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ORIXÁS, UMBANDA E CANDOMBLÉ

POR AMOR AOS ORIXÁS - ANO III

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Omolu e Xangô

Obaluae foi chamado ao Orum por Obatalá e pediu a Xangô que tomasse conta da terra.
Quando voltou, Xangô tinha se acostumado a tomar conta da terra e não quis devolvê-la. Obaluae se refugia nas matas com Ossae, e este aconselha a Obaluae a jogar pipocas com um certo axé sobre Xangô.
As mesmas ao bater no rosto de Xangô abriram várias feridas. Xangô então pediu a Obaluae que o curasse, sendo imposto a condição que tudo deveria ser-lhe devolvido.

Omolu e Oxum

Obaluaiê era muito mulherengo e não obedecia a nenhum mandamento que fosse. Numa data importante, Orunmilá advertiu-o que se abstivesse de sexo, o que ele não cumpriu. Naquele mesmo dia possuiu uma de suas mulheres.
Na manhã seguinte despertou com o corpo coberto de chagas. Suas mulheres pediram a Orunmilá que intercedesse junto a Olodumare, mas este não perdoou Obaluaiê, que morreu em seguida.
Orunmilá usando o mel de Osun, despejou-o por sobre todo o palácio de Olodumare. Este, deliciado, perguntou a Orunmilá quem havia despejado em sua casa tal iguaria. Orunmilá disse-lhe que havia sido uma mulher. Todas as divindades femininas foram chamadas, mas faltava Osun, que confirmou ao chegar que era seu aquele mel. Olodumare pediu-lhe mais, ao que Osun lhe fez uma proposta. Osun daria a ele todo o mel que quisesse, desde que ressuscitasse Obaluaiê. Olodumare aceitou a condição de Osun, e Obaluaiê saiu da terra vivo e são.

Omolu ou Obaluaiê

Afirmam-se em registros bibliográficos ser Omolu e Obaluaiye um só Orixá em dois estágios: Obaluaiye (o Moço), significa o "Dono da Terra da Vida"; Omolu (o Velho) significa o "Filho-da-Terra". É o médico dos pobres; o senhor dos cemitérios. Usa o aze (capacete de pele da Costa) ou o filah (capuz de palha da Costa) e carrega na mão o xaxara (feixe de fibra de palmeira, enfeitado com búzios) Seu dia é a segunda-feira. Sua comida forte é o doburu (pipocas sem sal, coco fatiado e regado com mel). Registram-se 12 qualidades atribuídas a esse Orixá, que também é considerado o mais antigo do Panteão Afro, sendo as mais conhecidas: Sapata, Xapanan, Xankpanan, Babalu, Azoane, Ajagum, Ajunsun e Avimage.

Festa de Omolu no Candomblé

O Olugbajé é a festa anual em homenagem a Obaluayê, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaiyê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar.

Nessa festividade, todos os Orixás participam, com exceção de Xangô e principalmente Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família. Oyá tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas.

Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku).

Obaluaye em iorubá Obàlúwàiyé é traduzido por (rei e senhor da terra), Oba (rei) aiyê (terra), Obaluaiyê, Obaluaê, Xapanã, Omolu, são alguns dos nomes como é conhecido esse Orixá africano. Os orixás Nanã (cujo emblema é o Ibiri) e seus filhos Obaluaiyê (cujo emblema é o Xarará) e Oxumaré (cujo emblema é uma cobra) pertencem ao Panteão da Terra.

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Omolu: O Culto no Candomblé

Ele é um orixá cheio de quizilas e o seu culto deve ser desen­volvido com muita atenção e seriedade. Obaluayê pode espalhar a bexiga, mas, em contrapartida, ele é quem detém os segredos de todos os mistérios, de todos os idãs e, por extensão, da cura também. A ambigüidade de funções é própria do mito. Em sua teogonia, os cultos afro-brasileiros mostram sempre uma faceta malfazeja dos orixás, um caráter terrível.

Nomes de Omolu

Obàluáyê "Rei senhor da Terra", Omolu "Filho do Senhor",
Sakpata "Dono da Terra" são os nomes dados a Sànpònná (um título ligado a grande calor o sol - também é conhecido como (Babá Igbona = pai da quentura) deus da varíola e das doenças contagiosas, é ligado simbolicamente ao mundo dos mortos.
Outra corrente os define como: Obàluáyê: Obá - ilu; aiye; Rei, dono, senhor; da vida; na terra; Omolu; Omo-ilu; Rei, dono, senhor; da vida.

O Arquétipo de Omolu

O arquétipo psicológico não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.

No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolú-Obaluayê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.

Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.

Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omolú-Obaluayê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Yansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omolú-Obaluayê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.

Assim como Ossain, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria. Não raro são pessoas que julgam. Ter características detestáveis, que vivem criticando, motivo de vergonha. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.

Pontos Cantados Omolu

As Cantigas de Obaluayê mostram suas idiossincrasias, suas peculiaridades. Há versos que dizem o quanto o orixá é velho:

Era um velho muito velho Morava numa casa de palha

Mas outros versos nos mostram a sua especificidade, a sua ligação com as doenças, com as mazelas da humanidade:

Cambono, azuela engoma! Quero vê couro zoá! Omulu vai pro sertão, bexiga vai espalhá!


