazenda muito usada pelos escravos).
Palavra utilizada em muitos segmentos das religiões afro-brasileiras, principalmente no Candomblé.
Pode ser usado antes de uma palavra como é o caso de
Iyabassê,
Iyakekerê,
Iyalorixá,
Iyá Nassô,
como pode se usar a palavra para se referir às Iyámi significando (minha mãe), também chamadas de Iyami-Ajé (minha mãe feiticeira) ou Iyami Agbá que significa (minha mãe anciã)

Ela é a responsável por tudo que acontece, ninguém faz nada sem sua prévia autorização.
Sua função é sacerdotal, ela faz consultas aos Orixás através do jogo de búzios, uma vez que no Brasil não temos o habito de consultar o Babalawo, que é o sacerdote supremo do jogo de Ifá, devido a ausência do mesmo da tradição afro-brasileira desde a morte de Martiniano do Bonfim, que segundo os mais antigos foi por volta de 1943 que faleceu o último Babalawo sacerdote supremo do culto de Ifá no Brasil, que não temos participação ativa de um Babalawo em nossos ritos, durante esse período o professor Agenor Miranda era convocado para fazer o jogo para saber dos Orixás quem seria a mãe-de-santo nos grandes terreiros baianos, com os avanços tecnológicos e com a imigração voluntária de africanos para o Brasil começaram a surgir novos Babalawôs na tradição do Candomblé, necessário se faz diferenciar o jogo de Ifá,
do jogo Merindelogun
e jogo de búzios.

Contando com a ajuda de muitas pessoas para a administração da casa, cada um tem uma função específica na hierarquia, mas todos sabem fazer de tudo para um caso de emergência.
A responsabilidade, a quantidade de filhos-de-santo, de clientes, e a quantidade de problemas a serem resolvidos, não se comparam ao de uma casa menor.
A Iyalorixá das grandes casas conta com a ajuda de um grupo de auxiliares.
Ao passo que nas casas menores a Iyalorixá, além da função sacerdotal acumula diversas outras funções, devendo ser conhecedora das folhas sagradas, seus segredos e aplicações litúrgicas, em caso de rituais ligados aos Eguns ou se especializa ou consulta um Ojé quando necessário, quando a casa ainda não tem um Axogun confirmado ela mesmo faz os sacrifícios, quando a casa ainda não tem Alagbê normalmente a Iyalorixá convida Alagbês das casas coirmãs para tocar o Candomblé, na ausência da Iyabassê ou Ekedi ela mesmo faz as comidas dos Orixás, costura as roupas das Iaô, faz as compras, tudo depende dela.

As Iyalorixás mais populares, conhecidas e que se destacaram foram
Mãe Aninha,
Mãe Senhora
e Mãe Menininha do Gantois.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Iyalorix%C3%A1

terça-feira, 1 de outubro de 2013

TEMPLOS

Hunkpame
é um templo ou convento dedicado ao culto vodun. Hunkpame significa, literalmente, o lugar onde está dentro a divindade (hun). É chefiado por um sacerdote ou sacerdotisa-chefe residente à frente de uma quantidade de auxiliares fixos que aumentam nas ocasiões de culto e iniciações. Os neófitos chegam a viver quase um ano no hunkpame até que atinjam a condição de vodunsis e suas respectivas famílias os venham resgatar simbolicamente.

Dentro do Hunkpame se fala uma ou mais línguas sagradas especiais, o hungbê, que variam de acordo com o vodun principal que é ali cultuado. O hungbê se compõe do próprio fon e seus dialetos mesclado com idiomas vizinhos como o guen (mina), o nagô (iorubá), baribá, etc. e existe um grande tabu em se expressar em hungbê fora do hunkpame.

O espaço sagrado, este grande sítio, ou grande fazenda onde fica o Kwe chama-se Hunkpame, que quer dizer "fazenda" na língua Ewe-Fon. Sendo assim, a casa chama-se Kwe e o local onde fica situado o candomblé, Hunkpame.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

CANDOMBLÉ BANTU: ANGOLA e CONGO

Um ritual Banto,

A palavra Bantu compreende Angola e Congo, é uma das maiores nações do Candomblé, uma religião Afro-Brasileira. Desenvolveu-se entre escravos que falavam Kimbundo e Kicongo.

Na hierarquia de Angola o cargo de maior importância é para homem Tata Nkisi (tata de inquinces) e para mulher Mametu Nkisi (Mametu de inquices), que correspondem ao Babalorixá e a Yalorixá dos Yorubás, e o Deus supremo é Zambi (Nzambi) ou Zambiapongo (Ndala Karitanga).

O Candomblé de Caboclo é uma modalidade desta nação, e cultua os antepassados indígenas. Há uma nação que faz parte do Batuque do Rio Grande do Sul que descende de Angola, que é a Cabinda.


Nzambi
Nzambi (Zambi) ou Nzambi Mpungu (Zambiapongo) - O Deus supremo e Criador nos candomblés de Nação Angola, equivalente à Olorun do Candomblé Ketu.
Acima de tudo está Nzambi Mpungu (um dos seus títulos) Deus criador de todas as coisas. Alguns povos bantu chamam Deus de Sukula outros de Kalunga e outros nomes ainda associam-se a estes.
O Culto a Nzambi não tem forma nem altar próprio. Só em situações extremas eles rezam e invocam Nzambi, geralmente fora das aldeias, em beira de rios, embaixo de árvores, ao redor de fogueiras. Não tem representação física, pois os Bantu o concebe como o incriado, o que representa-lo seria um sacrilégio, uma vez que Ele não tem forma.
No final de todo ritual Nzambi é louvado, pois Nzambi é o princípio e o fim de tudo.

Nkisi
Na mitologia dos povos de língua Kimbundu, originários do Norte de Angola, o Deus Supremo e Criador é Nzambi ou Nzambi Mpungu. Abaixo dele estão os Jinkisi/Minkisi(plural de nkisi), divindades da mitologia Bantu. Essa divindade corresponde à Olorun e aos Orixás da mitologia yorúbà e do Candomblé Ketu.

Aluvaiá, Bombo Njila, Pambu Njila
Nkosi, Roxi Mukumbe
Kabila, Mutalambô, Lambaranguange
Gongobira ou Gongobila - Caçador jovem e pescador.
Katendê
Nzazi, Loango
Ngunzu
Kaviungo ou Kavungo, Kafungê ou Kafunjê, Kingongo, Kafundeji
Kisimbi, Samba
Kindembu ou nkisi Tempo
Hongolo ou Angorô e Angoroméa
Matamba, Kaiango, Bamburucema, Nunvurucemavula
Nzumbarandá - A mais velha das Nkisi, conectada à morte.
Lembá Dilê
Nvunji
Kaitumba, Mikaia, Kokueto
Ndanda Lunda
Hierarquia

