VOCABULÁRIO
Abiku
Na Religião Yorùbá, acredita-se que: são crianças que terão passagem curta pela terra, ou seja, não viverão por muitos anos.
Nas religiões afro-brasileiras existe ainda uma explicação que diz:
os Abiku, se constituem numa sociedade de espíritos, onde a regra é vir à Terra (encarnar) mas viver apenas por um curto período. Sabe-se que antes de encarnar o espírito se compromete com a comunidade dos Abiku, à qual pertence, de voltar o mais rápido possível, estabelecendo inclusive, data e hora. Existem ebós para quebrar esse pacto do espírito com a sociedade dos Abiku, permitindo assim, que o espírito viva por mais tempo na terra.
Na terra dos yorubás, acredita-se que quando nasce um Abiku significa que a família tem dívidas espirituais a pagar; por isso o nascimento de uma criança que necessitará de muitos cuidados espirituais para evitar sua morte prematura — o que sempre é um sofrimento para os pais. Assim como o nascimento de gêmeos, Ibeji é uma grande honra e uma grande alegria para a família, o nascimento de um Abiku é sinal de problemas e de preocupações.
Esses espíritos pertencem ao egbé Abiku e não a um egbé da terra. Por isso sua forte ligação com o orun e sua necessidade de sempre tentar voltar ao seu egbé, o que pode causar a morte prematura da criança entre o primeiro e o sétimo ano de vida.
Aboró é o termo usado para definir os Orixás masculinos como: Ogum, Oxóssi, Obaluaiyê, Xangô e outros.
Vodun Abuk (abuquê)
– De acordo com a cultura Fon, foi a primeira mulher a surgir. Patrona das mulheres e dos jardins, seu fetiche é uma pequena serpente.
No Brasil é conhecida como Abuqué Na mitologia Dinka (ao sul do Sudão), Abuk é tida como a primeira mulher. Ela é a divindade protetora das mulheres e jardins. O emblema dela é uma serpente de pequeno porte. Ela é a mãe de Denka. Divindade esta que rege o céu, chuva e fertilidade. Este faz as vezes de Dàn Ayìdóhwedo.
Os Dinka fazem parte de um grupo étnico oriundo do sul de Sudão. A divindade suprema e criadora deles chama-se Juok (também Jok, Juong e Dyok); ele está presente em tudo da criação, e controla os destinos de todo humano, plantas e animais da terra. O termo "Jok" também faz alusão a um grupo de espíritos ancestrais. Fica evidente que esta divindade de cunho excelso faz às vezes de Aviévodún ou o ser supremo para o Fon.
Agassu, Agassou - Herói mítico fundador da linhagem dos kpòvĭ (filhos do leopardo). Teria sido gerado pela princesa Alìgbonon, filha do rei da cidade Adjá de Tadô ou Sadô, às margens do Rio Mono, no atual Togo, depois de um encontro com um leopardo. Seu nome significa "bastardo". Malgrado esse apelido aparentemente injurioso, seus descendentes fundaram os reinos de Allada, Porto Novo e Abomei no atual Benin, constituindo-se nas bases institucionais fundamentais dos fon.
Agassu é cultuado como vodun nas três cidades governadas por seus descendentes, mas seu culto mais importante esta é Abomei onde seu sumo-sacerdote, o Agassunon, possui o papel de chefe de cultos dentro na cidade. Seu emblema é o leopardo, cuja pele faz parte das insígnias tanto de rei como do Agassunon, e seus iniciados são chamados de Hogbonutó (nativos de Hogbonu Porto Novo) pois atribui-se a esta cidade o local do aparecimento culto de Agassu como vodun. Ele é, ao mesmo tempo um atinmé-vodun e um hunvé, ou seja, um vodun "vermelho".
Outra definição
Agassou é uma divindade do Vodu. Seria um antigo rei do Daomé, cuja mãe seria humana e o pai um leopardo.
Agbê é o Vodun senhor de hu, o mar. Está entre os Tô-vodun, cultuado sobretudo pelos hweda, nas circuvizinhanças de Uidá e Grande Popo, no Benin. Ele foi o terceiro filho de Mawu, gerado com sua irmã gêmea Naeté. Ele é representado por uma serpente, um símbolo que representa tudo que é perene. Um de seus filhos mais temidos é Dan Toxosu, que manifesta sua própria imagem, nos nascimentos de bebês com deformações físicas, pois os fon consideram que crianças com deformidades são protegidos por Tohosu ou Toxosu (lê-se: Torrossu). A festa anual de Agbê (chamada Gozìn), que celebra a aliança entre os homens e o mar, ocorre em Grande Popo no litoral sudoeste do Benin (antes, em Uidá) todo dia 10 de janeiro, dia que o governo beninense decretou em 1996 como feriado nacional, dedicado à herança ancestral da tradição vodun. A cerimônia, muito concorrida por iniciados do culto vodun vindos de várias partes do Benin, mas ainda também do Togo, Haiti, França, Canadá, EUA e Brasil, é dirigida pelo mais respeitado sacerdote de Agbê entre os fon, que é o Daagbo Hunon, cuja tradição remonta ao Século XIV. Para muitos, o Daagbo Hunon é o mais importante sacerdote de toda a religião dos voduns.