Quem vê o velho
no caminho toma a benção
Quem vê o velho
no caminho toma a benção
Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe
atoto Obaluaê
Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe
atoto Obaluaê
___________________________

Meu pai Oxalá é o Rei
Venha nos valer
Meu pai Oxalá é o Rei
Venha nos valer
É o velho Omulu
Atotô Obaluaê
É o velho Omulu
Atotô Obaluaê
Atotô Obaluaê Atoto babá
Atotô Obaluaê ele é um Orixa
Atotô Obaluaê Atoto babá
Atotô Obaluaê ele é um Orixa
________________________

Cura as minhas chagas
Meu Senhor das Almas
Cura as minhas chagas
Pelo Amor de Deus
Cura as minhas chagas
Seu Omulu
Que eu também sou filho seu
__________________________


Ele é um velho
Que mora muito longe
Muito longe
Na sua casa de palha (bis>
Ele chora mironga
Ele chora mironga
Ele chora mironga
No mironguê (bis)

_______________
Eu vim ao mundo
para sofrer
O meu destino
é sobreviver
Oi abre as portas
para receber
Nanã Borouquê
e Abaluaê

_____________________________________
Se Ele corre os quatro cantos,
Quatro cantos sem parar,
Se Ele corre os quatro cantos
É pra seus filhos ajudar! (3 vezes)

Omolu aê atotõ, Ele é Orixá!
Omolu aê atotô, Ele é Orixá! (bis)

Ae, aê seu cafunã!
Aê, aê seu cafunâ!
Omolu que vem na gira,
Aé. aé seu cafunã!

Quem é dono do baú,
É o mestre Omolu!
Quem é dono do baú,
É o mestre Omolu!

Lá no cemitério,
Numa catacumba,
Eu vi um anjo,
Que caminhava de corcunda!
_______________________________

o velho omulu
vem chegando devagar
apoiado no seu cajado
vem na banda saravá
omulu dê
senhor da terra
atotô baluaê!
__________________

ó senhor das almas
não seja para mim severo
ele é omulu
o rei do cemitério!
______________________

lá vem omulu
ele vem lá da calunga
ele corre gira, ele corre
sem parar, se ele corre
os quatro cantos do mundo
saravá omulu, vem atotô
no portão do cemitério
seu omulu chorou
seu omulu chorou!
_____________________

com palha africana
lá vem seu omulu
ele é orixá, ele é, sim senhor
ele é o orixá dono da calunga
sua estrela quem acendeu
foi ogum megê!
_________________

saluba nanã buruquê
seu filho pede agô
louvado seja abaluaê
velho omulu atotô
__________________

doença de pele
ele veio curar
ele omulu
nosso grande orixá
coberto de palha
ele vem me abençoar.
________________

se ele corre os quatro cantos
quatro cantos sem parar
se ele corre os quatro cantos
é pra seus filhos ajudar
omulu aê atotô, ele é orixá! (4x)
_________________

ó senhor das almas
não seja para mim severo
ele é omulu
o rei do cemitério!
________________

Ele é um grande Orixá
Ele é o chefe da Calunga
Ele é seu Atotô
Ô Obaluaê
______________
Seu Omulu ê, seu Omulu ê
Omulu é Orixá
Saravá seu Omulu
Omulu ê
Saravá seu Omulu
Omulu é Orixá
________________
Obaluaê
Olha a dança do Omulu
É da baba Obaluaê
Obaluaê
Olha a dança do Exú
É da baba Obaluaê

Oração à Omolu

Prece de Abaluaiê

Mestre das almas! Meu corpo está enfermo... minha alma está abalada. Minha alma está imersa na amargura de um sofrimento que me destrói lentamente. Senhor Omulú! Eu ecoco - Obaluaiê Oh! Deus das doenças, orixá que surge diante dos meus olhos na figura sofredora de Lázaro - aquele que teve a graça de um milagre no geste do Divinho Filho de Jesus. Oh! Mestre dos mestres Obaluaiê teu filho está enfermo... teu filho se curva diante da tua aura luminosa. Na magia do milagre, que virá de tuas mãos santificadas pelo sofrimento... Socorre-me... Obaluaiê... Dai-me a esperança da tua ajuda. Para que me encorage diante do martírio imenso que me alucina. Faças com que eu não sofra tanto - Meu Pai Senhor Omulu! Tu és dono dos cemitérios, tu que és sentinela do sono eterno, daqueles que foram seduzidos ao teu reino. Tu que és guardião das almas, que ainda não se libertou da matéria, ouve a minha súplica, atende ao apelo angustioso do teu filho que se debate no maior dos sofrimentos. Salve-me - Irmão Lázaro. Aqui estou diante da tua imagem sofredora, erguendo a derradeira prece dos vencidos, conformado com o destino que o Pai Supremo determinou para que eu suplicasse minha alma no maior dos sofrimentos. Salve minha alma desse tormento que me alucina. Tome meu corpo em teus braços. Eleva-me para teu reino. Se achares, porém, que ainda não terminou minha missão nesse planeta, encoraja-me com exemplo da tua humildade e da tua resignação. Alivia meus sofrimentos, para que levante deste leito e volte a caminhar. Eu te suplico, mestre! Eu me ajoelhp diante do poder imenso de que és portador, invoco a vibração do Obaluaiê. A tô tô, Meu Pai, Obaluaiê, Meu Senhor, ajude-me...
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A Dança de Omolu

Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omolú-Obaluayê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate.


SUA DANÇA É LENTA, PESADA, CURVADA, DEMONSTRANDO SUA IDADE E VELHICE.