Títulos Hierárquicos Bantu, Angola, Congo
Tata Nkisi - Zelador.
Mametu Nkisi - Zeladora.
Tata Ndenge - pai pequeno.
Mametu Ndenge - Mãe pequena.
Tata NGanga Lumbido - Ogã, guardião das chaves da casa.
Kambondos - Ogãs.
Kambondos Kisaba ou Tata Kisaba - Ogã responsável pelas folhas.
Tata Kivanda - Ogã responsável pelas matanças, pelos sacrifícios animais (mesmo que axogun).
Tata Muloji - Ogã preparador dos encantamentos com as folhas e cabaças.
Tata Mavambu - Ogã ou filho de santo que cuida da casa de exú (de preferência homem, pois mulher não deve cuidar porque mulher mestrua e só deve mexer depois da menopausa, quando não mestruar mais, portanto, pelo certo as zeladoras devem ter um homem para cuidar desta parte, mas que seja pessoa de alta confiança).
Mametu Mukamba - Cozinheira da casa, que por sua vez, deve de preferência ser uma senhora de idade e que não mestrue mais.
Mametu Ndemburo - Mãe criadeira da casa(ndemburo = runko).
Kota ou Maganga - Em outras nações EKEJI (todos os mais velhos que já passaram de 7 anos, mesmo sem dar obrigação, ou que estão presentes na casa, também são chamados de Kota).
Tata Nganga Muzambù - babalawo - pessoa preparada para jogar búzios.
Kutala - Herdeiro da casa.
Mona Nkisi - Filho de santo.
Mona Muhatu Wá Nkisi - Filha de santo (mulher).
Mona Diala Wá Nkisi - Filho de santo(homem).
Tata Numbi - Não rodante que trata de babá Egun(Ojé).
http://www.maze.kinghost.net/candomble.aspx?id=bantu

Divisão Sacerdotal no Brasil
AngolaCongo
LinguaKimbundoKicongo
SacerdoteTat’etu ria mukixiNganga-a-nikisi
SacerdotisaMam’etu ria mukixiNengua-a-nkisi
Pai PequenoTat’etu ndengeNganga ndumba
Mãe PequenaMam’etu ndengeNengua ndumba
Homens confirmadosKambundo ou Kambondo
FeiticeiroKimbanda
Pai das Sagradas FolhasKisasba
Pai do AltarTata Utala
Sacrificador de AnimaisKambondo pokoKivonda
TocadorMuxikiKuxika ia ngombe
CantadorNjimbidi
Responsável pelo BarraçãoKambondo mabaia
Todas as mulheres confirmadaskota
responsavel pelas divindadesKota mbakisi
pinturas corporaisHongolo matona
atende aos iniciadoskota ambelai
toma conta de tudo mantém a paz.Kota kididii
responsável em preparar as comidas sagradasKota rifula
as (os) mais antigasMosoioio
título alcançado após a obrigação de 21 anos.Kota maganza
designa a pessoa durante a fase iniciatóriaUandumba
designa a pessoa não iniciadaNdumbe

NAÇÃO ANGOLA
TRADIÇÃO BANTU

O Nkisi
O Nkisi são para os Bantus o mesmo que orixá para os Yorubás, ou ainda, o mesmo que vodum para os Daometanos. Muitos autores cometem o mesmo erro ao tratar das semelhanças existentes entre um Nkisi, orixá ou vodum, pois confundem semelhanças com correspondência, fazendo-nos acreditar que na verdade se tratam da mesma divindade apenas com nome distinto.
Esta visão é equivocada, e cabe a nós desfazermos tal equívoco. Cada Nkisi, orixá ou vodum possui peculiaridades próprias, tratamento e culto diferenciados. Pode-se sim, dizer que existem pequenas coincidências, como por exemplo o fato de Burungunzo, Oxósse e Otulu serem caçadores, ou ainda, por usarem as mesmas cores. Mas não há que se confundir um e outro, pois mesmo em suas origens na África se diferem, sendo o primeiro ( Burungunzo ) originário da Angola, o segundo (Oxósse) originário das terras Yorubás e o último ( Otulu ) do Reino do Dahomé.
Desta forma, elenco abaixo alguns dos Minkisi de Angola e Congo, sem fazer qualquer correspondência entre orixá ou vodum, dando ao lado de seus nomes uma breve descrição :
Aluvaiá, Bombojira, Vangira (feminino), Pambu Njila.
É o Nkisi responsável pela comunicação entre as divindades e os homens. Está nas ruas, é a este Nkisi que pertencem as "bu dibidika jinjila" (encruzilhadas). Suas cores são preto, vermelho, sua saudação: Kiuá Luvaiá Ngananzila Kiuá (Viva Aluvaiá, Senhor dos Caminhos)

Nkosi Mukumbe
É o Nkisi da guerra, das estradas. É a ele que se fazem oferendas com o fim de obter abertura de caminhos. Sua cor é o azul escuro, sua saudação: Luna Kubanga Mueto - Nkosi ê (Aquele que briga por nós - Nkosi ê)

Mutalambô, Burungunzo.
Nkisi caçador, habita as florestas ou montanhas. É o responsável pela fartura, pela abundância de alimentos. Suas cores: verde para Mutalambô e Burungunzo, e verde, azul e amarelo para Gongobira, sua saudação: Kabila Duilu - Kabila (Caçador dos Céus - Kabila)

Gongobira.
É um jovem caçador que obtém, seu sustento ora através da caça, ora através da pesca. Suas características são as mesmas das dos caçadores ( Kabila, Mutambô, Lambaranguange) unidas as características dos Minkisi da água doce ( Kisimbe, Ndanda Lunda ). Suas cores: verde cristal, azul cristal e amarelo ouro, sua saudação: Mutoni Kamona Gongobira - Muanza ê (Pescador Menino Gongobira - Rio ê)

Katendê.
Nkisi dono dos segredos das " kisabas" ( folhas, ervas ). Sua cor é o verde ou verde e branco, sua saudação: Kisaba kiasambuká - Katendê (Folha Sagrada - Katendê)

Nzaze, Luango.
Nkisi responsável pela distribuição da Justiça entre os homens. Suas cores são: vermelho e branco ou marrom e branco sua saudação: A Ku Menekene Usoba Nzaji - Nzaze (Salve o Rei dos Raios - Grande Raio)

Kaviungo ou Kavungo, Kafungê e Kingongo.
É o Nkisi responsável pela saúde, estando intimamente ligado a morte. Usa preto, vermelho, branco e marrom, sua saudação: Tateto Mateba Sakula Oiza - Dixibe (O Pai da Ráfia Está Chegando - Silêncio)

Hongolo e Angoroméa.
Assim como Aluvaiá, auxiliam na comunicação entre as divindades e os homens. São representados por uma cobra, sendo o primeiro ( Angorô ) masculino e o segundo ( Angoroméa ) feminino, sua saudação: Nganá Kalabasa - Angorô Le (Senhor do Arco Íris - Angorô Hoje

Kitembo ou Tempo.
É o responsável pelo tempo de forma geral, e especificamente, pelas mudanças climáticas (como chuva, sol, vento etc), portanto, atribuído a ele, o domínio sobre as estações do ano. É representado, nas casas Angola e Congo, por um mastro com uma bandeira branca. Suas cores: branco, rajado de verde e vermelho, sua saudação: Nzara Kitembo - Kitembo Io (Gloria Kitembo - Kitembo do Tempo)

Matamba, Bamburucema, Gurucemavula.
Trata-se de um Nkisi feminino, é guerreira e está intimamente ligada a morte, por conseguir dominar os mortos ( "Nvumbe" ). Suas cores são o vermelho e o marrom avermelhado, sua saudação: Nenguá Mavanju - Kiuá Matamba (Senhora dos Ventos - Viva Matamba)

Kisimbi, Ndanda Lunda.
Nkisi feminino, representa a fertilidade, é a grande mãe. Seu domínio é sobre as águas doces. Sua cor é o amarelo ouro, sua saudação: Mametu Maza Mazenza - Kisimbi ê (Oh, Mãe da Água Doce - Kisimbi ê)

Kaitumbá, Mikaiá, Kokueto.
Também um Nkisi feminino, tem domínio sobre as águas salgadas ( " Kalunga Grande" , o mar ). Sua cor: branco cristal, sua saudação: Kiuá Kokueto - Mametu Ria Amaze Kiuá (Viva Kokueto, Mãe das águas -Viva)

