Como o Orixá Exú é entendido e cultuado pelos yorubás, na África.
É um Orixá indispensável dentro do culto, sem ele não existe Orixá, pois é ele que serve de mensageiro entre os Deuses e os seres humanos.
Exú é o guardião das casas, dos templos das cidades e das pessoas.
Toda vez, que for fazer algo a algum Orixá deve ser feito primeiro oferendas à Exú.
Ele pode ser considerado o mais humano dos Orixás, nem mau, nem bom.
Exú foi criado da mesma matéria divina da qual os seres humanos foram criados.
Como Orixá, diz-se que ele veio ao mundo com um porrete chamado Ogò, que teria a propriedade de transporta-lo, ele representa também toda a fertilidade que é consagrada a ele.
Mensageiro dos homens aos orixás.
Elemento dinâmico, caminha entre o céu ( orun ) e a terra ( aiyê ), sempre levando mensagens dos filhos aos orixás.
Exú é único, e como único tem o poder de transformar tudo a sua volta.
Exú está a frente da evolução do mundo, participando de tudo ao seu redor.
Todo ser humano possui seu Exú individual, como tem seu Orixá. Exú é responsável pela comunicação, pela evolução, pois está associado a atividade sexual, que assegura a continuidade da espécie humana.
Como é ligado a evolução, também é ligado ao destino das pessoas, e com isso pode circular livremente entre todos os elementos da terra.
Ele também representa o feminino e o masculino.
Exú, pôr ser o senhor dos caminhos, pela responsabilidade que ele tem, é o primeiro a ser cultuado em qualquer ritual.
Somente ele tem o poder de abrir ou fechar os caminhos, conforme for tratado.
Tanto pode trazer coisas boas, como má, pelo fato de estar sempre no caminho.
A presença de Exú é necessária, pois somente ele transporta as oferendas e somente ele pode fazer aceita-las ou não.
Se não louvado no início de qualquer ritual, pode haver um desequilibro, o que faria que ele fechasse os caminhos e liberasse forças negativas para castigar quem não o respeitou direito, pois ele pode punir ou proteger.
Se respeitado, ele somente semeia o bem, fertilidade, saúde, harmonia.
Seu local consagrado é a encruzilhada (orita), aonde todos os caminhos se cruzam, para poder observar e a partir daí, controlar todos os caminhos.
A rosa dos ventos o representa pois ela representa todas as direções do mundo. Diz-se que Exú nasceu com uma lamina sobre a cabeça. Isso por sinal, é dito em uma de suas saudações;
"Sonsó óbè kó lórì erù" ( A lâmina é afiada, ele não tem cabeça para carregar fardo)
Exú é considerado a terceira cabaça da existência, muito embora ele seja considerado como o primeiro Orixá a pisar na Terra, Oxalá é a primeira cabaça da existência e Oduduá é a segunda cabaça.
Èsù é um Òrìsà de grande importancia entres os Yorùbá.
Por ser muito corajoso e esperto, é considerado maior do que os outros Òrìsà, e nunca é esquecido por seus cultuadores que, fazem-lhe as oferendas de alimentos sempre em primeiro lugar.
Os Yorùbá acreditam que ele sempre carrega um objeto chamado Agongo Ogo, com o qual realiza suas magias .
A imagem de Èsù é feita de um conjunto de pedras (Yangi).
Fazem-lhe sacrifícios para mantê-lo em frente de casa, mas sua imagem jamais é mantida no interior do lar, pois Exú está nos caminhos.
É comum oferecer a Èsù, entre outros, bodes (Òbúko), azeite-de-dendê (Epò Púpà), galos (Àkùko), caracóis (Ìgbín), acaçá e Obí. Sobre sua imagem (Ère) colocam-se azeite-de-dendê (Epò Púpà) e sangue de animal ( Èjè), simbolizando seu banho por essas substâncias. Èsù é inimigo de alguns Òrìsà.
Pessoas pedem também fecundidade a esse Òrìsà.
Conseguindo-a, dão a seus filhos nomes que incluem o de Èsù, tais como Èsùtosin (É bom cultuar Èsù), Èsùbìyí (Nascido de Èsù) etc.
Èsù possui também outros nomes, como Elégbára, Elégbáa, Leégbá.
As cidades onde se cultua Èsù são:
Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta e Ekiti.
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