Vestido com palha da costa e com contas nas cores vermelha, preta e branca, Omolu dança o opanijé, dança ritual marcada pelo ritmo lento com pausas, enquanto segura em suas mãos o xaxará, instrumento ritual também feito de palha-da-costa e recoberto de búzios. Em alguns momentos da dança, Omolu espanta os eguns, (espíritos dos mortos) e afasta as doenças, com movimentos rituais.
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Dança
Sua dança o Opanijé (cuja tradução é: ele mata qualquer um e come), dança curvado para frente, como que atormentado por dores, e imitam seu sofrimento, coceiras e tremores de febre.
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A própria dança do Omolu (o Opanijé) apontaria para esta simbologia. Obaluayê dança movendo a mão, alternando-a ora com a palma para cima, ora para baixo. Estes movi­mentos seriam também punitivos. O orixá estaria alertando os humanos, mostrando “o lado de fora e o lado de dentro”… os movimentos configurariam os opostos, “eu vejo como o preto e o branco… Aquilo que está em cima tem que ser refletido lá embaixo. E não está acontecendo.” Aí ele mostra as doenças, mostra o lixo e o pior: “Quando o fogo divino vem… leva tudo”. (Carlos Moraes).

Comida de Omolu

OFERENDAS PARA OBALUAÊ
OBALUAÊ PEGA ALGUMAS COMIDAS E OFERENDAS DE DE NANÃ



PIPOCA
1 PCT. DE PIPOCA,
ESTOURAR A PIPOCA E COLOCAR EM UM AGUIDAR
BANANA DA TERRA FRITA NO DENDÊ
CRAVOS VERMELHOS, FLORES E FOLHAS DE SABUGUEIRO
BARBA DE VELHO
1 VELA BRANCA/PRETA
1 VINHO TINTO SECO
1 VIDRO DE DENDÊ
EFÓ

MEIO QUILO DE CAMARÃO SECO,
DESCASCADO. PIMENTA-MALAGUETA
EM PÓ. MEIO DENTE DE ALHO.
UMA CEBOLA. UMA PITADA DE
COENTRO. UM MAÇO DE ( LÍNGUA-DE-VACA OU TAIOBA,
OU BERTALHA, OU ESPINAFRE, OU MOSTARDA).
PRIMEIRO, AFERVENTA-SE A
LÍNGUA-DE-VACA, ESCORRE-SE NA
PENEIRA, ESTENDE-SE NA TÁBUA E BATE-SE BEM COM A FACA, ATÉ FICAR
INFORME. ENXUGA-SE E ESTENDE-SE
NA PENEIRA PARA SECAR TODA A ÁGUA.
COZINHA-SE NO AZEITE-DE-DENDÊ PURO, TEMPERADO COM TODO O RESTO.
E A PANELA FICA TAMPADA, PARA SUAR.
COME-SE COM ARROZ.

(É UMA COMIDA TÃO BOA, QUE TODOS OS
ORIXÁS A ACEITAM, MENOS OXALÁ, QUE TEM
LÁ SUAS ESQUISITICES.)



DOBURÚ
MATERIAL NECESSÁRIO:MILHO ALHO ( PARA PIPOCA ) OU MILHO VERMELHO, AREIA DA PRAIA
MANEIRA DE FAZER:
NUMA PANELA QUENTE COM AREIA DA PRAIA, ESTOURAR O MILHO E ESTÁ PRONTO O DOBURU.
COLOCAR ENFEITANDO EM CRUZ COM AZEIDE DE DENDÊ

FEIJÃO PRETO E PIPOCA PARA OBALUAÊ
COLOCAR O FEIJÃO PRETO PARA COZINHA.ASSIM QUE ESTIVER COZIDO, COLOCA-SE NUM ALGUIDAR E SE FAZ UMA CRUZ COM A PIPOCA,PODE REGAR COM DE DENDÊ NO FEIJÃO.

FEIJÃO PARA OBALUAÊ

MATERIAL NECESSÁRIO:FEIJÃO FRADINHO, MILHO VERMELHO, CEBOLA, AZEITE-DE-DENDÊ
MANEIRA DE FAZER:
COZINHA-SE O FEIJÃO FRADINHO EM ÁGUA. SEPARADO, COZINHA-SE O MILHO VERMELHO TAMBÉM EM ÁGUA. DEPOIS, JUNTAR O FEIJÃO E O MILHO, NUM REFOGADO DE CEBOLA RALADA COM AZEITE-DE-DENDÊ.

FOLHA DE TAIOBA PARA OBALUAÊ
MATERIAL NECESSÁRIO: FOLHA DE TAIOBA OU MOSTARDA, CEBOLA RALADA, CAMARÃO SECO SOCADO, AZEITE-DE-DENDÊ
MANEIRA DE FAZER:
COZINHA-SE BEM A FOLHA DE TAIOBA OU MOSTARDA,E EM SEGUIDA TEMPERA-SE NUM REFOGADO DE CEBOLA RALADA, CAMARÃO SECO SOCADO E AZEITE-DE-DENDÊ.


FRUTAS:MAMÃO,MELÃO,UVAS ,MILHOS VERMELHOS,BANANA DA TERRA, PIPOCA ,COCO RALADO OU FATIADO.
ORNAMENTAR UM PRATO COM OSTAS FRUTAS E LEGUMES DE MODO QUE FIQUE BEM BONITO.