Zumbarandá.
É um Nkisi feminino, representa o início, vez que, é a mais velha das mães. Também tem relação estrita com a morte. Sua cor: azul e branco, sua saudação: Mametu Ixi Onoká - Zumbarandá (Mãe da Terra Molhada - Zumbarandá)

Wunje.
É o mais novo dos Minkisi. Representa a mocidade, a alegria da juventude. Durante o toque para este Nkisi, a dança se transforma numa grande brincadeira, sua saudação: Wunje Pafundi - Wunje ê (Wunje Feliz - Bem Vindo)

Lembá Dilê, Lembarenganga, Jakatamba, Nkassuté Lembá, Gangaiobanda.
Nkisi da criação, ora apresenta-se como jovem guerreiro, ora como velho curvado. Está ligado a criação do mundo. Quando jovem tem como cores o branco e prata, quando de idade avançada, apenas o branco, sua saudação: Kalaepi Sakula Lemba Dilê - Pembele (Quietos, Ai Vem o Senhor da Paz - Eu te Saudo)

Nzambi, Nzambiapongo.
Não se trata de um Nkisi, mas sim do Deus Supremo, o grande criador, o ser que criou a si mesmo e depois criou o mundo, conhecido por este nome entre os povos Bantu.

KITEMBO
Tempo ou kitembo é um Nkisi da nação de Angola, é o dono da bandeira de Angola, que podemos ver em qualquer casa de Candomblé, perto do assentamento de Kitembo, uma grande vara com uma bandeira branca no topo.
Kitembo é o Nkisi senhor das estações do ano, regente das mutações climáticas. Ainda, é considerado o Pai da Maianga, que é o banho usado pelos seguidores e iniciados da Nação de Angola, tendo sua maior vibração justamente ao ar livre, ou seja, no tempo. É exatamente ali, no tempo, que este banho feito de ervas e outros elementares vai consagrar através de tempo este iniciado.
Tempo está associado à escala do crescimento, por isso sua ferramenta é uma escada com uma lança voltada para cima, em referência ao próprio tempo.
Como expliquei, este Nkisi rege as estações do ano e está ligado ao frio, ao calor, a seca, as tempestades, ao ambiente pesado e ao ambiente agradável.
Conta uma lenda da Nação de Angola, que Tempo era um homem muito agitado que fazia e resolvia muitas coisas ao mesmo tempo. Entretanto, este homem vivia reclamando e cobrando de Nzambi que o dia era muito pequeno para fazer e resolver tudo que quisesse. Um dia, Nzambi lhe disse: “Eu errei em sua criação, pois você é muito apressado.” Ele então respondeu a Nzambi: “Não tenho culpa se o dia é pequeno e as horas miúdas, não dando tempo para realizar tudo que planejo”. A partir desse momento, Nzambi então determinou que esse homem passa-se a controlar o tempo. Tendo domínio sobre os elementares e movimentos da natureza. Assim nasceu o Nkisi Kitembo.


OS CARGOS NA NAÇÃO DE ANGOLA
A partir da Mametu Riá Nkisi Maria Genoveva do Bonfim (Maria Nenen) e de outros Tatetos como Bernardinho e Ciri Aco, o culto bantu ou Candomblé da Nação de Angola, como é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.

Estes negros ou bantus, como eram chamados devido a língua que falavam, seguiam a tradição religiosa de lugares como: Kassanje, Munjolo, Kabinda, Luanda entre outros.
Mas, o culto bantu tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e fon.
Abaixo, encontram-se desmembrados os cargos e funções em um Candomblé Bantu:
     Pedido de benção na tradição bantu: Mokoiú? resp: Mokoiú ua Nzambi

http://www.candombledeangola.hpg.com.br/angola.htm?
Imagem http://mitoemente.blogspot.com/

domingo, 1 de setembro de 2013

LÍNGUAS E DIALETOS

O kikongo ou quicongo
(também conhecido como cabinda, congo, kongo ou kikoongo) é uma língua africana falada pelos bacongos nas províncias de Cabinda, do Uíge e do Zaire, no norte de Angola; no Baixo-Congo, na República Democrática do Congo; e nas regiões limítrofes da República do Congo. O kikongo é uma língua nacional de Angola, tem diversos dialectos e era a língua falada no antigo Reino do Congo.


O kimbundo ou quimbundo
é uma língua africana e uma das línguas bantas mais faladas em Angola. É uma das línguas nacionais angolanas e é falada no noroeste, incluindo a província de Luanda.
O português tem muitos empréstimos lexicais desta língua obtidos durante a colonização do território e através dos escravos levados para o Brasil. É falada por cerca de 3 milhões de pessoas em Angola como primeira ou segunda língua, onde estão incluídos 41 000 falantes do dialecto ngola.
É também conhecida como dongo, kindongo, loanda mbundu loande, luanda, lunda, mbundu n'bundo, nbundu, ndongo, mbundu do norte.
Os seus dialectos são o njinga (ginga, jinga), mbamba (kimbamba, bambeiro), mbaka (ambaquista) e o ngola.
É uma língua relacionada às línguas songo, sama, bolo, bali e ao dialecto mbamba.




http://pt.wikipedia.org/wiki/Kimbundo

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O BABALORIXÁ OU YIALORIXÁ E A CASA DE CANDOMBLÉ

Para existir um Ilê (casa de candomblé), é necessário um Babalorixá ou Yialorixá, competente, iniciado dentro da lei, seguindo rigidamente ao longo dos seus anos de iniciação suas normas e preceitos, pois somente assim terá o aval, o consentimento, o axé necessário para desenvolvimento das suas atribuições, atributos esses consignados por seu iniciador no nosso plano material, e seu consequente desempenho com resultados positivos junto à sua comunidade, que só serão obtidos com a aquiescência dos orixás que os monitoram de forma permanente, permitindo ou até mesmo interrompendo uma situação de resultados realmente significativos, quer seja na sua leitura esotérica ou no trato com o povo. Como ninguém planta de manhã para colher à tarde, um Ilê com axé, é estruturado com estudo, aprendizado, dedicação, humildade, respeito e principalmente, conduta ritual, a medida que vai "merecendo" os orixás vão lhe "dando" ao ponto de se obter uma estrutura suficiente, para o início das atividades de um novo Ilê. Em alguns casos, até mesmo por falta de um controle e fiscalização, por parte de uma Confederação legitimada, decorrente da não organização dos adeptos, muitos por conveniência, tem casas que são verdadeiros comércios (não pelo fato de cobrarem algum benefício financeiro para sua manutenção e sustento) pelo exagero dos valores pedidos, se aproveitando do medo e da inocência de algumas pessoas, outras instituem total libertinagem por conveniência de seus comandantes e comandados, outras pela sua ignorância ou mal iniciação, em vez de ajudarem acabam causando um mal maior, e, infelizmente somos abrigados a conviver com essas situações que denigrem como um todo a nação candomblecista; Mas como Oxalá é sublime essas barreiras de alguma forma são superadas, não colocando em risco a religião yorubá, e tão somente fornecendo subsídios à algumas alas de algumas Igrejas, que se aproveitam desses casos de exceções para se enaltecerem e nos escrachar, com objetivos de "angariar" mais fiéis, visando uma melhoria de arrecadação, mas como Deus é único, de alguma forma nos protege e seguimos adiante. As pessoas que frequentam uma casa de candomblé, basicamente são: praticantes, simpatizantes e usuários. A procura por esta religião tanto para prática como consulta, muito é em virtude de um atendimento pessoal e individualizado, em que as pessoas tem uma participação ativa, naquele instante a pessoa não é uma a mais numa multidão, mas o centro das atenções, de uma forma que possa canalizar toda sua fé, para obtenção do seu objetivo, e frise-se, a fé é fundamental e necessária para qualquer intento, onde cada um deve fazer o melhor possível a sua parte, no caso de quem está sofrendo a ação, comparecer fisicamente com o material no dia e hora marcado, quando solicitado ou orientado para tal, e fazê-lo com muita fé e dedicação.


