Yewa é a divindade do rio Yewa.
Na Bahia é cultuada somente em três casas
antigas, devido à complexidade de seu ritual.
As gerações mais novas não
captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, daí se
ver, constantemente, alguém dizer que fez uma obrigação para Yewa , quando
na realidade o que foi feito é o que se faz normalmente para Osun ou Oya.
O desconhecimento começa com as coisas mais simples como a roupa que
veste, as armas e insígnias que segura e os cânticos e danças, isso quando
não diz que Yewa é a mesma coisa que Osun, Oya e Yemoja.
Pai Cido da Oxum (que tem uma filha desse Orixá, Gabriela), esclarece:
“Ewá – Esta é a divindade do rio Yewá, que corre na África paralelamente ao rio de Ògún, em certas lendas é frequentemente confundida com Yemonja. No Brasil, principalmente na nação Kêtu, não há qualquer confusão com relação à Ewá, ela é a guerreira caçadora, esposa do rei Omolu, companheira de Osúmaré e irmã de Osún.”
Omindarewá escreve:
“Iewá, na Nigéria, nasce num rio e é ligada à água. Pierre Fatumvi Verger se refere a ela como uma espécie de Yemanjá. Também é considerada como a parte feminina de Oxumarê.
É uma caçadora, uma amazona.
Ligada a Ode: vive na floresta, no meio dos bichos.
Ligada a Irokô: só ela pode descansar em suas raízes, no alto da noite.
Ligada a Oxumarê: casada com ele, mora na casa de Omolu.
Ligada a Obaluayê e a Nanã: na hora da morte, ela transforma o ser vivo em cadáver.
Junto com Oxumarê e Nana: ela ajuda a modelar a terra primordial.
Também conhecida como Ìyá Wa. Assim como Iemanjá e Oxum, também é uma divindade feminina das águas e, às vezes, associada à fecundidade. É reverenciada como a dona do mundo e dona dos horizontes. Em algumas lendas aparece como a esposa de Oxumarê e pertencendo a ela a faixa branca do arco-íris, em outras como esposa de Obaluaiê ou Omulu.
Orixá que protege as virgens e tudo que é inexplorável. Ewá tem o poder da vidência, Sra. Do céu estrelado rainha dos cosmos. Ela está o lugar onde o homem não alcança.
Na verdade ela mantém fundamentos em comum com Oxumarê, inclusive dançam juntos, mas não se sabe ao certo se seria a porção feminina, sua esposa ou filha.
Quando cultuada na nação Keto, Ewá dança, ilu, hamunha e aguerê, Na cultura jêje, onde suas danças são impressionantes, prefere o bravun e o sató e dança acompanhada de Oxumare, Omolu e Nanã.
Nas festas de Olubajé, Ewá não pode ser esquecida, deve receber seus sacrifícios, e no banquete não pode faltar uma de suas comidas favoritas; banana-da-terra frita em azeite.
Na África, o rio Yewá é a morada dessa deusa, mas sua orígem gera polêmicas. A quem diga que, a exemplo de Oxumaré, Nanã, Omulú e Iroko, Ewá era cultuada inicialmente entre os Mahi e foi assimilada pelos Iorubás e inserida em seu panteão. Havia um Orixá feminino oriundo das correntes do Daomé chamado Dan. A força desse Orixá estava concentrada em uma cobra que engolia a própria cauda, o que denota um sentido de perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina.
Ewá seria a ressignificação de Dan ou uma de suas metades –A outra seria Oxumaré. Existem, porém, os que defendem que Ewá já pertencia à mitologia Nagô, sendo originária na cidde de Abeokutá. Estes, certamente, por desconhecer o panteão Jeje –No qual o Vodun Eowa, da família Danbirá, seria o correspondente da Ewá dos Nagô, –Confundem Ewá com uma qualidade de Yemonjá. Erram porque Ewá é um Orixá independente, mas sua orígem não se esclarece sequer entre os Jeje, pois em respeitados templos de Voduns afirma-se que Eowa é Nagô.
Eowá foi uma cobra muito má e por isso foi mandada embora. Acabou encontrando abrigo entre os Iorubás, que a transformaram em uma cobra boa e bela, –A metade feminina de Oxumaré. Por esse motivo, Oxumaré e Ewá, em qualquer ocasião, dançam juntos.
Descrição
Filha de Oxalá e Iemanjá, é uma deusa casta, que tem o poder de se tornar invisível e de penetrar nos mistérios de Ifá (o deus da adivinhação). Seus domínios são as ilhas e penínsulas, o céu estrelado, a chuva e a faixa branca do arco-íris. No sincretismo religioso, está associada a Nossa Senhora das Neves. É a cobra fêmea do candomblé, que não dorme, sendo portanto, a senhora das vistas. Preside sobre a prisão. No caso do assentamento, se difere das Yabgàs somente porque seu igbà é uma cobra de metal amarelo, enroscada, que fica sobre o Otà. Suas cores são o amarelo e o vermelho, em algumas casas a fusão destas duas cores, o laranja. Sua saudação Yewà Y rò.
Ewá é orixá que representa o encontro da terra com o céu, ou do céu com o mar, representa os horizontes, as passagens e as transformações.
Por isso se diz também que ela está nos cemitérios, fazendo a transformação dos corpos e auxiliando a passagem dos espíritos para outras dimensões.
Hoje é pouco cultuada, pois dizem que os antigos sacerdotes levaram consigo seus segredos sobre o culto de Ewá. No entanto ainda podemos vê-la dançar em alguns terreiros.
Alguns a consideram a esposa de Oxumarê, mas a maioria dos babalorixás e ialorixás nega isto, dizendo que a esposa de Oxumarê é Aracá e não Ewá.
EWÁ NOS CANDOMBLÉS:
É um vodum jeje incorporado ao rito ketu. No jeje tem o mesmo nome e no angola é considerada qualidade de Oxum.
http://toluaye.wordpress.com/2008/04/26/historia-lenda-mitologia-e-logia-dos-orishas-oba-e-ewa/
http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/Ewa.html
http://br.oocities.com/lardeogum/orixas/Orixa_Ewa.htm
http://www.choupanadeobaluaie.com/novo/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=35&Itemid=54&limitstart=9
Imagem: http://felicidadenosorixas.blogspot.com/2010/08/caracteristica-dos-filhos-de-ewa.html
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