OMOLOCUM PARA OBALUAÊ

INGREDIENTES

UM QUILO DE FEIJÃO FRADINHO
UMA GARRAFA DE AZEITE DE DENDÊ
TRÊS OVOS
UMA VELA DE SETE DIAS PRETA E BRANCA
FLORES VERMELHAS OU DE PREFERÊNCIA CRAVO VERMELHO
UM ALGUIDAR

MODO DE FAZER

COZINHAR O FEIJÃO FRADINHO COM DENDÊ. EM SEGUIDA, AMASSÁ-LO COM COLHER DE PAU. COZINHAR OS OVOS, DEPOIS RETIRAR-LHE AS CASAS.
COLOCA-SE O PUDIM DE FEIJÃO NO ALGUIDAR, ENFEITA-SE COM OS OVOS COZIDOS, REGADOS COM AZEITE DE DENDÊ.
ACENDER A VELA E ENFEITAR COM AS FLORES OU SÓ DEIXA-LAS DE LADO
wwwcasabrancadeoxala.blogspot.com/
________________________________________

OBRIGAÇÃO * 2 pratos branco (brancos pequenso) em cada prato 1 bife de carré(sem osso),regado com dendê e mel(1 vidro médio de cada serve para as duas), 2 sacos de pipocas(flor de omulú),que serão espalhadas sob as Obrigações,após terem sido usadas num banho de descarrego no médium, que serão colocadas cada uma num pano branco(1/2 m de morim cada),2 velas brancas de 3 dias, 2 copoc bramcos onde serão oferecidos 2 garrafas de vinho tinto doce(1 para cada um). Manter o resguardo de 3 dias.

Ervas, Frutas e Flores de Omolu

SUAS ERVAS


-Mangerona, canela de velho, alunam, café do mato, balaio de pombo, agapanto lilás, erva moura, beldroega vemelha, gervão roxo, sete sangria, espinheira santa, sabugueiro, crizântemo e bomina.
kasange.vilabol.uol.com.br/omoluobaluwaiye.html
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Ervas conhecidas: Barba de Velho, mastruço , velame, tamarindo (folhas), cotiveira, guiné, cambará, acônito, vassoura preta, figueira, lentilhas (folhas), tremoços (folhas), canela de velho e senza.
www.casadeomolu.hpg.ig.com.br/omolu.htm
_____________________________________________



FLORES: TODAS, DESDE QUE TRAGAM TONALIDADE LILÁS OU ROXA, FLOR DE MARACUJÁ, MANACÁ, HORTÊNCIA LILÁS, VIOLETA, MIOSÓTIS, PALMAS BRANCAS, ROSAS BRANCAS, COPO DE LEITE, FLOR DE LARANJEIRA, ANGÉLICA, PAPOULA ROXA, IPÊ ROXO, QUARESMEIRA.
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FRUTAS: MELÃO, MELANCIA, JACA, BANANA DA TERRA, GRAVIOLA, PÊSSEGO, TÂMARA, PÊRA, MAÇÃ, UVAS DE TODAS AS ESPÉCIES.
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Qualidades do Orixá Omolu

Existe uma grande variedade de tipos de Omolú-Obaluayê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omolú-Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.


Obaluaiê ou Obaluiye no Candomble possui algumas qualidade ou caminhos de Orixá.
Alguns relatos afirmam que Obaluaiê é filho de Nanã (lenda), Obaluaiê foi criado por Iemanjá (lenda) e Iansã (lenda), também irmão de Oxumarê, Iroko e Ewá.

- Jagun

- Agbagba (ligação com Oyá)

Omolu Obàluáyê Soponna/Sapata/Sakpatá


Afoman/Akavan/Kavungo (ligação com Exú)

Savalu/Sapekó (ligação com Nana)

Dasa Arinwarun (wariwaru) título de xapanan

Azonsu/Ajansu/Ajunsu (ligação com Oxalá, Oxumare)

Azoani (ligação com Yemanjá e Oyá)

Posun/Posuru Agoro Tetu/Etetu

Topodun Paru Arawe/Arapaná(ligação com oyá)

Ajoji/Ajagun (ligação com Ogun, Oxagian)

Avimaje/Ajiuziun (ligação com Nana, Ossain)

Ahoye Aruaje Ahosuji/Segí (Ligação com Yemanjá, Oxumare/Besen )
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QUALIDADES


- SAPONAN

É o mais antigo. É proibido falar seu nome. Na África quando se fala seu nome, coloca-se mel na boca. Come com ÈSÙ e tem fundamento nas encruzilhadas. Tem caminhos com ÒSÓÒSÌ e é o deus da varíola e das doenças de pele. Era êle quem dizimava nas aldeias. Suas contas são brancas e pretas.

No dia de sua feitura tem que ser feito sete qualidades de comidas, pôr na folha de mamona e levar com uma vela para o campo. Êle leva dois ÌLÈKÈ ( quelê ) : um no pescoço e um na perna esquerda ( duas argolas de aço ) . No dia do recolhimento, leva-se o ÌYÀWÓ na porta do cemitério e da-se um sacudimento. Este santo é preparado no barro vermelho. Quando se dá comida a êle, da-se na encruzilhada, pois êle tem caminhos com ÈSÙ CAVEIRA e MULAMBO.


- AZANSSUN

É ligado ao tempo, as estações do ano e ao culto da terra. É o verdadeiro dono do ciscuzeiro. Seu assentamento é feito no barro vermelho; leva 9 olhos de boi, duas moletas pequenas de cedro, suas lanças são diferentes das dos outros, são sete mas uma é maior, no meio leva uma bandeira de aço e na outra um tridente. Veste vermelho, preto e branco, na perna esquerda leva uma pulseira de aço.


- POSSUN

É o mesmo AZANSSUN do GEGE, "louvado " como POSSUM , no KÉTU e na ANGOLA, como TEMPO. Come diretamente na terra.

Sua dança mostra claramente a sua ligação com ÈSÙ e com a terra, dança com garras nas mãos, como se estivesse cavando a terra ou retalhando alguma coisa.

