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ORIXÁS, UMBANDA E CANDOMBLÉ

POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III

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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O QUE É AXÉ

A palavra Axé é de origem yorubá e é muito usada nas casas de Candomblé. Axé significa "força, poder, realização" mas também é empregada para sacramentar certas frases ditas entre o povo de santo, como por exemplo: Eu digo: - “Eu estou muito bem.” Outro responde: -“Axé!” Esse “axé“ aí dito equivaleria ao "Amém" do Catolicismo ("que Deus permita").

Mas, o Axé ainda pode significar a própria casa de Candomblé em toda a sua plenitude. Daí, uma Yalorixá também ser chamada de Yalaxé(Iyálàse), ou seja, “Mãe do Axé” ou a pessoa responsável pelo zelo do Axé ou força da casa de Orixá.

Axé também pode significar “Vida”. E tudo que tem vida tem origem. Chamar a vida é chamar o Axé e as origens. Os Orixás são Axé, os Orixás são Vida.

Agora, o que seria Contra-Axé?

O contra-axé são todas as estruturas de opressão e morte que destroem a vida das comunidades. O contra-axé ainda pode ser todas a quizilás e ewós dentro de uma casa de orixá e também certos tabus que cercam o omo-orixá.

Na tradição dos orixás, axé também pode significar a "força das águas, do fogo, da terra, das árvores, das pedras" enfim de tudo que tem vida. Pois, o Candomblé é um culto de celebração à vida e a toda a força que dela advém, ou seja, o próprio culto, é o próprio Axé.

http://www.guardioesdaluz.com.br/ketudois.htm

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

MEMÓRIA DO CANDOMBLÉ , PATRIMÔNIO EM ALAGOAS

Na maior casa da memória alagoana, o Instituto Histórico e Geográfico, tem um tesouro acomodado em seis estantes. Por trás dos vidros, pedaços de um quebra cabeças que atravessou o século como testemunha fundamental na narrativa histórica da organização religiosa de matriz africana em solo alagoano. Considerado um dos maiores e mais raros conjuntos de artefatos do candomblé nacional, a coleção Perseverança passa por um processo de reconhecimento, e tem agora uma chance inédita de fazer parte do patrimônio cultural do Brasil. A possibilidade de tombar essa raridade vem mexendo com a direção do IHGAL, já que outro projeto de reforma e expansão das instalações também está em desenvolvimento. Por outro lado, existe o questionamento se seria o Instituto - de iniciativa privada - e não um espaço público, o local ideal para apresentar a muitos um fragmento importante para se entender o que representa a religião afro-brasileira em Alagoas, onde a liberdade de culto foi moeda na derrubada de adversários políticos.

Atualmente os artefatos passam por um processo de inventário organizado pela antropóloga paulista Maria Paula Adinolfi, que usará a tese de doutorado para defender o tombamento das peças junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan. A pesquisadora chegou até a coleção por meio de artigos publicados e a indicação de colegas sobre o acervo, que teve uma catalogação organizada na década de 1970, por Abelardo Duarte, historiador que pediu e recebeu o acervo. No catálogo feito por Duarte, consta a visita de estudiosos importantes como Gilberto Freyre, que de passagem pelo museu observou a singularidade dos objetos, acomodados improvisadamente na sede da Sociedade Perseverança. "Sobre as peças, Gilberto Freyre destacou características nunca observadas em outras coleções país a fora, que corriam o risco de serem vendidas para coleções particulares", escreveu o historiador.

No conjunto, consta uma série de paramentos de cabeça, peitorais, abebés, pulseiras, pentes, objetos de assentamento como ferros, leques, arcos e flechas e outras ferramentas de orixás como Iemanjá, Oxum, Oxossi, e diversas divindades. Há também instrumentos musicais como xerés, gonguês e um único tambor, tudo disposto de forma aleatória, sem uma sequência lógica, constando apenas a referência quanto ao significado dos objetos. "Ao visualizar as peças fiquei encantada com o acervo, especialmente as esculturas, que preservam um traço único, não me lembro de ter visto nada parecido. Alguns paramentos dão indícios de que foram trazidos da África", ressalta a antropóloga. Apesar dos esforços em preservar todo o conjunto, algumas peças estão seriamente danificadas, em parte pela ação do tempo e também pelo acondicionamento. As esculturas de madeira estão com cupim, os materiais de fibras e palhas estão se desmanchando. A preocupação de Paula nesse caso é a falta de artesãos que trabalham com materiais de qualidade equivalente, difíceis de encontrar em qualquer lugar. "Hoje as peças são produzidas em larga escala e são usados isopor, papelão e tecidos de fibras sintéticas, creio eu que tudo tenha sofrido influência de rituais como o carnaval. Mesmo sem um profissional restaurador, a fragilidade do acervo pede que seu tombamento seja realizado imediatamente", concluiu.

