Orunmilá é o Orixá Senhor da sabedoria (ogbon) e do conhecimento (imo) , que tendo adquirido o direito de viver entre o orun (o além) e o aiyê (o mundo material) , tudo sabe e tudo vê na totalidade dos mundos. Por isso recebeu o título de gbaiye gborun : aquele que vive tanto no céu como na terra, transcendendo espaço e tempo.
Como testemunha da criação universal é chamado também de elerii ipin e detém o conhecimento do passado, presente e futuro do destino de todos os habitantes do aiyê e do orun em todas as dimensões cósmicas.
Na Terra, Orunmilá é quem apresenta o destino ao reencarnante por ocasião da sua concepção (kadara) e, mediante aceitação pelo livre arbítrio individual, libera o indivíduo para o ( re-) nascimento. Conhece todos os destinos e como propiciar o sucesso em todos os âmbitos, alem de revelar o Orixá pessoal de cada um, ou seja, a substância da qual cada um foi extraído na atual existência e como integrar o indivíduo a este princípio Divino.
Como a religião yorubá é totalmente baseada em mitos (itan) que constituem a literatura de Ifá, conta-se que,
" após permanecer na Terra por algum tempo, Orunmilá retornou ao orun, esticando uma longa corda pela qual ascendeu. Os seres humanos ficaram totalmente desorientados. O caos, a fome e a peste imperaram na Terra, já que ele era o porta-voz da vontade de Olodumare - a Suprema Divindade Universal. O ciclo de fertilidade das plantas e animais foi interrompido, trazendo ameaça de extinção. O clamor pela sua volta não foi atendido, mas deixou com seus filhos os 16 ikin (coquinhos de dendezeiro) , que se transformaram num importante instrumento de adivinhação denominado "ikin". Entregou os ikin instruindo que sempre que desejassem as coisas boas e realizações positivas na vida, deveriam consultar os coquinhos. Daí nasceu o sistema oracular denominado Ifá, que auxilia o ser humano na resolução dos seus problemas cotidianos, nos conflitos e nas dúvidas existenciais, como mediador entre o humano e o divino. Assim, Orunmilá é considerado o Pai do Oráculo."
Uma modalidade oracular mais simples é o ibo e a mais popular das três é o opele ifa. Apenas sacerdotes iniciados no culto de Orunmilá - os Oluwo e Babalawo – são credenciados para utilizar esses oráculos.
Os oráculos são baseados no sistema binário e comportam 256 combinações matemáticas que definem os caminhos de Odu, com seus milhares de itan (mitos) e owe (parábolas). Sua missão foi organizar as relações humanas, ajudar na doença, orientar nas contendas de todo tipo de assunto, valendo-se para isto dos itan relatados pelos Odu.
Todo o corpo filosófico da religião yoruba se resume nesses signos de Ifá – os Odu , que por sua vez se subdividem em caminhos com os respectivos itan, que são mitos de instrução, orientação e aconselhamento.
O nome de Orunmilá e o do sistema oracular opelê ifá muitas vezes se confundem e o culto a Orunmilá passou a ser conhecido como Ifá. Já o oráculo merindilogun – o popular jogo de búzios – mediante interferência do Orixá Exu, pertence a Oxun e pode ser consultado por sacerdotisas. No jogo de búzios utilizam-se 16 kawri (búzios) no qual respondem os 16 odu principais, num total de 70 caminhos e os orixás que respondem através deles. Independente da modalidade utilizada, para cada caminho há um itan a ser interpretado.
Na tradição religiosa yorubá, nada se empreende sem prévia consulta ao oráculo e todo procedimento ritualístico dele depende. Conforme informado anteriormente, o oráculo é a única opção autorizada e confiável quanto à definição do Orixá pessoal, responsável pela cabeça do ser humano.
Orunmilá é o interventor e defensor dos seres humanos, sempre tentando minorar os sofrimentos e dificuldades que enfrentam na saga das suas sucessivas existências na Terra.
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domingo, 20 de maio de 2012
ORUNMILÁ, PAI DO ORÁCULO SAGRADO
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sexta-feira, 18 de maio de 2012
Substituindo o uso do ejé animal (sangue) nas oferendas e ebós
Os três reinos da natureza são puros, limpos, necessários e abençoados, mas muitos cultos aos orixás não usam o sangue e essa energia é necessária sim em muitos tipos de ebós, então:
O axé do reino animal para substituir o uso de sangue pode ser feito com:
7 ovos frescos
4 taças de vinho tinto
1 taça de leite
1/2 taça de azeite de dendê
Mistura-se tudo e usa-se no preparo de comidas para os Orixás, principalmente Ogum e Exú Orixá. Pode ainda ser usado nas oferendas de Exús Guardiões e Pombas Giras, Malandros e Baianos.