Em seu assentamento leva uma mão de ferro com uma bola de tabatinga, que representa o mundo, e pôe-se as garras. Come cágado e tatu. Tem caminhos com INTOTO, ÌRÓKÒ e OYA.
- INTOTO

Suas contas são vermelho e preto. É um Òrìsá cultuado em seu assentamento e não vira na cabeça de ninguém, pois não tem como cultua-lo. Antigamente recebia sacrifícios humanos, por tratar-se de um Òrìsá antropófago, come a carne e destroi os ossos. Foi esse OMOLÚ que brigou com OSOGUIAN. Caso apareça um ÌYÀWÒ desse Òrìsá, faz-se AZUANI ou ÒSUN. Da-se comida a terra. Esse Òrìsá é ABIKU, portanto não se raspa, pois representa o fundo da terra. Sòmente se assenta. Come com YEWÀ, OYA e YKU. Seus assentos são cultuados ao lado de NÀNÁ e YEMONJA. Pega-se um pouco de terra de cemitério e pôe-se no assento. Êle presta obediência a ÒSUN, por quem se apaixonou.

Mora só e não aceita a faca, assim como NÀNÁ. Come porco preto, frangos, pombos de cor e galinha d'angola. Come no campo que tenha barro. Quando se faz o ÌYÀWÒ desse santo, todos os Òrìsás viram, exceto SÀNGÓ. Leva-se os bichos e as comidas de YEMONJA, NÀNÁ e ÒÒSÀÀLÀ, bastante epo, acarajés, feijão preto com ovos cozidos, deburus ( a mesma coisa se faz com YEWÀ ) . Tudo dêle é com dendê. Sua comida : feijão preto com um ôvo cozido no meio, deburus ao redor ( feitos com milho de galinha ) , 9 ovos crus, 9 velas e 9 monsenhor. Pede-se a uma pessoa de ÒGÚN, OYA ou OMOLÚ para apanhar várias folhas de mamona. Faz-se um buraco redondo de dois palmos, acende-se as velas ao redor e canta-se as rezas se fundamentos. Sacrifica-se o porco depois da reza, copa-se o bicho ali mesmo, pega-se as galinhas pucha-se os ORIS e coloca-se dentro, enfeitando com as comidas e cobrindo com as folhas de mamona. Já fora do campo, passa-se as folhas de mamona e os ovos, jogando-os e não olhando para trás. Para os assentos só se leva os bichos de penas. Além do campo dá-se comida lá fora, no assento dêle. Sete dias depois é que se faz o ÌYÀWÒ com outra qualidade de OMOLÚ. Ficam assim, dois assentos, um lá fora, de INTOTO e outro de AZUANI.


- JAGUN ou AJAGUN

Em seu assentamento leva uma estatuazinha com olhos. Tem dois ÌLÈKÈ ( quele ) , um de búzios e outro de missangas. No dia da saída tira-se o de búzios e coloca-se no pescoço do boneco. Tem caminhos com ÒÒSÀÀLÀ. É jovem e guerreiro. Leva na mão uma lança chamada OKÓ. É vingativo, ambicioso, luta para alcançar posição alta sem ver de que maneira. Tem caminhos com ÒGÚN JÁ, OSOGUIAN, AYRÁ, ÈSÚ e OSÀLÚFÓN. Êle é cultuado no dia 17 de dezembro, veste branco e preto e suas contas são rajadas. O seu cuscuzeiro leva uma seta só, vem dentro de uma bacia com 9 pratinhos brancos de barro. Seu verdadeiro encanto, como dos outros, é o cântaro ( moringa de uma asa só ) . Neste cântaro pôe-se jóias e dinheiro. Êle não come feijão preto. Come miúdos de boi no azeite doce, os outros comem com demdê. Êle é o único que come ÌGBÍN.


- TETU

É jovem e guerreiro. Come com ÉGÚN e OYA. Veste branco, preto e vermelho. Seu caqueiro é tampado e não se abre nunca.


- AZUANI

É jovem, veste preto e branco como suas contas. Tem caminhos com ÌRÓKÓ e OSÙMÀRÈ. Come tatu na praia.


- AFENAN

É velho, dança curvado. Veste, também , a estopa e carrega duas bolças de onde tira as doenças para jogar nos incrédulos. Veste amarelo e preto, contas iguais. Todas as plantas trepadeiras pertencem-lhe. Tem caminhos com OSÙMÀRÈ e OYA, de quem é companheiro. Dança cavando a terra, como INTOTO, para depositar os corpos que lhe pertence


- AJUNSUN

É estrovertido. Tem fundamentos com ÒGÚN e ÒÒSÀÀLÀ.
kasange.vilabol.uol.com.br/omoluobaluwaiye.html
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Omolu Características Gerais

ORIGEM DO NOME – Omolu (omon, filho; olu, senhor; ou seja, Filho do Senhor); Obàlúaiyé (Oba, rei; Olú, senhor ; Àiyé, terra; ou seja, Rei de todos os espíritos do mundo[3] ou Rei e Senhor do Mundo)

MANTRA – Atotô! (silêncio!)

TOQUE - OPANIJÉ

QUALIDADE DIVINA – Força Cósmica da Transmutação. Força Cósmica que transmuta todas as mazelas em paz e harmonia e saúde. Força Cósmica da prosperidade. Omolu é o Orixá da cura e da prosperidade. Sua energia é utilizada quando há problemas de saúde, cirurgias e trabalhos de magia. Serve para nos libertar dos processos de magia negra. Utilizada para transmutação e transformação de tudo, principalmente, a saúde. Visa o equilíbrio do ser.