A hierarquia

Observância de uma hierarquia rígida é o instrumento que mantém permanentes as instituições, como o Estado, o exército, a religião... sua tradução literal expressa: ordem e subordinação dos poderes eclesiásticos, civis e militares; graduação de autoridade, correspondente às várias categorias. Em princípio, é o tempo de iniciação religiosa que conta, vale o ditado - antiguidade é posto - seguido do Oye (cargo) que a pessoa ocupe; o mais velho é sempre o mais velho, não importa que mais moço tenha seu cargo religiosos de maior importância; exceção única, feita ao Babalorixá ou Yialorixá, que por poder absoluto, está acima de todo e qualquer outro. De casa para casa ou de nação para nação, variam os cargos e seus nomes, e um ou outro detalhe da escala hierárquica, Via de regra são: - abians - por exprimir uma vontade de participar, ou escolhido a fazer parte da comunidade, recebe do babalorixá, um fio de contas "lavado" (colar ritual, símbolo do orixá do neófito), ou tenha se submetido a um bori (dar "comida" à ori , cabeça física e astral); participam no Ilê, ajudando com tarefas civis, nas festas, na limpeza e arrumação e decoração do barracão, preparo de café e almoço, alguma ajuda na cozinha ritual, onde são preparadas as oferendas dos orixás e demais tarefas afins. - Iyawô - o iniciado, também chamado de adoxú (aquele que levou adoxum ), neste período não lhes são revelados segredos, ficará recluso alguns (que variam de 7 a 21, conforme sua nação), num lugar chamado roncó ou camarinha, um quarto fechado, com algumas esteiras, é confiado aos cuidados do seu ojúbonà (pai-pequeno ou pai-criador) que o auxiliará e ensinará alguns comportamentos durante todo período da iniciação, o qual juntamente com o iniciado, manterá resguardo neste período. Em um primeiro momento é feita a raspagem do cabelo, símbolo de submissão e humildade e preparo do oxú (o alto da cabeça, a moleira astral, chacra principal do corpo humano) para as obrigações principais. Neste período o iniciado tem como objetivo principal receber axé, a qual será responsável, pelo seu aumento e manutenção, através da rígida observância, da sua conduta ritual. Completados sete anos de iniciação, os iyawôs , após fazem sua "obrigação" ritualística que os 7 anos requer, tornam-se ègbónmí (egbomi - "irmão mais velho"), e tem direito a Ter seu próprio Ilê com a benção e autorização do seu babalorixá, bem como Poderá fazer parte do grupo dos Oloiês. - Oloiês`-, podem adoxús ou não-adoxús; os OGÃS, que quer dizer - chefe - podendo em alguns casos, ter seus otuns e osis ; os postos de AXOGUN, ALABÊ, OGOTUN, AFICODÉ, IPERILODÉ, ELEMOXÓ, ILÊIGBÓ, PEJIGAN em paralelo a IYAEGBÉ, IYAKEKERÉ (mãe pequena), BABÁKEKERÊ (pai pequeno), YIÁMORÔ, AJOIÊ ou EKÉDE, DAGÃ, SIDAGÃ, em casa de Xangô, o cargo da KOLABÁ, a IYÁ SIHA (relacionado a um ato litúrgico de Oxalá), IYÁEFUN(BABÁ), IYÁLOSSAIN (BABÁ), IYÁBASÉ. Mais especificamente no ILÊ AXÉ OPÔ AFONJÁ tem os OBÁS DE XANGÔ, seis da direita (otuns), com voz e voto; seis da esquerda (osis) somente com voz. - Agbá - duas condições a um só tempo: a) antiguidade iniciática (mais de 50 anos); b) antiguidade cronológica (mais de 60 anos). - Iyálorixá - (Iyálaxé)/Babalorixá. Uma fila hierárquica, a exemplo da que acontece nas "Águas de Oxalá" assim e procede: Iyálorixá (babá), seguindo os demais Adoxú, quer sejam oloiês ou não, de acordo com o tempo de iniciação, sempre o mais velho na frente do mais moço, sendo a segunda da fila a(o) Iyáegbé (mais velho(a) adoxú do axé e segue a fila de acordo com o tempo de iniciação, atrás do último adoxú, alternando-se ogans e ajoiés, de acordo com o tempo de confirmação, atrás virão ao abians. O mais velho é tudo; sempre se é iyawô para o imediato "mais velho", no próprio "barco" (mais de um iniciado recolhido ao roncó para iniciação) de iyawôs encontramos a figura do mais velho, chamado dofono , e sucessivamente dofonitinho, fomo, fomotinho, gamo gamotinho... ao dofono é aquele a quem se pede a benção em primeiro lugar, devendo, este, contudo, ser o primeiro a servir seus demais irmãos mais moços. É muito importante o mais velho se colocar no difícil papel; é o responsável - sem que muitas vezes saiba - pelo futuro do seu mais novo, seus anseios, esperanças, fantasias...


A quizila e as proibições

A quizila é uma forma de reação negativa que atinge as pessoas, quer seja fisicamente, causando algum mal estar, ou, na vida pessoal gerando algum "atrapalho" ou perda; e, acontece quando comemos ou fazemos algo que não devemos; todos os orixás tem suas quizilas, e como filhos devemos respeitá-las, por exemplo: não devemos comer determinadas comidas, que são oferecidas aos orixás, pelo fato que, quando oferecemos à eles esta comida, eles "transformam" as energias daquela comida, em energia positiva para nós, das quais estamos precisando constantemente, portanto é comida do orixá, não nossa. A quizila, em alguns casos, é como se fosse uma "alergia" natural, que comemos alguma coisa, e imediatamente temos uma reação alérgica, porém a mais perigosa é aquela que não sentimos de imediato alguma reação, o que erradamente leva alguns filhos de santo, usarem, um sistema, Ah! Eu comi, não fez mal, não terá problema, aí é que se enganam, pois a reação virá quando menos esperam, atingindo de alguma outra forma. Os iniciados sabem o que devem respeitar, se não o fazem é por serem descomprendidos, evidente que há casos de desconhecimento, por uma má iniciação, e muito mais valor terá, se gostarmos daquilo que não podemos, pois é muito fácil se evitar, o que não gostamos. As proibições mais comuns, são com relação a determinadas comidas, temperos, folhas, bebidas, cores...

http://translenza.com.br/orixa/lnk_topicos.php?id=25

terça-feira, 18 de junho de 2013

O QUE SÃO "QUIZILAS" DOS ORIXÁS?

Kizila ou Èèwò

Tudo aquilo que provoca uma reação contrária ao axé, dá-se o nome de kizila ou èèwò, ou seja, são as energias contrárias a energia positiva do orixá. Estas energias negativas podem estar em alimentos, cores, situações, animais e até mesmo na própria natureza.