O axé do reino animal para substituir o uso de sangue pode ser feito com:
7 ovos frescos
4 taças de vinho tinto
1 taça de leite
1/2 taça de azeite de dendê
Mistura-se tudo e usa-se no preparo de comidas para os Orixás, principalmente Ogum e Exú Orixá. Pode ainda ser usado nas oferendas de Exús Guardiões e Pombas Giras, Malandros e Baianos.
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Substituindo o ejé animal
Orixá de Cabeça
COMO SABER QUEM É MEU ORIXÁ
A maneira de você saber quem é o seu Orixá principal (de frente ou de Cabeça) é consultando um, Babalaô, Babalorixá ou dirigente de um Terreiro ou Barracão.
Muitos terreiros de Umbanda fazem esse atendimento de modo gratuito e previamente agendado. Outros terreiros de Umbanda cobram e o preço varia. Nas casas de Candomblé, esse atendimento costuma ser cobrado e ocorre em dia e hora marcados em consultas particulares.
Aconselho quem deseja saber quem é seu Orixá de Cabeça que procure uma das possibilidades acima citadas.
Pergunte a um amigo iniciado no Santo onde pode encontrar um Babalorixá ou um terreiro que ofereça essa consulta.
Mas aconselho a jogar mais de uma vez em intervalos de pelo menos 21 dias para confirmar, antes de ser iniciado a um Orixá.
Existem sites de terreiros na internet, pesquise e confira.
Quando souber, estude sobre o Orixá, se descordar muito, faça nova consulta, vale a pena, já que você sempre será filho de um mesmo Orixá em qualquer encarnação.
Por que algumas vezes, o oráculo (búzios ou obi) não responde.
Os motivos variam de interferências com o Babalorixá, com o consulente, com a energia do local. Essas interferências podem ser de eguns (espíritos obsessores, kiumbas, encostos), podem ser energéticas, emocionais, psíquicas e até físicas, como saúde, falta de preparo (pois o consulente não deve ter relações sexuais e abster-se de alcool e ainda algumas restrições alimentares. Deve estar tranquilo e preparado de modo adequado, se possível usar banhos de descarrego antes da consulta, etc).
Por isso é sempre bom consultar pelo menos 3 vezes. Muitos Pais de Santo (dirigentes) consultam uma única vez (para serem mais práticos ou terem menos trabalho, ou ainda por excesso de confiança ) e já mandam fazer o amaci (no caso da Umbanda), acho que deve-se pedir ao mesmo que repita o processo em outro dia para confirmar.
Você irá ouvir de tudo, como eu também já ouvi, mas ninguém é dono de poder ou verdade absoluta. Cuidado com as pessoas muito inseguras ou com as que apresentam um arrogante senso de autoconfiança. Fique ligado e siga sua intuição.
Um abraço
Walquíria
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Sabendo o orixá de cabeça
quinta-feira, 10 de maio de 2012
TIPOS DE EJÉ QUE EXISTEM
SANGUE VERMELHO:
REINO ANIMAL:
Corrimento menstrual,
sangue humano
e sangue de animais.
REINO MINERAL:
Cobre, bronze, etc...
SANGUE BRANCO:
REINO VEGETAL:
Seiva, sumo, álcool e as bebidas brancas extraídas das palmeiras e
alguns vegetais.
IYÊROSUN – pó branco extraído do IRÔSUN.
ORI – MANTEIGA VEGETAL.
REINO MINERAL: Sais, giz, prata, chumbo, platina, etc...
SANGUE PRETO:
REINO ANIMAL:
Cinza de animais, fósseis, petróleo
REINO VEGETAL:
Sumo escuro de certos vegetais como o ILÚ ÍNDICO, extraído de
diferentes tipos de árvores.
http://www.lendas.orixas.nom.br/classificados/ebooks/013_cursodeintroducaoaocandomble.pdf
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Corrimento menstrual,
sangue humano
e sangue de animais.
REINO MINERAL:
Cobre, bronze, etc...
SANGUE BRANCO:
REINO VEGETAL:
Seiva, sumo, álcool e as bebidas brancas extraídas das palmeiras e
alguns vegetais.
IYÊROSUN – pó branco extraído do IRÔSUN.
ORI – MANTEIGA VEGETAL.
REINO MINERAL: Sais, giz, prata, chumbo, platina, etc...
SANGUE PRETO:
REINO ANIMAL:
Cinza de animais, fósseis, petróleo
REINO VEGETAL:
Sumo escuro de certos vegetais como o ILÚ ÍNDICO, extraído de
diferentes tipos de árvores.
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