INSTRUMENTO/ INSÍGNIA – Xaxará (vassoura de fibras da palmeira); Okô, Exim ou Oxi ou Fimbo (lança)

SINCRETISMO – São Lázaro e São Roque (catolicismo); Anúbis (Egito Antigo); Shiva (Hinduísmo); ASTRO CANALIZADOR – Saturno

FASE LUNAR – Mingunate e Cheia

CAMPO DE RESSONÂNCIA – Cemitérios, grutas nas rochas e hospitais

COR – preto, vermelho, branco e amarelo ou dourado

NÚMERO – 8; ODU – Eji Onilê

FLORES ‑ Palma lilás, quaisquer flores brancas e agapanto roxo.

ESSÊNCIA – Menta e cravo (para restabelecer e manter o equilíbrio energético)

ÍMÃS (COMIDA) – Pipoca feita na areia; inhame; arroz branco; azeite de dendê; abacaxi ou qualquer fruta ácida

LIBAÇÃO (BEBIDA) – Água de arroz

METAL – Chumbo; PEDRA – Ônix

DATAS COMEMORATIVAS – 16 de agosto, 17 de dezembro

DIA DA SEMANA – Segunda-feira

HORÁRIO VIBRATÓRIO – 21h às 6h e 12h

NÚMERO DE FOLHAS – 8 ou 16

ERVAS: Pata-de-vaca (Abàfè); Sabugueiro (Àtòrìnà); Cipó-chumbo (Awó Pupá); Jenipapeiro (Bujè); Alfavaca (Efínfín); Erva-de-são-caetano (Ejìnrìn); Sapê (Ekun); Gervão-roxo (Ewé Ìgbolé); Mostarda (Ewé Làtípà); Transagem (Ewé Òpá); Fedegoso (Ewé Réré); Balaio-de-velho (Ewé Solé); Babosa (Ipòlerin); Samambaia (Irùngbòn); Malva (To); Cipreste

Site http://www.templodovaledosoledalua.org.br/omolu.doc.
____________________________
dia da semana
segunda-feira

cores
preto, branco, vermelho

símbolos
cajado (xaxará), búzios.

elemento
terra

plantas
cuféia (sete sangrias), erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco. Zínia, cravo de defunto.

animais
cachorro

metal
chumbo, barro

comida
pipoca, bife acebolado, bolinhos de milho, acaçá, olubajé. Banana da terra.

bebida
água, vinho tinto

sincretismo
São Lázaro (17.12) e São Roque (16.8).

domínio
a terra, as epidemias, a morte.

o que faz
castiga com doenças, mas também cura os males.

quem é
o Médico dos Pobres e o Senhor dos Cemitérios.

características
reservado, solitário, simples, trabalhador, serviçal, depressivo, doentio.

quizília
claridade, sapos

saudação
Atotô!

onde recebe oferendas
no cemitério (geralmente no Cruzeiro).

riscos de saúde
doenças de pele e problemas nas pernas e coluna.

presentes prediletos
velas, charutos, suas comidas e bebidas preferidas.

observação
o nome de Obaluaê às vezes é usado especificamente para o Omolu jovem, que é mais agressivo; Omolu é o nome mais usado para o Omolu velho, mais introvertido.
www.pallaseditora.com.br/omolu.php
_______________________________________

DIA EM QUE SE COMEMORA OBALUAÊ: 16 DE AGOSTO. (DE ACORDO COM O CALENDÁRIO OFICIAL DE UMBANDA).
A SAÚDE E OS FILHOS DE OBALUAÊ: QUASE TODOS OS FILHOS DE OMOLÚ / OBALUAÊ TÊM PROBLEMAS DE SAÚDE. BARRIGA, BEXIGA, DORES NAS COSTAS E TRAZEM MARCAS NAS PERNAS OU NO CORPO.
O QUE PEDIR A ESTE ORIXÁ: SAÚDE PRINCIPALMENTE, AJUDA PARA AS NOSSAS TRANSFORMAÇÕES PSÍQUICAS E MENTAIS. COMPREENSÃO, PORQUE A TRANSFORMAÇÃO SEM A COMPREENSÃO É SIMPLESMENTE A MODIFICAÇÃO. AJUDA EM CASOS SÉRIOS DE DOENÇAS. SAÚDE FÍSICA, MENTAL E ESPIRITUAL.
FLORES: QUARESMEIRA, CRAVO VERMELHO, ROSAS BRANCAS, PALMAS. ( FLOR DE OBALUAÊ - PIPOCA ).
FRUTAS: BANANA DA TERRA, ABACAXI, LARANJA LIMA.
ERVAS: VELAME, MASTRUÇO, VASSOURA PRETA, FOLHA DE LARANJA LIMA, CANELA DE VELHO, BARBA DE VELHO, FOLHAS DE MILHO, FOLHAS DE GAMELEIRA PRETA ( IRÔKO ), TAIOBA, RAMA DE LEITE, ERVA DE PASSARINHO, QUARESMEIRA.

BEBIDAS: VINHO TINTO, ALOÁ, SUMO DE SUA PRÓPRIAS ERVAS.
SAUDAÇÃO: ATOTÔ OBALUAÊ
ATOTÔ = ESCUTAI, SILÊNCIO, ELE ESTÁ EM TERRA
OBALUAÊ = OBA (REI), LUAYE (CÉU E TERRA)
ATOTÔ OBALUAÊ QUE DIZER "ESCUTAI REI DO CÉU E DA TERRA".
wwwcasabrancadeoxala.blogspot.com/
_________________________________________