Como algumas kizilas ou èèwò dos orixás, tem-se:
*Exu - água e mel em excesso
*Ogun - quiabo
*Oxossy - mel de abelha
*Yansã - abóbora
*Oxalá - dendê, vinho da palma

A quizila é uma forma de reação negativa que atinge as pessoas, quer seja fisicamente, causando algum mal estar ou gerando algum transtorno na vida pessoal. Acontece quando comemos ou fazemos algo que não devemos; todos os orixás tem suas quizilas e seus filhos devem respeitá-las.

A quizila, em alguns casos, é como se fosse uma alergia natural, a qual se manifestará imediatamente. No entanto, a mais perigosa é aquela reação alérgica que não é imediata.

Os iniciados sabem o que devem respeitar, embora existam casos de desconhecimento decorrente de uma iniciação mal feita. As proibições mais comuns são determinadas comidas, temperos, folhas, bebidas, cores, etc.

Todo iniciado (feito no santo) convive com as quizilas (èèwó), que são certas proibições determinadas pelo orixá, "dono da cabeça" do filho ou filha-de-santo.

Quizilas de Iansã
Abóbora (Na verdade o que Iansã tem pela abóbora não é bem quizila, a quizila é para os filhos desta, Iansã tem pela abóbora GRATIDÃO.
Conforme uma determinada lenda, normalmente contada nos candomblés, Iansã quase foi morta por um carneiro que a traiu chamando inimigos de Oya para que a matassem, e para fugir destes Iansã precisou se esconder no meio de uma plantação de abóboras por toda uma noite disfarçada como tal, e por gratidão de ter escapado da morte jurou nunca mais comer abóbora)
carneiro, lagartixa,


MAIS QUIZILAS:

Quijilas

É tudo aquilo que o nosso anjo da guarda rejeita, por qualquer motivo peculiar, que por vezes desconhecemos. Existem as quizilas da própria Nação de Keto e as de cada Orixá. As principais delas são:

- Não passar atrás de corda de animal
- Não deixar passar com fogo nas nossas costas
- Não pagar nem receber dinheiro em jejum
- Não passar embaixo de escadas
- Não comer abóbora
- Não comer peixe de pele (só comer peixe de escamas)
- Não comer caranguejos
- Não comer siri
- Não comer muçum ou arrai (quizila de Oxum)
- Não comer cajá
- Não comer carambola (pertence à Egun)
- Não comer fruta-do-conde ou sapoti
- Evitar abacaxi (quizila de Omolu)
- Evitar comer carne de porco (quizila de Omulu)
- Evitar manga-espada (quizila de Ogum)
- Evitar manga-rosa (quizila de Yasán)
- Evitar tangerina (quizila de Oxóssi)
- Não comer caça (quizila de Oxóssi)
- Não comer carne nas segundas e sexta-feira
- Usar roupa branca nas segundas e sextas-feiras
- Evitar carne de pato (quizila de Yemanjá)
- Evitar carne de ganso (quizila de Oshumarê)
- Não comer carne de pombo ou galinha D'angola
- Não ter em casa penas de pavão (tiram a sorte)
- Não varrer casa à noite
- Evitar coco (quizila de Oxóssi)
- Evitar melancia (quizila de Oxum)
- Evitar fubá de milho (quizila de Oxóssi)
- Não pregar botão em roupa no corpo
- Não usar roupas pretas ou vermelhas
- Evitar cemitérios
- Não comer a comida queimada do fundo das panelas
- Evitar aipim ou mandioca (pertencente à Egun)
- Não comer bertália
- Não comer taioba (quizila de Anamburucu)
- Não comer pepino
- Não comer pepino
- Não comer das folhas do jambo
- Não comer jaca
- Evitar ovos (quizila de Oxum)
- Não comer as pontas: cabeças, pés e asas de aves
- Não jurar pelo santo, nem pedir mal aos outros
- Nunca se fala cuscuzeiro nem cuscuz, para não revoltar Obaluayiê e Omulu fala-se agerê e bolo branco. Filho de Oxóssi não come milho vermelho, nem milho verde.

http://paitandy.no.comunidades.net/index.php?pagina=1762997469


http://www.casadeoya.com.br/candomble_quizilas.htm
http://www.fazendomedia.com/novas/educacao090206.htm

sábado, 1 de junho de 2013

OS EGUNS NA SANTERIA

Os mortos (ikús) os espíritos que nos rodeiam (egguns) devem serem atendidos, com o mesmo respeito tanto como aos SANTOS (Orishas). A reverencia aos antepassados é um dos pilares das religiões africanas. Na religião Yorubá o “morto pariu o santo” (ikú lobi ocha) e antes de invocar e pedir permissão (moyugbar) e saudar os Orishas há que invocar os mortos. Isto se deve a que todos os Orishas foram seres vivos originalmente como os santos católicos e depois de mortos foram dados o título de santo pela vida que levaram aqui na terra, tal e o caso do Orisha Changó que foi quarto rei de Oyó (ile Ife) na actual Nigéria.

Os Egguns comem antes que Elegguá e separados dos Orishas. Em determinadas cerimonias lhes oferecem uma vela (ataná), coco (obi) em nove pedacitos que é a marca do morto, agua fresca (omi tutu), aguardente (otí), café (omi bona), tabaco (achá), pimenta da guine (ataré), e se utiliza a cascarilha (efún). Esta oferenda se situa no piso fora da casa ou num canto interior no caso de não existir pátio e se dispõe dentro de um círculo ou rectângulo (atena) desenhado com cascarilha. A cerimónia se inicia com a moyugba correspondente e a declaração do sentido da oferenda. Isto se pode realizar mesmo com coco fresco aos mortos o qual se faz em pequenos pedaços que se atiram no interior da figura traçada no chão dizendo “alfaba iku, alafaba ano............”.

Esta oferenda e obrigatória quando se vai a sacrificar um animal de dois ou quatro patas. Ao terminar se pergunta aos egguns se receberam a oferenda, se dão sua conformidade e donde se devem levar os restos. Isto se faz com quatro pedaços de coco fresco seguindo as regras para a leitura do coco. Outros religiosos dizem que os mortos não devem comer no interior das casas porque a sua comida se deve servir fora de casa. Aos mortos se pode oferecer agua, pão, bebida, tabaco e alimentos cozinhados sem sal o qual pode ser a comida que preferia o defunto se a oferenda e para um morto determinado. Tudo isto se situa em um prato e se acende-se uma vela; ao dia seguinte se faz a moyugba e se pergunta mediante os cocos qual o caminho que se deve dar a comida, esse pode ser no monte (nigue), no lixo (ikún), no rio (ilé oshún), e assim sucessivamente.

Os presentes nestas cerimónias com os mortos devem ser marcados com uma cruz de cascarilha na frente como protecção. As flores constituem uma oferenda que alguns oficiantes (olochas) colocam devido a essência que e o fluido espiritual explicito em o “oddun irete juanjuan”. Quando a alma de um defunto, apesar de estar bem e atendido, oferece a sua presença continuamente, Oyá-Yansa (dona e porteira do cemitério) ordena que se faça uma fogueira no pátio porque o fogo assusta os mortos e os aleija no entanto não os queima. No espiritismo a parte espiritual e o tratamento que se brinda aos espíritos e distinto, varia de acordo ao que seja espiritismo puro ou influído por Ocha, ou Palo, ou outra religião.

Em alguns casos os espíritos se atendem com uma “sessão espiritual” que se constrói mais ou menos completa segundo o que requer o quadro espiritual da pessoa. Em um dos copos de água que colocamos na sessão se coloca um crucifixo. Um espiritista será quem determina definitiva a sessão e poderá abrir uma sessão espiritual que se realizará em algum lugar. A reunião espiritual contribui para fortalecer os guias e protectores da pessoa, que pode ser conhecida ou não, e entre os quais se incluem seus familiares mortos. Quando um crente desconhece seu quadro espiritual, pode invocar as suas protecções com nomes temporalmente assignados ate investigar.

