Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angustia do orixá, cobriu-o com uma roupa de palha que ocultava sua cabeça e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Yansã tudo acompanhava com o rabo do olho.
Ela compreendia a triste situação de Omolu e dele se compadecia.
Yansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê, a dança, estava animado.
Os orixás dançavam alegremente com suas equédes, suas acompanhantes.
Yansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de mariô, a palha-da-costa, levantando as palhas que cobriam sua pestilência.
Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformou-se num jovem, num jovem belo e encantador. Obaluaiê e Yansã Igbalé tornaram-se grande amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens e Oxum ficou morrendo de inveja da irmã.
.
.
O QUE MAIS LHE INTERESSA SOBRE ORIXÁS:
SOBRE O SEU ORIXÁ DE CABEÇA:
Páginas Visitadas
ORIXÁS, UMBANDA E CANDOMBLÉ
POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III