Ao Falarmos de Orixás estamos falando de Divindades de Deus e ao falarmos de Divindades de Deus estamos falando na renovação da fé no Criador através do tempo e das religiões.
Aprendemos que Deus gera tudo a partir do seu intimo e uma divindade ao ser
gerada é exteriorizada como manifestação individualizada de Deus e nessa parte ela é onisciente, onipotente, onipresente, e possui todas as qualidades do Divino criador naquele campo especifico.
A função das divindades é dar amparo e sustenção a toda a criação de Deus, e Ele não gera uma nova divindade a cada religião nascente. As divindades são geradas uma única vez e vão se renovando de acordo com a evolução e cultura dos povos e essa renovação se dá para melhor auxiliar-nos em nossa evolução e despertar da consciência.
Podemos citar como exemplo a divindade Afrodite, que era simbolizada na religião grega pelo amor, pela beleza, pela procriação, ou seja, a personificação de Deus individualizada na Sua qualidade do amor. E hoje essa divindade já renovada cultuamos na Umbanda como a divindade orixá mãe Oxum, a mãe do amor , da concepção e da beleza a qual reverenciamos como a individualização de Deus em sua qualidade do Amor Divino.
Tem um ditado que diz que nossos antepassados éramos nós em outras encarnações e seguindo essa linha de raciocínio, então dizemos que os antigos sacerdotes gregos, africanos e caldeus, somos nós hoje médiuns e sacerdotes renovados no culto a natureza através da Religião de Umbanda.
Toda religião precisa ser renovada tanto em culto como em conceitos, pois se não cai no ostracismo, ou não é verdade que através de uma vertente católica – RCC (Renovação Carismática Católica) surgida em meados de 1960 foi reforçado a fé e a alegria do culto ao nosso Mestre Jesus Cristo.
Então dizemos que em religião a renovação se faz necessário e divindade e religião são sinônimos de renovação na busca ao criador.
A Umbanda é uma religião regida pelo setenário sagrado, ou seja, é fundamentada nas sete linhas que é sete poderes ou sete irradiações divinas. O cristianismo é fundamentado no ternário sagrado, ou seja, três poderes da criação que foi classificado como: o Pai, o Filho e O espírito Santo. A Umbanda se fundamenta nesses sete poderes ou irradiações divinas que são as Sete Linhas de Umbanda e que não são sete orixás e sim sete poderes ou mentais divinos que rege toda a criação. As divindades infinitas em si mesma, todas elas irradiam-se a partir dessas sete linhas e assim como não existe um espírito santo, mas sim uma energia espiritual que envolve e imanta todos os espíritos que se santificaram e despertaram suas consciências superiores e como a Umbanda se fundamenta no setenário sagrado ou sete linhas de forças, todos seus mistérios estão ligados a esses sete poderes divinos e que estão representados através dos sete sentidos, dos sete elementos, das sete cores, dos sete símbolos etc. e assim como foram escolhidos dez mandamentos canalizados por Moises e que deram base a religião judaica e que servem de fundamento para a mesma embora sabemos que os mandamentos ou as leis de Deus são infinitas esses mesmos dez mandamentos renova-se em dois mandamento citado por Jesus Cristo que diz: Amarás o senhor teu Deus de todo o teu coração , de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande primeiro mandamento e o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Aqui não vamos discutir qual é o maior dos mandamentos e sim que cada um foi proferido e canalizado de acordo com sua época, cultura e necessidade e que cada um transmitiu algo de acordo com suas naturezas intimas e seus propósitos divinos, pois Moises serviu a lei e a justiça e Jesus serviu como emissário da fé e do amor, Jesus vêm para salvar e libertar dos pecados e não para punir ninguém e Moises venho para livrar seu povo da escravidão, libertar a vitima e punir o algoz. Novamente Deus se renova através de seus iluminados, o velho testamento com Moises e o novo testamento com Jesus Cristo.
Hoje as sete linhas estão renovadas e reinterpretadas como linha cristalina, mineral, vegetal, ígnea, eólica, telúrica e aquática, as sete linhas representadas por elementos da natureza encontrados em nosso planeta, já que a Umbanda é descrita como a religião do culto a natureza e nada melhor como representa-la como sete linhas de forças naturais, ou seja, da natureza terrestre e dentro desse conceito agregarmos os poderes e sentidos de Deus
Sabemos por exemplo que as cores e suas tonalidades são infinitas e exuberantes e sabemos que não existe somente sete cores e sim uma infinidade de cores e tonalidades, sabemos que uns atribuem ao Orixá Ogum a cor azul escuro, outros o vermelho e assim por diante e todos estão corretos pois Ogum por ser uma divindade possui todas as cores, mas cores estas atribuídas a lei que é seu sentido e ao ar que é seu elemento. Sabemos que o coração é um símbolo atribuído a Oxum, pois Ela representa o Amor Divino e rege esse sentido, com essa afirmação todos nós umbandistas concordamos, porem a Divindade Oxum não possui somente esse símbolo sagrado e sim uma infinidade de símbolos e signos sagrados ligados a ela. Sabemos que existe uma infinidade de Orixás nomeados e não nomeados e somente possuímos sete forças regentes que é de onde provem todos os orixás.
Tudo isto para dizermos que nós Umbandistas não podemos ser contra a renovação de nossa própria religião, pois tudo vai se amoldando com os novos tempos e culturas, pois os próprios Orixás vindos dos cultos da Nigéria se renovaram na Umbanda e em solo brasileiro passando assim a amparar-nos segundo as necessidades desse povo. Não podemos matar o novo, pois o novo é a certeza de que o velho será sempre perpetuado e renovado.
Fonte:
Pablo Araujo de Carvalho
http://www.webartigos.com/articles/53780/1/A-RENOVACAO-E-A-PERPETUACAO-DAS-RELIGIOES/pagina1.html#ixzz1C5Y2NmYY
.
.
O QUE MAIS LHE INTERESSA SOBRE ORIXÁS:
SOBRE O SEU ORIXÁ DE CABEÇA:
Páginas Visitadas
ORIXÁS, UMBANDA E CANDOMBLÉ
POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III
Seguidores
quinta-feira, 28 de abril de 2011
A RENOVAÇÃO E A PERPETUAÇÃO DAS RELIGIÕES
Marcadores:
A renovação e perpetuação das religiões