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POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III

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sexta-feira, 20 de julho de 2012

AVEJI DA

Ligadas as tempestades, raios, furacões, redemoinhos, ciclones, tufões, maremotos, erupções vulcânicas, aos ancestrais e a guerra, todas as Voduns guerreiras são conhecidas como Aveji da. Até mesmo Oya dos yorubanos, é assim denominada em território daometano.

Erroneamente, no Brasil, algumas pessoas feita de Oya se intitulam filhas de Vodum Jò. Digo erroneamente porque Oya é um Orixá yorubano e Vodum Jò é um ToVodum do panteão de Aveji-da, assim como Jò Massahundo também.

Aveji-da é o Deus/Deusa das tempestades e dos ventos.

Podemos encontrar as Aveji-da tanto na família Dambirà quanto na família Heviosso.

As Aveji-da, da família Dambirà estão ligadas diretamente ao cultos dos akututos, sendo que cada uma tem sua função. Algumas reinam na fronteira do djenukom com o aikungúmã, outras nos ekúchomê, outras no hou, ôtan e tódôum., outras em humahuan, outras junto com Naê Nana, outras junto aos kpame e "possuídos" - essas, "talvez", sejam as que mais trabalham (opinião minha) - outras se encarregam, junto com Exu, de levar os ebós e pedidos feitos pelo povo encarnado e desencarnados, a quem de direito e tentam trazer as soluções para cada um - normalmente conseguem. Enfim, é uma infinidade de atribuições que essas Voduns têm, todas sempre em prol daqueles que pedem e precisam do auxílio delas, sejam encarnados ou desencarnados.

Todas essas Voduns, são temidas e respeitadas por akututòs. Elas têm todos os poderes sobre o reino dos mortos e junto com Sakpata e Nae Nana, controlam a vida e a morte.

As Aveji-da da família Heviosso, estão mais ligadas aos fenômenos da natureza, como o furacão, ciclone, maremotos, erupções vulcânicas, etc. onde os eguns recém desencarnados nesses fenômeno são encaminhados imediatamente por elas as Guerreiras dos cultos de akututòs, pois Heviosso e demais Sobos não abrem suas portas para ekùs, dessa forma o trabalho delas tem que ser rápido e eficiente, para não contrariar o grande Heviosso.

Contam os velhos Vodunos e Bakonos que a fúria de Aveji-da e de Heviosso contra as heresias humanas é que provocam esses fenômeno onde muitos sucumbem. Nessas ocasiões é que devemos recorrer a Velha Vodum Guerreira que com sua sabedoria e magia sabe aplacar a fúria dos deuses e acalma-los.

Essa Velha Vodum Guerreira mora junto com as demais Yamis e todas as Aveji-da prestam culto a mesma e tomam seus conselhos e usam sua magia quando precisam. Ela é um velha Aveji-da que se esconde nas sombras e adora a noite. Os pássaros são seu encanto. Junto com Ágüe visita os kwes em sua rondam noturna e se encontrar demandas ela ai se detem nos para ajudar ou cobrar. A fúria dessa Vodum destrói os inimigos e fecha um kwe. Dificilmente um kwe fechado por ela consegue se reerguer. Somente através de Baba Egum se consegue chegar a ela para aplacar sua fúria.

As Aveji-da são mulheres muito vaidosas, gostam do belo, adoram a natureza, apreciam quando suas filhas imitam suas vaidades. São todas muito vaidosas e autoritárias, não gostam de receber ordem de ninguém principalmente dos homens, mas quando fazem suas vontades e caprichos tornam-se dócies e carinhosas. São muito maternais, perdoam com facilidade seus filhos e os defende com toda a garra de guerreiras. Gostam de disputar com os Voduns Guerreiros quem luta melhor e esses sempre acabam cedendo aos encantos dessas mulheres que os encantam com sua magia e beleza.

As Aveji-da comem cabra ou cabrito, galinha, galo, d'angola, pombo e outros bichos. Gostam de abara, acarajé, alapadá, quiabada, inhame, peixe, acarajés recheado com quiabo - existe um infinidade de comidas para elas -

Seus apetrechos são o erugim, adaga, espada de lança curta com a ponta em forma de meia lua, faca, chicote, chifre de búfalo e de boi, fogareiro de ferro, abano de palha, abano confeccionado em tecidos finos ou pena (leque), abanos confeccionados em madeira, bonecas(fetiche), maruo... Usam todas as cores em suas vestimentas. Seus colares ou fios de conta são das mais variadas cores e formato. Gostam de todos os metais, sendo que o ferro, o cobre e a prata são seus preferidos.

Vale ressaltar que a confecção de apetrechos,vestimentas e fios de contas são determinados pelas próprias Voduns, portanto não existe uma "receita" para esses itens.

As Oyas feitas dentro do culto de Voduns aderem todas as características das nativas, porém recebem também o que lhes são de direito dentro de suas origens.

http://deboracarvalho50.blogspot.com/


Contam-se os velhos vodunos que Aveji-da (vodun) tem em seu touboumé (reino) um exército de Klamklamle que sobrevoavam os mundos e voltam para contar-lhes seus efeitos ao mesmo tempo que trazem outras Klamklamle que nada mais são do que as almas que ali irão residir.