Aluvaiá - É um nome pelo qual é conhecido o orixá Exu em candomblés de Nação Angola. O nome provavelmente é originário do Tupi-Guarani, talvez uma variação de Saravaia que é o nome na "língua geral" que o Padre José de Anchieta deu ao Diabo no seu Auto de São Lourenço. Intermediário entre os seres humanos e o outros inkice.
Avlekete
é a filha caçula de Agbê e Sô era como chamavam Khevioso, Hevioso ou Heviossô
Na verdade, muitos consideram com sendo um vodun jovem, do elemento fogo (Hevioso), mas que tem estreita ligação com os voduns das águas (Aziri ou Azili)
É cultuada no Xambá como Afrekete.
No tambor de mina do Maranhão, Averequete é um vodum jeje-nagô masculino sincretizado com São Benedito e é invocado geralmente para abrir as 'portas' para os demais encantados, sobretudo os caboclos.
Toy Averequete tem clara relação com as águas salgadas pois em grande parte dos cânticos a ele entoados é chamado 'rei do mar'.
Há também uma variante mais jovem deste vodum, (A)Verequetinho que tem ligações com a orixá Ewá.
Axabó
é um Orixá feminino africano, cultuado na Bahia, mas pouco conhecido, é da família de Xangô.
Os Ayi-vodun
são os voduns da terra, considerados de extrema importância na mitologia fon por controlarem a fertilidade da terra, as doenças e a duração da vida, enfim, a própria morte. O chefe dos Ayi-vodun é o vodun Sakpatá o Rei do Mundo, senhor da terra e da varíola. A família deste vodun é numerosa e seu culto bastante disseminado entre os Ewe-fon, da mesma forma que o culto de Ayizan, também pertencente ao segmento dos Ayi-vodun, como também Dan e Dangbê. Aparentemente, os Ayi-vodun são os que tem mais iniciados dentro do culto vodun.
Ayizan, cujo nome significa "A esteira da terra"
é um vodun feminino dos mais importantes na cosmologia fon. Ela é considerada a dona dos mercados e dos espaços públicos, onde as pessoas se encontram e interagem. Para alguns, ela é considerada a primeira divindade cultuada pelo primeiro ancestral. A ela também é atribuído o dom da palavra e da comunicação e desta forma está estritamente ligada à Legba, a quem muitas vezes é associada como mãe ou esposa. Sua representação é um montículo de terra colocado no meio das praças de mercado coberto de muitas rodilhas de dezan (palmas ainda verdes e desfiadas de dendezeiro), onde os comerciantes fazem oferendas. Ayizan também é cultuada nos hunkpame, onde é responsável pelos neófitos em processo de educação, sendo seu montículo sagrado colocado no agbassá (espaço mais externo ou ante-câmara), ou no agbaji (espaço mais interno) dos conventos. O culto de Ayizan é de origem hwedá e é forte sobretudo na região de Uidá, no Benim.
É cultuada no Candomblé Jeje como Ayizan, Averecuêto, na Casa das Minas como Averequête e no Xambá como Afrekete.
No vodou haitiano o Loa Aizan (também chamado de Gran Aïzan) é considerado a senhora da pureza ritual e a Mambo, ou sumo-sacerdotisa iniciadora (como a iyalorixá no Candomblé) arquetípica, sendo homenageada em primeiro lugar nas cerimônias. Nas iniciações do vodou, a presença de Aïzan é marcada pela rodilha de palma desfiada de dendezeiro (dezan), que os neófitos usam ao sobre a cabeça ao ingressarem na reclusão iniciática.
No Vodou, e especialmente no Haiti, Ayizan (também Grande Ai-Zan, Aizan, ou Ayizan Velekete) é a loa do mercado e do comércio. Ela é uma raiz loa, associada com ritos de iniciação Vodoun (chamado kanzo).
Ela é sincretizada com a Santa Clara católica, seu símbolo é o palm frond, ela não bebe nenhum álcool, e é a esposa de Loko Atisou.
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