IHGAL espera tombamento do acervo e expansão

O presidente do Instituto, Jaime de Altavila está animado não só com a possibilidade de tombamento e organização das peças, mas pela aquisição e tombamento do prédio que pertencia a Sociedade Perseverança, e depois a Associação do Comércio de Maceió, prédio de arquitetura imponente, vizinho do IHGAL que quase foi derrubado para dar lugar a um estacionamento. De acordo com Altavila, com a reforma todo o acervo ficará dividido entre os dois prédios, com a biblioteca e hemeroteca na Perseverança e as coleções museológicas distribuídas nas instalações do Instituto. O recurso da aquisição do imóvel veio do apoio do Governo do Estado, através da secretaria de Planejamento. "Nós temos a certeza de que o projeto de reforma será aprovado porque o recurso já está no orçamento para 2011. Quanto ao acervo, à diretoria sabe que ele está sendo cuidado por uma pessoa muito preparada, e assim como a coleção arqueológica, o acervo afro caminha rumo ao tombamento", frisou. O professor colocou ainda que as dificuldades financeiras e a falta do incentivo do poder público - cortado desde 1998 - reduzem o horário de expediente do IHGAL para apenas as manhãs, o que dificulta o acesso da população, sobretudo dos estudantes.

"Peças continuam sacralizadas"

O historiador e babalorixá Célio Rodrigues é um profundo conhecedor da trajetória religiosa de matriz africana em Alagoas. Estudioso assíduo dos acontecimentos que cercam a nossa memória, Rodrigues é um dos maiores detentores de informações a cerca do significado das peças da coleção Perseverança, assim como sabe muitos detalhes a cerca do dia do "Quebra", em que elas foram destituídas forçadamente dos seus devidos lugares. De acordo com seus estudos, os artefatos foram subtraídos de casas de Xangô localizadas no Prado, Centro, Jaraguá e Poço. Pai Célio ainda fala sobre toda a carga espiritual contida nos objetos, arrancados dos terreiros ainda sacralizados.

O babalorixá defende que a coleção seja acomodada num espaço público, ambiente religioso ou num museu afro, facilitando assim o acesso das pessoas. "Ali está a memória materializada da nossa origem, das primeiras casas de candomblé que a história registra, comprovando que a religião de matriz africana também tem origem alagoana e aqui nós tínhamos características singulares, a exemplo do Xambá, culto a Dan, a serpente sagrada, cujos objetos de ferro fazem parte da coleção.

Outros elementos como as muletas em madeira de Xangô, que na lenda perdeu uma perna em batalha com Ogum, também são exclusividades nossas. Incomoda-me o fato delas estarem detidas numa coleção particular, apesar de saber que foram doadas ao IHGAL", esclarece. O acervo foi doado oficialmente ao Instituto, e segundo o presidente, dentro do estatuto há uma cláusula determinando que nenhuma peça de coleções seja retirada de seu domínio.

Para entender a história

Para contar a história da coleção Perseverança é preciso ir até fevereiro de 1912, período em que os artefatos deixaram de compor os altares e terreiros de casas de Xangô para virar o quinhão na vitória de uma facção política sobre a outra. Euclides Malta controlava as contas públicas do Estado havia doze anos quando Fernandes Lima decidiu derrubá-lo do governo. Para fechar o cerco sobre o adversário, Lima usou como arma a simpatia e o envolvimento de Malta com o candomblé e o preconceito dos cristãos sobre as crenças dos escravizados. Pôs-se então uma verdadeira guerra dos grupos, tendo como argumento a soberania da santa igreja católica em combater às práticas tidas como demoníacas. No entanto também representava a inversão de papéis no poder e controle de Alagoas. Assim que Malta foi destituído do cargo, a milícia prometida - denominada Liga dos Combatentes Republicanos - em apenas uma noite atacou e destruiu com uma violência brutal alguns dos terreiros mais importantes da capital.

Os algozes queimaram boa parte dos objetos, mas fizeram questão de recolher alguns exemplares para promover um grande escárnio e ridicularizar os religiosos de Xangô. As peças percorreram praças públicas, delegacias, foram para a sede da Liga dos Combatentes e depois entregues ao museu da Sociedade dos Caixeiros Viajantes, onde passaram muitos anos esquecidas no porão do prédio. Só na década de 1950 os historiadores Aberlardo Duarte e Théo Brandão tiveram acesso ao material que resistiu ao tempo. Catalogadas e acomodadas, os objetos históricos raros para os pesquisadores e sagrados para os religiosos atravessam as gerações, lutando agora para sobreviver ao desgaste do tempo. Esse momento de intolerância ainda se repetiu durante muitos anos, com perseguições constantes aos simpatizantes do candomblé, que refugiados em outros Estados acabaram sofrendo influências étnicas, embora nunca tenham mudado a forma de cultuar seus deuses. Para relembrar o dia do "Quebra de Xangô", 02 de fevereiro, foi instituído o dia de combate à intolerância religiosa. Nessa data, diversos representantes de matrizes africanas se reúnem e rememoram o acontecimento que marcou a vida dos antepassados e a memória dos alagoanos.

http://www.asemanaweb.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=405&catid=60

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