Havia uma vendedora de obis e orobôs que todos os dias, ao ir para o mercado,passava por um grande pé de iroco e lhe deixava uma oferenda, pedindo que ajudasse a engravidar, assim mais tarde, teria alguém para ajudá-la com a mercadoria que carregava na cabeça num pesado balaio e,
também companhia na velhice.
Prometia a Iroco um bode, galos, obis, orobos e uma série de oferendas da predileção do Orixá da Arvore.
A mulher concebeu e deu a luz a uma filha, esquecendo-se da promessa no mesmo instante. Ao ir para o mercado, escolhia outro caminho, esquivando-se de passar perto de Iroco, com medo que o Orixá cobrasse a promessa.
A menina cresceu, forte e sadia e, um dia a mulher teve necessidade de passar, com a filha, perto de Iroco. Não tinha outro jeito se não por ali. Saudou a arvore, sem se deter, e seguiu seu caminho, com o balaio na cabeça.
A criança parou junto a quem lhe tinha dado a vida (sem de nada saber), achando Iroco belo e majestoso.
Apanhou uma folha caída no chão e não se deu conta que a mãe seguia em frente, andando mais depressa que de costume, quase correndo. Quando a mulher percebeu que tinha caminhado ligeiro demais, já estava muito afastada da menina.
Olhando para trás. Viu a arvore bailando com a criança e falando da promessa abandonada. As enormes raízes abriram um buraco na terra, suficientemente grande para tragar a menina, propriedade do orixá.
"Quem prometer, que cumpra".
O culto a Iroko é um dos mais populares na terra yorubá e as relações com esta divindade quase sempre se baseiam na troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser pago pois não se deve correr o risco de desagradar Iroko, pois ele costuma perseguir aqueles que lhe devem.
http://www.orixas.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=33&Itemid=59
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iroko
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POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III