COR PRETO E BRANCO.
FIOS DE CONTA CONTAS E MIÇANGAS PRETAS E BRANCAS LEITOSAS.
ERVAS CANELA DE VELHO, ERVA DE BICHO, ERVA DE PASSARINHO, BARBA DE MILHO, BARBA DE VELHO, CINCO CHAGAS, FORTUNA, HERA.
SÍMBOLO CRUZ.
PONTOS DA NATUREZA CEMITÉRIOS, GRUTAS, PRAIAS.
FLORES MONSENHOR BRANCO.
ESSÊNCIAS CRAVO E MENTA.
PEDRAS OBSIDIANA, ÔNIX, OLHO-DE-GATO.
METAL CHUMBO.
SAÚDE TODAS AS PARTES DO CORPO, JÁ QUE É O ORIXÁ DA SAÚDE.
PLANETA SATURNO.
DIA DA SEMANA SEGUNDA-FEIRA.
ELEMENTO TERRA.
CHACRA BÁSICO.
SAUDAÇÃO ATÔTÔ (SIGNIFICA; SILÊNCIO, RESPEITO).
BEBIDAS ÁGUA MINERAL, VINHO TINTO.
ANIMAIS GALINHA DE ANGOLA, CARANGUEIJO, PEIXES DE COURO, CACHORRO.
COMIDAS FEIJÃO PRETO, CARNE DE PORCO, PIPOCA. ABADÔ (AMENDOIM PILADO E TORRADO). IBÊREM (BOLO DE MILHO ENVOLVIDO NA FOLHA DE BANANEIRA).
NÚMERO 3.
DATA COMEMORATIVA 16 DE AGOSTO E EM ALGUMAS CASAS, 17 DE DEZEMBRO.
SINCRETISMO SÃO ROQUE, SÃO LÁZARO.
INCOMPATIBILIDADE CLARIDADE, SAPOS.
ATRIBUIÇÕES MUITOS ASSOCIAM O DIVINO OBALUAYÊ APENAS COM O ORIXÁ CURADOR, QUE ELE REALMENTE É, POIS CURA MESMO. MAS OBALUAYÊ É MUITO MAIS DO QUE JÁ DESCREVERAM. ELE É O "SENHOR DAS PASSAGENS" DE UM PLANO PARA O OUTRO, DE UMA DIMENSÃO PARA OUTRA, E MESMO DO ESPÍRITO PARA A CARNE E VICE-VERSA.

templo-pai-oxoce.6te.net/1280.../obaluaye.html

Omolu e a Cura da Peste

Omolu cura todos da peste e é chamado Obaluaiê

Quando Omolu era um menino de uns doze anos, saiu de casa e foi para o mundo para fazer a vida. De cidade em cidade, de vila em vila, ele ia oferecendo seus serviços, procurando emprego. Mas Omolu não conseguia nada. Ninguém lhe dava o que fazer, ninguém o empregava. E ele teve que pedir esmola, mas ao menino ninguém dava nada, nem do que comer, nem do que beber. Tinha um cachorro que o acompanhava e só.

Omolu e seu cachorro retiraram-se no mato e foram viver com as cobras.

Omolu comia o que a mata dava: frutas, folhas, raízes. Mas os espinhos da floresta feriam o menino. As picadas de mosquito cobriam-lhe o corpo. Omolu ficou coberto de chagas. Só o cachorro confortava Omolu, lambendo-lhe as feridas. Um dia, quando dormia, Omolu escutou uma voz: “Estás pronto. Levanta e vai cuidar do povo”. Omolu viu que todas as feridas estavam cicatrizadas. Não tinha dores nem febre. Obaluaiê juntou as cabacinhas onde guardava água e remédios que aprendera a usar com a floresta, agradeceu a Olorum e partiu.

Naquele tempo uma peste infestava a Terra. Por todo lado estava morrendo gente. Todas as aldeias enterravam seus mortos. Os pais de Omolu foram ao babalaô e ele disse que Omolu estava vivo e que ele traria a cura para a peste.

Todo lugar aonde chegava, a fama precedia Omolu. Todos esperavam ele com festa, pois ele curava. Os que antes lhe negaram até mesmo água de beber agora imploravam por sua cura.

Ele curava todos, afastava a peste. Então dizia que se protegessem, levando na mão uma folha de dracena, o peregum, e pintando a cabeça com efum, ossum e wagi, os pós branco, vermelho e azul usados nos rituais e encantamentos.

Curava os doentes e com o xaxará varria a peste para fora da casa,

para que a praga não pegasse outras pessoas da família.

Limpava casas e aldeias com a mágica vassoura de fibras de coqueiro,

seu instrumento de cura, seu símbolo, seu cetro, o xaxará.

Quando chegou em casa, Omolu curou os pais e todos estavam felizes.

Todos cantavam e louvavam o curandeiro e todos os chamaram de Obaluaiê,

todos davam vivas ao Senhor da Terra, Obaluaiê.

Omolu e Iemanjá

Omolu foi salvo por Yemanjá quando sua mãe, Nana Burucu, ao vê-lo doente,

coberto de chagas, purulento, abandonou-o numa gruta perto da praia. Yemanjá recolheu Omolu e o lavou com a água do mar. O sal da água secou suas feridas.

Omolu tornou-se um homem vigoroso, mas ainda carregava as cicatrizes, as marcas feias da varíola. Yemanjá confeccionou para ele uma roupa toda de ráfia.

E com ela ele escondia as marcas de suas doenças.

Ele era um homem poderoso. Andava pelas aldeias e por onde passava deixava um rastro ora de cura, ora de saúde, ora de doença. Mas continuava sendo um homem pobre.

Yemanjá não se conformava com a pobreza do filho adotivo.

Ela pensou: “Se eu dei a ele a cura, a saúde, não posso deixar que seja sempre um homem pobre”. Ficou imaginando quais riquezas poderia dar a ele.

Yemanjá era a dona da pesca, tinha os peixes, os polvos, os caramujos, as conchas, os corais. Tudo aquilo que dava vida ao oceano pertencia a sua mãe, Olocum, e ela dera tudo a Yemanjá.

