A Deusa Iemanjá dança o seu Poder representando a origem mitológica da humanidade, unindo o passado e o futuro, materializando um presente sempre eterno, através do despertar da consciência do que somos aqui e o agora, neste exato momento de nossa existência, pois sem passado não ha futuro, sem saber de onde viemos não sabemos o que somos, nem para onde vamos.
Compreender e aceitar Iemanjá, equivale a compreender e aceitar a nós mesmas, por que este entendimento, nos encaminha à nossa individualidade, à descoberta dos Ser único que somos, como somos e porque de nossa existência.
O mito desta Deusa das Águas, é o mito de toda mulher, enquanto Criadora e força motriz de toda Vida, que não só omeça na água, como depende dos ciclos da Lua, intensamente vividos por nós, e que propaga a existência, nas mudanças de todas as coisas, num interminável nascer, viver, morrer, e novamente renascer, nas “Águas da Mãe Iemanjá”.
SITE FONTE magiabruxa.com/serie-deusas-iemanja
_____________________________________
O Arquétipo de Yemanjá
O arquétipo psicológico de Yemanjá é a delicadeza, o refinamento, a beleza, a feminilidade e a transformação constante. Yemanjá não tolera desonestidade, maledicência, mentira e traição. Os adeptos consagrados a Yemanjá são bonitos e imponentes, por onde passam chamam a atenção de todos; são francos e verdadeiros, primam pelo caráter reto e abertura para o novo e o desconhecido.
Sejam homens ou mulheres, têm sempre um comportamento ético, são gentis, amorosos, dotados de discernimento e autoconfiança. Mas, como o mar, surpreendem, podem mudar de repente, irritam-se quando contrariados em seus princípios e podem agir intempestivamente.
O dia da semana dedicado a Yemanjá é o sábado. As suas cores são: branco, prata, azul-claro e cor-de-rosa. Suas filhas, incorporadas, usam roupas luxuosas em azul-claro e prata; na cabeça, portam uma coroa prateada com franjas de cristal branco e azul encobrindo o rosto. Na mão direita, Yemanjá carrega um abebê prateado (um tipo de espelho) no qual se olha enquanto dança, movendo os braços e as cadeiras em movimentos ondulatórios.
As oferendas de comida: milho branco cozido com mel, bolo de arroz com mel. Animais consagrados: pata, galinha e cabra, todas brancas. No sincretismo, ela é identificada com Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora das Candeias, variando de acordo com algumas regiões do país. O dia 2 de fevereiro é o dia do ano dedicado a Yemanjá, quando lindos festejos acontecem em todo o Brasil, especialmente em Salvador, Bahia.
No Brasil, no dia 31 de dezembro, adeptos ou não, muitos brasileiros costumam levar oferendas a Yemanjá até o mar. Entram no mar e pulam sete ondas antes de oferecer flores brancas à deusa, para que ela os abençoe com saúde, amor e prosperidade. As casas de candomblé e de umbanda se reúnem numa grande festa coletiva para saudar a rainha do mar.
A saudação feita a esse orixá é: Odôiá! E Odô-Ífé-Iabá!
Para Saber Mais:
Marilu Martinelli é jornalista, escritora, educadora especialista em Educação em Valores Humanos, professora de Mitologia e Filosofia Oriental.
Email: gayatriml@estadao.com.br
Site: www.marilu.martinelli.nom.br
__________________________________________
ARQUÉTIPO DA MATERNIDADE
Iemanjá é por excelência, arquétipo da maternidade. Casada com Oxalá, gerou quase todos os outros orixás. É tão generosa quanto as águas que representa e cobrem uma boa parte do planeta.
Iemanjá é o útero de toda a vida, elevada à posição principal da figura materna no panteão de iorubá (Ymoja). Seu sincretismo com a Nossa Senhora e a Virgem Maria lhe conferem a supremacia hierárquica na função materna que representa. É a Deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional. Ela é "toda ouvidos" para escutar seus filhos e os acalenta no doce balanço de suas ondas. Ela representa as profundezas do inconsciente, o movimento rítmico, tudo que é cíclico e repetitivo. A força e a determinação são suas características básicas, assim como o seu gratuito sentimento de amizade.
Como Deusa da fecundidade, da procriação, da fertilidade e do amor, Iemanjá é normalmente representada como uma mulher gorda, baixa, com proeminentes seios e grande ventre. Pode, também como já falamos, aparecer na forma de uma sereia. Mas, não importando suas características, ela sempre se apresentará vinculada ao simbolismo da maternidade.
Iemanjá surge nas espumas das ondas do mar para nos dizer que é tempo de "entrega". Você está carregando em seus ombros um fardo mais pesado do que possa carregar? Acha que deve realizar tudo sozinha(o) e não precisa de ninguém? Você é daquelas pessoas que "esmurra ponta de prego" e quer conseguir seu intento nem que tenha que usar à força? Pois saiba que a entrega não significa derrota. Pedir ajuda também não é humilhação, a vida tem mais significado quando compartilhamos nossos momentos com mais alguém. Geralmente esta entrega ocorre em nossas vidas forçosamente. Se dá naqueles momentos em que nos encontramos no "fundo do poço", sem mais alternativas de saída, então nos viramos e entregamos "à Deus" a solução. E, é exatamente nesta hora que encontramos respostas, que de maneira geral, eram mais simples do que imaginávamos. A totalidade é alimentada quando você compreende que o único modo de passar por algumas situações é entrega-se e abrir-se para algo maior.
Quando abrimos uma brecha em nosso coração e deixamos que a Deusa atue em nós, alcançamos o que almejamos. Entrega é confiança, mas tente pelo menos uma vez entregar-se, pois lhe asseguro que a confiança virá e será tão cega e profunda quando a sua desconfiança de agora. O seu desconhecimento destes valores, escondem a presença de quem pode lhe ajudar e provocam sentimentos de ausência e distância. Não somos deuses, mas não devemos nos permitir viver à sombra deles.
.
.
O QUE MAIS LHE INTERESSA SOBRE ORIXÁS:
SOBRE O SEU ORIXÁ DE CABEÇA:
Páginas Visitadas
ORIXÁS, UMBANDA E CANDOMBLÉ
POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III