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ORIXÁS, UMBANDA E CANDOMBLÉ
POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III
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sábado, 8 de outubro de 2011
Elementos usados em Ebós - parte III
Otin-olojé (gim ou genebra)
Aguardente com as Bagas do Zimbro fermentado.
Considerado a bebida da riqueza como relara o Ésé do Odu Òtúràrété.
Por sua característica quente, ativa e refrescante, é utilizado para ativar, acordar, excitar a energia de Egungun, Orisha e Ori em Ibori.
Por sua característica excitante é bem peculiar ao poder masculino favorecendo prazer, satisfação.
Contrapartida não é aconselhável usar qualquer tipo de aguardente de forma aleatória para as Iyaami e qualquer espírito feminino, nem mesmo no culto de qualquer Ancestral Feminina recém desencarnada, porque a bebida alcoólica tem o poder de estimular reações e efeitos caóticos quando ofertado a qualquer classe de Espírito feminino.
Enquanto no culto de Osanyin o Otin-Olojé é de grande eficácia para acionar o Ashè das Ewe (essência das folhas), utilizando-o puro para macerar ou após pilar as folhas, principalmente para o Awé (banho) de purificação, expurgação de má energia, etc.
Sekete (cerveja de milho ou qualquer outra cerveja fermentada).
Processo de preparo do Shekete:
2 k de Milho fresco moído depois adicionar uma casca de laranja da terra, ½ k de açúcar mascavo, 200 ml de melado de cana.
Deixe a mistura fermentar durante a noite inteira até no outro dia, no mínimo, no dia seguinte coar espremendo bem o líquido e colocar no fogo até ferver, uma vez que o liquido entrar em ebulição o Shekete está pronto, então é só engarrafar e fechar a garrafa com uma rolha e guardar a garrafa deitada.
O bagaço do Shekete que foi coado deve ser bem espremido depois frito com cebola e manteiga, quando se mistura um pouco de feijão fradinho cozido.
*** Por ser obtido através do processo de fermentação o Shekete é utilizado a fim de excitar, ativar, avivar, intensificar, atiçar, levantar, melhorar, fazer saltar, fermentar o sucesso financeiro, abundância, consideração e produtividade. Portanto é muito utilizado principalmente no culto de Ogun, Oshun, Orunmila, Ori e Egungun.
Emù-Aguró (vinho da palmeira), Por ser fornecido pela Palmeira sagrada é utilizado no culto de Ogun, Esù, Orunmila, Ori e Ancestrais masculinos.
No culto à Obatala é utilizado para advertir a sua origem, porém jamais lhe é ofertado.
Otinreke (cachaça), é somente usado nos ritos dos Oku-Egun (mortos recentes). Jamais é utilizado como oferenda à Ori, Orisa’s e nem mesmo Eshù, porque não tem qualquer função no culto à Vida.
Epo (azeite de palma), por sua cor avermelhada muitas vezes é substituinte do Sangue vermelho animal é utilizado em muita quantidade para apaziguar principalmente as Iyami e Eshù, porém ainda por sua característica emoliente muito suave, é utilizado em grande quantidade para abrandar situações hostis e também aqueles Orisha’s mais violentos, como Ogun/Logun/Osoosi, Shango, Obaluwaiye, etc. Ou seja, o Epo é utilizado em muita quantidade para amolecer ou agradar a todos os Orisa’s e Ancestrais, mas principalmente Esù e as Iyami, exceto diretamente para Obatala em seu culto, no entanto é muito utilizado para Ori.
OBS: No caso de ativar ou acender o Ashé de um Orisa num rito, após a utilização do Otin-Olojé o Epó deve ser utilizado em pouquíssima quantidade, apenas gotejando-o.
Omi tutu (água fresca), por ser o elemento branco que corre nas entranhas da terra, é considerado o sêmen feminino, ainda por sua característica refrescante tem o poder de apaziguar situações hostis ofertando à Ori, Orisa’s masculinos e os Ancestrais, mas para as Iyami o Omi é totalmente indiferente, não apazigua, serve somente como elemento para saudá-las e reverenciá-las.
Adin (Óleo branco extraído do cerne do coquinho do Dendê); por sua característica refrescante, macia e a principio de cor branca, é utilizado amplamente no culto de Obatala, mas um tabu rigoroso para Esù, pois tem a função de excitá-lo demasiadamente (não esquecendo que Eshù já é uma energia naturalmente dinâmica), podendo ser caótico.
Otiburú (vinagre ou vinho azedo).
Alumãn (café). Sagrado para Osanyin e Egungun.
Por Alexandre de Oxalá - Baba Alaiye
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