Dizem que à própria Aveji-da quando está muito preocupada, se transforma em uma linda KlamKlam e sai pelos mundos a voar para observar melhor o djenukom (céu) e a aikungumã(campo de batalha).

Fá disse a um bakono que sempre que uma Aveji-da recebe uma oferenda, uma Klamklam parece confirmar a presença dela.

A klamklam é como Aveji-da ligeira e inconstante. Uma ligeireza sutil, de espírito viajante.

A Klamklam brincando entre as flores é uma alma da deusa nos humahuan. A deusa acompanha o guhê (sol) na primeira metade de seu curso visível até o guhemê ( meio dia). Em seguida, desce de volta à aikungumã (terra) sob a forma de uma Klamklam.

Há uma associação analógica da Klamklam e da chamam, de suas cores e do bater de suas asas tal qual a duwe (dança) de Aveji-da.

Aveji-da, assim como todas as deusas do fogo associa-se a obsidiana, uma Kpe-izó ( pedra de fogo), seu emblema.

Símbolo do fogo solar e diurno, e por isso essa razão da alma dos achólupêle (soldado) a Klamklam é também um símbolo guhê-du (sol negro), atravessando os mundos subterrâneos durante o seu curso noturno.É assim, símbolo, do fogo ctoniano oculto,ligado a noção de sacrifício, de morte e de ressurreição.É então a Klamklam, atributo das divindades ctonianas,associadas à morte.Ela ilustra ao mesmo tempo, a analogia, alma-borboleta e a passagem do símbolo à imagem.

O homem segue, da vida à morte, o ciclo da Klamklam.Ele é na sua infância, uma pequena lagarta, uma grande lagarta ,na sua maturidade, ele se transforma em crisálida na sua velhice, e em seu tumulo é o casulo de onde sai a sua alma que voa sob a forma de uma klamklam.A postura de ovos dessa Klamklam é a expressão de sua reencarnação.

Dizem os velhos Vodunos.

Ekús ete jonhù oku do bochiô na Klamklam.!
( A alma que deixa o corpo dos mortos tem a forma de uma borboleta.)

Quando uma Klamklam aparece no templo do Voduns, todos saúdam a bela Deusa do degi do johon, ( a deusa do ar e do vento) e das djizônukom (tempestade) num só grito “Ahoboboi, mikam Aveji-da.!!!”
http://www.okitalande.com.br/jeje_vodum_itans_klaklamle.htm

ABOBO (abóbó) - Comida oferecida as Aveji-Da que consiste em feijão fradinho cozido ... que foram os primeiros seres a virem à superfície da terra, oriundos de seu interior.

terça-feira, 10 de julho de 2012

A INICIAÇÃO JEJE

A casa de jêje chama-se Kwe,
e o local destinado ao culto dos Voduns é chamado Hunkpame, que é o templo onde está dentro a divindade; é chefiado por um sacerdote ou sacerdotisa, que são responsáveis pelos ensinamentos aos futuros Vodunsis.


A iniciação jêje requer um longo período de confinamento, que pode durar de seis meses a um ano de reclusão, onde um Vodunsi aprende as tradições religiosas jêje como: danças, cantigas, preparo das comidas sagradas, cuidar de árvores e espaços sagrados, votos de segredo e obediência.

As entidades são assentadas, recebem sacrifícios de animais , comidas, bebidas e outros presentes.

Os assentamentos são preparados em pedras, que representam um "imã" que tem a força do Vodun, e ficam guardadas no quarto de segredo recobertos com jarras, louças e ferramentas.

Existem, também, assentamentos em outras partes da casa e do quintal marcados por árvores como a cajazeira, ginja e pinhão branco.
È comum ter assentamentos no centro do barracão de danças.

Nos rituais antigos o contato com os voduns dependia muito da vidência das Vodunsis, e a adivinhação era feita através da interpretação dos sonhos, consulta com os Voduns e exame da luz de velas, atualmente é comum o uso dos Búzios para consultar as divindades.



As atividades religiosas requerem um extenso calendário com rituais reservados aos iniciados, e em festas públicas que duram um, três ou sete dias; no final das obrigações todos comem as comidas preparadas com a carne dos animais oferecidos em sacrifício às divindades.

Há casos em que as tradições culturais africanas resistem, mais que em outros, à mudança, mas em nenhuma instância, nem mesmo nos terreiros mais antigos e ostensivamente zelosos à suas origens, deixou de existir, contudo, se tivesse, no sul um maior interesse em pesquisar a origem dos fundamentos de cada nação é certo que achariam a ligação direta do jêje praticado aqui, com os povos do antigo Dahomé, e assim por diante.

O que sobrevive da vertente jêje como legado cultural acha-se incorporado ou associado ao acervo Yorubá, embora não se fale em Vodu no Rio Grande do Sul, certas práticas da religião do antigo Dahomé, hoje Benin, pode ser detectadas no Batuque do Rio Grande do Sul, principalmente nos terreiros que fazem parte da raiz do falecido Joãozinho de Bará (Esú Biyí).

http://www.okitalande.com.br/forum/printer_friendly_posts.asp?TID=113

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