Uma atenção aos espíritos está constituída por um copo de água ou "assistência" que se lhes dedica. Em estes copos não se devem colocar flores ainda que alguns olochas o fazem. No espiritismo mais puro, a cerimónia de invocação se faz mediante orações e cantos. São muito utilizadas as orações ao Anjo da Guarda, aos guias e protectores segundo os conceitos Cardecianos.

No espiritismo praticado em Ocha se utiliza o copo de agua, a agua bendita, perfume, velas, flores e determinadas ervas para despojos. Também se pode utilizar a cascarilha como filtro protector assim como o tabaco e o aguardente segundo os gostos do morto. Em algumas sessões espirituais as pessoas que incorporam entidades espirituais se chamam instrumentos de cavalos (médium espíritas de incorporação), ou sejam, passam a montarem mortos, e pedem tabaco e aguardente ao serem possuídas os quais falam por esses espíritos.

No campo espiritual também se conhece uma missa espiritual ou a missa católica na igreja. Ambas formas começam em darem luz aos mortos e elevá-los. Se há algum dano por um morto obscuro ou um não enviado desde um "caldeirão de palos ou mayombe”, este deve ser eliminado primeiro em seu aspecto espiritual mediante reconhecimento, despojos, passar ao morto, missas, etc. e depois fazer o rompimento no campo material com ebbos, purificações e banhos. A relação entre o espiritismo e a religião Yorubá e lucumi é muito estreita porque sem a atenção dos mortos nada sai bem pois o morto é o primeiro.
“Maferefún egguns"

Okanbi
Com a bênção de Meu Pai Aggayú e Yemanjá
DO SITE
http://www.centroanastacia.com/news/santaria_egguns.htm

sábado, 18 de maio de 2013

EBÓS PARA O ORIXÁ EXÚ

BOBÓ OU IPETE.[para agradar,fortalecer,agradecer]

-batata inglesa-

-azeite-de-dendê-

-camarão seco-

-cebola seca-

-pimenta malagueta-

-7 vela vermelha-

-tigela-



=>Batata inglesa descascada e cozida, em seguida amasse e misture no azeite-de-dendê com camarão ralado, cebola, pimenta malagueta.

-Faça um purê com todos os ingredientes.

-Se preferir pode enfeitar com limão.

-Este ebó é um verdadeiro "levanta guerreiro",axé forte para energizar e por Bará ,exu e suas falanges para trabalhar, guerrear. Deve ser feito na segunda-feira, sendo o meio dia o melhor horário para arriar.


FAROFA PARA DESAFETOS.

farinha de mandioca
cachaça
três tipos de pimenta
alguidar
nome ou sinais dos desafetos
vela preta

Misturar com a mão esquerda farinha de mandioca e cachaça , fazendo uma farofa bem soltinha ,colocar dentro do alguidar. acrescentar pimenta e o nome ou sinais dos desafetos .
Arriar em lua minguante com vela preta .


JUSTIÇA.

Pegar três espigas de milho e três lenços vermelho deixando no igbá de IANSÃ por 3 dias.
Pegar três garrafas de cachaça ,abri-las e deixar em forma de triângulo no igbá de Bará,também por 3 dias.
Após os três dias passa-se as espigas com casca e tudo no corpo da pessoa,embrulha-se uma em cada pano e entrega-se a Bará AGELÚ { }.
Depois de 7 dias ,desembrulha-se tudo despachando as espigas em uma encruzilhada junto com a cachaça.
Em casa amarra-se os lenços na cabeça da pessoa , que deverá dormir por uma noite com eles amarrados na cabeça . No dia seguinte constroem-se três bandeiras , uma com cada lenço ,leva-se ao local onde as espigas e a cachaça foram despachadas , cravando as bandeiras ali.

Padê para quebrar Lorogún (confusão):

Padê de: Água, Azeite doce, e Mel.
7 Ovos.
Incenso, Mirra e Benjoim.

Cantar 7 cantigas para Exu, chegar na porta da casa, despachar os padês e dizer: Assim como estou despachando estes padês e quebrando estes ovos, estou despachando e quebrando as guerras (demandas) e pertubações de minha casa.
Defumar a casa com incenso, mirra e benjoim.


http://paitandy.no.comunidades.net/index.php?pagina=1762602429

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O QUE É UM BABALORIXÁ OU YALORIXÁ

O Babalorixá, ou Baba (pai), é um sacerdote e chefe de um Terreiro de Candomblé.

Na sua função sacerdotal, faz consultas aos Orixás através do jogo de búzios, uma vez que, no Brasil, não há o hábito de se consultar o Babalawo, chefe supremo do jogo de Ifá. Isso se deve à ausência da figura do mesmo na tradição afro-brasileira, desde a morte de Martiniano do Bonfim, segundo os mais antigos ocorrida por volta de 1943. Desde então, o professor Agenor Miranda era convocado para escolher a mãe-de-santo nos grandes terreiros baianos, mas agora, com os avanços tecnológicos e com a imigração voluntária de africanos para o Brasil, ouve-se falar de novos Babalawos na tradição brasileira, donde a necessidade de diferenciar Ifá de Merindelogun e jogo de búzios.

Na sua função administrativa, é o responsável maior por tudo o que acontece na casa - a quantidade de filhos-de-santo, a de pessoas e problemas a serem atendidos -, e nela ninguém faz nada sem a sua prévia autorização. Conta com a ajuda de muitas pessoas para a administração da mesma, cada uma com uma função específica na hierarquia, embora todos os auxiliares conheçam de tudo para atender a qualquer eventualidade.

Nas casas menores, o Babalorixá, além da função sacerdotal acumula diversas outras funções, devendo ser conhecedor das folhas sagradas, seus segredos e aplicações litúrgicas; em caso de rituais ligados aos Eguns, ou se especializa, ou consulta um Ojé quando necessário. Quando a casa ainda não tem um Axogun confirmado, ele mesmo faz os sacrifícios; quando a casa ainda não tem Alagbê, normalmente o Babalorixá convida Alagbês das casas co-irmãs para tocar o Candomblé; na ausência da Iyabassê ou Ekedi, ele mesmo faz as comidas dos Orixás, costura as roupas das Iaô, faz as compras e outras tarefas do dia-a-dia.

O candomblé pode ser considerado uma religião brasileira com origem em diversos sistema mítico-religiosos de origem africana. Nessa perspectiva corresponde simultâneamente a um sistema etnomédico ou medicina tradicional de matriz africana que vem sendo mantido (e recentemente reconstruído a partir das demandas pelo revival das medicinas tradicionais) a partir da sua origem nas diferentes culturas yorubá, bantu entre outras. A função do Babalorixá do nesse caso ganha destaque especial por sua relção com Obaluaiyê ou com a referida prática de colher as folhas sagradas atribuídas, segundo Bastide, ao Babalosaim dedicado ao culto de Osanyin.


