Nem seria preciso falar do poder de Xangô, porque o poder é a sua síntese. Xangô nasce do poder e morre em nome do poder. Xangô é o orixá que é rei, absoluto, forte, imbatível: um déspota. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda no seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os Orixás, nenhum possui mais axé que outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o Orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um Orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel? Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem os seus devotos.
. Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, o poder dos Iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô foi o grande representante do poder porque soube inspirar credibilidade aos seus súbditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo todos, especialmente com o seu sentido de justiça muito apurado. No caso de Xangô, a sua retidão e honestidade superam o seu caráter arbitrário; as suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado. Xangô expressa a autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo.
. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho.
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ORIXÁS, UMBANDA E CANDOMBLÉ
POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III