Yemanjá resolveu então ver suas jóias. Tinha algumas, mas enfeitava-se mesmo era com algas. Ela enfeitava-se com a água do mar, vestia-se de espuma.

Ela adornava-se com o reflexo da Lua. Mas Yemanjá tinha uma grande riqueza e essa riqueza eram as pérolas, que as ostras fabricavam para ela.

Yemanjá muito contente com a sua lembrança chamou Omolu e disse: “De hoje em diante, és tu quem cuidas das pérolas do mar. Serás assim chamado de Jeholu, o Senhor das Pérolas”.

Por isso as pérolas pertencem a Omolu. Por baixo de sua roupa de ráfia, enfeitando seu corpo marcado de chagas, Omolu ostenta colares e mais colares de pérolas, belíssimos colares.

Omolu e Iansã

Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angustia do orixá, cobriu-o com uma roupa de palha que ocultava sua cabeça e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Yansã tudo acompanhava com o rabo do olho.

Ela compreendia a triste situação de Omolu e dele se compadecia.

Yansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê, a dança, estava animado.

Os orixás dançavam alegremente com suas equédes, suas acompanhantes.

Yansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de mariô, a palha-da-costa, levantando as palhas que cobriam sua pestilência.

Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformou-se num jovem, num jovem belo e encantador. Obaluaiê e Yansã Igbalé tornaram-se grande amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens e Oxum ficou morrendo de inveja da irmã.

Pai Omolu e o Campo Santo

O cemitério traz um grande paradigma para as pessoas, por ser um local onde os corpos sem vida são depositados. Talvez o medo, mal estar de estar ou ir ao cemitério refere-se ao conjunto de pensamentos e sentimentos negativos que as pessoas vibram ao dirigir-se e estar no local. Isso acaba gerando um holopensene*de tristeza, devido ao parente/amigo que morreu na visão da maioria. Toma-se uma sensação de melancolia pela falta de crença ou esclarecimento, acreditando que houve realmente a morte eterna e que nunca mais se encontrarão.
Por tal motivo o cemitério em uma visão profana é sinônimo de um recinto “pesado” energeticamente, triste e habitado por almas penadas, espíritos sofredores e perdidos.
Esse contexto está presente em muitas mentes umbandistas com certo grau de esclarecimento sobre espíritos ou o próprio ponto de força. Quantas vezes não ouvimos dizer que ir ao cemitério pode ser perigoso para o médium, pois é um atrator natural de cargas e lá há muitos espíritos sofredores que se ligarão. Claro que se ligarão à aqueles que se colocarem no campo santo de uma forma profana ou com sentimentos e pensamentos negativos, afinal os afins sempre se atraem.
Mas para aquele umbandista, esclarecido, que no seu terreiro cultua o Pai Obaluaê e o Pai Omolu deveria encarar a ida ao campo santo como um ato religioso divino,pois ao entrar está pisando em solo sagrado, em mais um divino ponto de força do nosso amado divino Criador, assim como o mar, a cachoeira, as matas, pedreiras, etc.
O cemitério é o ponto de força natural do querido Papai Obaluaê e Papai Omolu.
Pai Obaluaê, senhor das passagens, transmutador de tudo na vida. Da morte do corpo físico para o corpo espiritual, assim vice-versa. Sr. das passagens, da doença para a cura, do ódio para o amor, da busca de dias melhores, etc. Na Umbanda chamado como Sr. das almas, traz a todos uma enorme calmaria, um bem estar e bastante estabilidade. E postando-se de uma forma e atitude sagrada, quando aquietamo-nos no cemitério sentimos essa mesma sensação, silenciosa e calma. É nítida a semelhança do local (ponto de força) com o Orixá, pois os dois são unos e se completam.
Há também a força do Orixá Omolu, Sr. da morte, paralisador de tudo que chegou ao ponto determinado perante a Lei Maior. Sua qualidade paralisante é um meio de “parar” tudo e todos que estiverem criando e gerando em caminho inverso, oposto e desvirtuado ao Divino Todo. Omolu corta nossa ligação material para espiritual (desencarne), pune aqueles que atentaram e desvirtuaram-se na vida, Orixá guardião divino dos espíritos caídos. Um paizão que também nos ajuda a dar o fim aos nossos vícios, a morte à ignorância, morte ao ego e a vaidade.
Por todos esses motivos não devemos temer esse local sagrado e os Orixás regentes desse magnífico ponto de força. Uma oferenda, oração realizada desencadeia um processo extremamente positivo para todos que se colocarem em respeito e principalmente de coração aberto e puro para receber a bênção.
Ao entrar no campo santo, cruzem o solo em reverência às forças do alto, embaixo, esquerda, direita, e que o lado sagrado abra-se para você naquele momento. Peça licença aos Srs. Orixás Obaluaê, Omolu, Iansã das almas e Ogum Megê. Também aos senhores exus e pomba-giras.
Façam aquilo que tiver que fazer, com amor, dedicação e respeito. E sintam-se agradecidos por serem umbandistas, por ter essa oportunidade maravilhosa que é de louvar nossos pais e mães orixás em seus pontos sagrados. E tristeza, pra que no cemitério? Afinal nunca morremos, apenas passamos de um estágio para o outro.

*Holopensene: Atmosfera psíquica do ambiente, resultado da somatória dos pensamentos e energia das pessoas que o frequentam. É a “aura coletiva” do lugar em questão. Esse tipo de designação é muito utilizada na conscienciologia e na projeciologia.


Tatiana Tieme Yano
www.caboclotabajara.com.br/omolu_76.html

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