O0 QUE É UM BABALORIXÁ OU YALORIXÁ
É o cargo mais alto dentro de uma Casada Santo.
Ninguém está acima deste cargo.
É o Zelador ou Zeladora, aquele que cuida dos Orixás, que inicia noviços, suspende e confirma Ogãns,apresenta e confirma Ekedis, Olossães, Axoguns, etc...
O Babalorixá ou Yalorixá é o ponto de equilíbrio, a cabeça de uma Casa.
Normalmente, é receptador de todas as influências positivas e negativasque circulam dentro do Axé.
É aquele que vai determinar o grau, a temperatura do Axéda casa, para que não haja uma implosão e consequentemente, uma rachadura no Axé, que é a força dinâmica que movimenta tudo.
O Zelador ou Zeladora trabalha como uma espécie de guia e mentor espiritual, aconselhando,discutindo, desenvolvendo métodos para o melhor andamento da Casa.
É dele ou dela a palavra final sobre tudo que será realizado, pois é o Zelador (Babalorixá) ou Zeladora (Yalorixá), aquelequeestá mais próximo do Orixá regente daquela Casa.

Todos os filhos, Ogãns, Ekedis, Axoguns, etc,...voltam-se para ele ou ela, pois os Orixás de Cabeça destes mencionados, servem ao Orixá regenteda Casa, numa situação de humildade que dever ser acompanhada pelos demais, fato que em sempre acontece, pois existem aqueles que deixam a importânciade seus cargos subir-lhes a cabeça, extrapolando sua autoridade.
O BABALORIXÁ ou YALORIXÁ é o ponto de equilíbrio, pois ele ou ela é o formador dos demais cargos existentes nos cultos Afros.
O tempo exato para que alguém assuma o cargo de BABALORIXÁ ou YALORIXÁ é de sete anos de iniciado, pois antes disso a pessoa não se encontra capacitada para iniciar outras pessoas no Culto.
É o único cargo onde o tempo devido deve ser respeitado, para que haja harmonia!

http://sites.google.com/site/acasadapazevolucaoespiritual/babalorixa-ou-yalorixa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Babalorix%C3%A1

segunda-feira, 1 de abril de 2013

DIFERENÇA ENTRE ADÚRÀ E ORÍKI

A palavra adúrà é do yorubá e significa “reza, prece ou oração”.

Estas adúrà ou orações tem por finalidade invocar os orixás, e também, solicitar ajuda para os problemas do dia a dia.

Porém, o que seria oríki?

Oríki, na verdade, seria um aglutinado de palavras usadas pelos yorubás na hora de fazerem sacrifícios ou pedidos aos orixás. O oríki, diferente da adúrà, seria a “súplica”.

A adúrà é a reza ou oração própria do orixá que não pode ser mexida.
Enquanto o oríki são palavras expressas de forma intimista com o orixá, podendo ser modificado dependendo da ocasião em que for dito.

http://www.guardioesdaluz.com.br/ketudois.htm

sexta-feira, 1 de março de 2013

OGUM XOROQUÊ: EXISTE OU NÃO?

Segundo a tradição afro-brasileira, Ogum foi o segundo filho de Yemanjá e Oxalá, devido a isso, ligou-se por uma grande amizade ao irmão mais velho, Exú, que lhe era mais próximo do que os demais irmãos.

A AMIZADE ENTRE OGUM E EXÚ
Aventureiros, os dois andavam sempre juntos.
Seus interesses e habilidades eram muito semelhantes:
donos das estradas do mundo.
Enquanto Exú dominava as encruzilhadas,
Ogum mandava nas retas dos caminhos.

O desbravamento de novos espaços, a abertura de passagens e a luta contra os inimigos constituíam sua vida.

Talvez essa grande união e afinidade explique a existência de uma entidade que reúne as características dos dois Orixás: Exú-Ogum.

Segundo Nina Rodrigues (citado por Câmara Cascudo e por Roger Bastide), OGUM XOROQUÊ seria o nome dado pelos iorubas ao Orixá do ferro (Ogum) sob sua forma de Deus da guerra, ou ao Exú de ferro, uma das duas modalidades gerais de Exu (a outra é Exú da terra), que simboliza os ossos (os minérios), o esqueleto do corpo da terra.

Essa fusão parece não existir somente no Brasil:
Câmara Cascudo também cita o pesquisador Fernando Ortiz, que descreve a existência de uma combinação semelhante, encontrada eventualmente na Santeira de Cuba.

De acordo com Fernandes Portugal, Ogum Xeroque é um Ogum com fundamento em Exú.
Já Xogum, segundo o mesmo autor, é um tipo de Ogum que se torna Exu durante seis meses.
O fato de ter fundamento em, ou ser periodicamente Exú, significa que esse Ogum tem um componente mágico, podendo realizar feitiços.

De acordo com Olga Cacciatore,
Ogum Xeroque também chamado de Xogum (EXÚ DE OGUM),
é um Ogum feroz e briguento, tão bravio que termina por torna-se um Exú.
É por isso que ele tem tanta presteza em procurar resolver as demandas de seus filhos- de- fé, assumindo suas brigas e quizilas.

O próprio nome da entidade reflete essa característica: em ioruba, xoro + ké significa gritar ferozmente ou cortar cruelmente.
Ainda segundo Cacciatore, XoXeroquê é o nome dado a essa entidade, quando ela se manifesta sob a forma de Exú.
No Brasil, o Senhor Xeroque, como a entidade é respeitosamente chamado por seus fiéis.
O filho de Ogum Xeroque sente em seu organismo quando Exú esta aflorado ou o Ogum.
Somente o filho deste Orixá sabe desta mudança.

Um dos motivos dos filhos deste orixá serem considerados irresponsáveis, pois ninguém nunca sabe o que ele vai fazer, esta pensando são muito imprevisíveis, nem eles sabem qual vai ser a atitude diante de uma situação. Por isso as pessoas tem que ter muita paciência com os filhos de OGUM XEROQUÊ.

Os Zeladores de Santo quando tem um filho deste Orixá sabe que este filho será aquele que sempre ele pode contar e sempre sabe que de vez em quando some do “BARRACÃO”, mas sempre volta.
Os Zeladores já estão tão acostumado com as atitudes destes filhos que os outros Yaôs do “barracão” acham que estes filhos são os protegidos.
Mas não.
É que Ogum Xeroque esta sempre a flor da pele e os filhos agem de forma muito parecida do Orixá.

Resumindo, os filhos de OGUM XEROQUÊ são problemáticos.
Porém quando OGUM XEROQUÊ “quizila” com um filho dele.
É muito difícil conseguir “agô”.
Este filho apanha por um período de SETE ANOS, QUATORZE e VINTE UM ANOS.
Portanto todo o cuidado é pouco.
Os filhos de Ogum Xeroque quando apanham de seu pai, apanham de uma forma muito rude em relação aos outros Orixás.

OGUM XEROQUÊ
só atende aos pedidos feitos para YEMANJA ou XAPANAN.
Por tanto se você é “raspado e catulado” para este Orixá, tome muito cuidado. Não vacile, pois ele te dá quase tudo e toma de você inclusive aquilo que ele não te deu.

Os filhos de OGUM XEROQUÊ
conseguem tudo com muita facilidade, isto quando esta em dia com seu Orixá. Conseguem coisas impossíveis que ele nunca imaginou conseguir, coisas materiais e espirituais.
Porém tem estar em dia com todas as “obrigações” relacionado ao Orixá.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ERVAS DOS ORIXÁS NA SANTERIA

Ervas, frutas, vegetais e legumes usados na sobrigações e oferendas para os Orixás cultuados na Santeria.


Aericola (Ferver bem) - Elegua, Orula Ogum, Oxum
Open Road - Ochun Asogwano
cardo amarelo - Ogum
Acácia - Paraíso branco Obatala, Asogwano
Ranhuradas ou Nispero - Ogum
Aceitunillo - Orula
Abacate - Yemaya, Chango, Ogum, Oko
Aguinaldo Branco - Obatala, Ochosi
Aguinaldo roxo - Orula
Agrião - Oxum
chili China - Ogum
pimentão - Yemaya
Alacrancillo - Elegua Ochun,Ogun,Aña, Ochosi Osun
Álamo - Chango, Ogun, Aña
Manjericão - Ochun, Yemaya, Aña
Maroon manjericão - Asogwano
Basílio mondonguera ou Bruxa Grass - Asogwano
Manjericão - Oya
Alfarrobeira - Chango
Algodão - Obatala, Aña, Orduwa
Amêndoa / Almendrón - Ochosi, Obatala
Anon - Obatalá, Mellis, Oduduwa
Anamú ou Mapurite - Ogun
Índigo - Yemaya, Ogun
Anon ou rim - Obatala, Ochun, Jimaguas
Apazote - Asogwano
Aroma - Elegua, Ogun
Ateje (sem massa da casca) - Ogun
Ananás - Jimaguas
Abalado abalada - Chango
Ackee - Obatala
Baioneta - Obatala
Beladona - Obatala
Ubi Bejuco - Obatala
Batata-doce/batata - Orixá Oko
Ranúnculo - Oxum
Caimitillo - Oya
Maçã de estrela roxa - Oya
Caisimón - Yemaya
Caisimón anis, santa Hoja - Asogwano
Abóbora - Auyama - Oxum, orixá Oko
sino Branco - Obatalá, Orduwa
sino roxo - Ogun
Lemongrass - Obatala
Canela - Oxum
Canistel - Ochun, Jimaguas
pente Branco - Obatala
Canutillo roxo [CHS] - Yemaya, Chango,Anã
Cardo santo - Ogun, Ochosi
Cardon - Asogwano
Carolina - Oya
Ceiba - Chango, Aña, Orduwa
Cerraja - Ochun
Ameixa - Yemaya, Chango, Asogwano
Coco - Asowano
Colônia - Asogwano
Africano Coquito - Orula
Coralillo - Ochosi, Changó
Dove Coração - Elegua
Cordovão - Chango, Ogun, Aña, Oya
Bem Culantrillo - Ochun
Coentro montagem - Yemaya
Cundeamor - Ochun, Asogwano, Orula
Curujey - Elegua, Chango,Aña
Don Chayo - Obatala
Sonolento - Ochosi
Charme, Celestina - Ochosi Ochun
Polidor - Asogwano
Eucalipto - Obatalá, Ogum
Flor de Mármore - Obatalá, Orduwa
Flor de muerto - Oxum, Ogum
Framboyán - Acacia - Oya
Mamão (papaya) - Ochosi, Ochun, Oricha Oko
fruta-pão - Obatala
Gerânio - Chango
Girassol - Ochun
Granada - Obatala
Grénguere - Chango
Guacalote - Chango
Cassia alata - Ochun
Guamá - Ogun, Ochosi
costa de Guam - Ochun
Graviola - Obatala, Asogwano, Jimaguas, Orixa Oko
Guanina - Orula
Guásima - Yemaya
Goiaba - Elegua, Jimaguas
Baracoa Guizazo - Ogun
Hera - Obatala, Orduwa
Hortelã - Chango, Asogwano
Erva-moura - Ogun
Higuereta - Obatala, Chango
Jagua - Yemaya
Jagüey - Chango
Gengibre - Chango
Jiqui - Yemaya
Jobo - Chango
Lechuguilla - Yemaya
Língua de Mulheres - Obatala
Língua de vaca - Ogun
Nenúfar - Ashibata - Oxum, Yemaya
Llanten, Obatala, Orduwa
milho - Oricha Oko
Chá Malva - Chango
mangue-vermelho - Chango
Manga - Obatala, Jimaguas, Oricha Oko
Amendoim - Asogwano
Manto - Oya
Maravilha - Ochun, Chango, Orula
Marilope - Ochun
Hibisco - Chango
Agrião - Elegua
Mazorquilla - Chango
Manjerona - Elegua, Obatala, Ochun
Mangusto - Ogun
Mint jamaicano - Ochosi
Milheto e sorgo - Obatala
Inhame - Oricha Oko
Laranja - Jimaguas
A laranja amarga - Ogun
Não se esqueça de mim - Ochun
ouro azul - Ochun
Royal Palm - Chango, Orula
Paragüita - Yemaya
Paraíso - Elegua, Obatala
Parra - Ochun
pé de galinha - Ochosi, Aña, Orula
Pendejera - Asogwano
Peony - Guereyeye -Ochosi(mata y hojas)Chango,Aña
Peregún - Elegua, Ogun
Ananás - Jimaguas
Pitahaya - Chango
Platanillo - Ochun, Chango
Banana - Chango, Elegua
Ponasí - Ogun, Shangó
maçã Rose - Ochun
Quiabo - Chango, Oricha Oko
Beterraba - Obatala
Romerillo - Obatala, Elegua, Ochun
Amarelo Romerillo - Ochun, Orula
Romero - Ochun
Sargaço - Orun
Saúco - Elegua, Obatala, Ochun
Ackee - Obatala
Siguaraya - Elegua, Chango
Tamarindo - Oya
Toranja - Obatala
Melissa - Asogwano
Tua Tua - Yemaya
caleta Uva - Oya, Ogun
Uva Gummy - Yemaya
arbusto da pimenta - Obatala
Verbena - Ochosi, Yemaya
Beldroega - Elegua Obatalá, Yemaya
Vergonhoso ou papoula - Asogwano
Vigário - Ogun
Vinagrete ou Trebol - Obatala
Yagruma - Yemaya Chango, Oya
Yamao ou Cedro Macho - Yemaya
Mandioca - Oricha Oko
Sapoti - Ochun, Jimaguas
Sarsaparilla - Ochun, Jimaguas

http://www.orichas.com/espanha/default.asp

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

HIERARQUIA NO CANDOMBLÉ BANTU

Títulos Hierárquicos Bantu, Angola, Congo

Tata Nkisi - Zelador.

Mametu Nkisi - Zeladora.

Tata Ndenge - pai pequeno.

Mametu Ndenge - Mãe pequena.

Tata NGanga Lumbido - Ogã, guardião das chaves da casa.

Kambondos - Ogãs.

Kambondos Kisaba ou Tata Kisaba - Ogã responsável pelas folhas.

Tata Kivanda - Ogã responsável pelas matanças, pelos sacrifícios animais (mesmo que axogun).

Tata Muloji - Ogã preparador dos encantamentos com as folhas e cabaças.

Tata Mavambu - Ogã ou filho de santo que cuida da casa de exú (de preferência homem, pois mulher não deve cuidar porque mulher mestrua e só deve mexer depois da menopausa, quando não mestruar mais, portanto, pelo certo as zeladoras devem ter um homem para cuidar desta parte, mas que seja pessoa de alta confiança).

Mametu Mukamba - Cozinheira da casa, que por sua vez, deve de preferência ser uma senhora de idade e que não mestrue mais.

Mametu Ndemburo - Mãe criadeira da casa(ndemburo = runko).

Kota ou Maganga - Em outras nações EKEJI (todos os mais velhos que já passaram de 7 anos, mesmo sem dar obrigação, ou que estão presentes na casa, também são chamados de Kota).

Tata Nganga Muzambù - babalawo - pessoa preparada para jogar búzios.

Kutala - Herdeiro da casa.

Mona Nkisi - Filho de santo.

Mona Muhatu Wá Nkisi - Filha de santo (mulher).

Mona Diala Wá Nkisi - Filho de santo(homem).

Tata Numbi - Não rodante que trata de babá Egun(Ojé).

http://www.maze.kinghost.net/candomble.aspx?id=bantu

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